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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Pílulas gramaticais (48)


Quando usamos “por que”, “porque” e “por quê”?

1. Por que:
Usa-se “por que” em duas situações:
1ª. Quando se faz uma pergunta, direta ou indireta:
Por que você não veio?
Meu pai quer saber por que você adiou o noivado.
Por que estás tão contente?
Diga-me por que essa notícia o afetou tanto.
2ª. Em substituição a “pelo qual”, “pela qual”, “por qual” e as formas plurais dessas expressões:
A crise por que passamos felizmente chegou ao fim.
Não sei por que motivos ela rompeu o noivado.
A razão por que foi embora ninguém soube.

2. Por quê:
Usamos “por quê” em final de frase, como nestes exemplos:
Maria está muito abatida. Você sabe por quê?
Você não foi à festa. Explique-me por quê.

3. Porque:
A conjunção “porque” é utilizada quando se deseja dar uma explicação ou resposta a uma indagação recebida:
Não vim porque estava muito gripado.
Não fiz o negócio porque o preço estava acima de minhas posses.
Permitam-me que eu vá, porque já está tarde.

*

Existe ainda a palavra porquê, que é, em verdade, um substantivo, sinônimo de motivo, causa, razão e aparece, na frase, geralmente precedido de artigo:
Gostaríamos de saber o porquê de tudo isso.
A filosofia está sempre a procurar os porquês relacionados à nossa vida.
Há sempre um porquê naquilo que fazemos.


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