Adelaide nos pergunta se é normal a perturbação dos
Espíritos nos instantes que se seguem à morte do corpo físico.
Ensina o Espiritismo que por ocasião da morte tudo, a
princípio, é confuso. O Espírito desencarnante precisa de algum tempo para
entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que aturdido, no estado de
uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua
situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam aos poucos, à
medida que se apaga a influência da matéria que ele acaba de abandonar e se
dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
O processo de desprendimento espiritual é lento ou
demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as aquisições espirituais
de cada ser. Não existem duas desencarnações iguais. Cada pessoa desperta ou se
demora na perturbação, conforme as características próprias de sua
personalidade.
A perturbação pode, pois, ser considerada o estado
normal no instante da morte, e perdurar por tempo indeterminado, variando de
algumas horas a alguns anos, de conformidade com o estado evolutivo do
Espírito.
Breve no caso das almas elevadas, pode ser longa e
penosa no caso das almas culpadas. Para aqueles que já na existência corpórea
se identificaram com o estado que os aguardava, menos longa ela é, porque
compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
As peripécias do que ocorre na agonia, na
desencarnação e na readaptação do Espírito à vida espiritual podem ser vistas
no livro Voltei, obra psicografada
por Chico Xavier, cujo resumo visual pode ser verificado clicando-se neste link
- https://www.youtube.com/watch?v=f6qO4WmJdJw
Muito bom o artigo, sucinto e objetivo.
ResponderExcluir