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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Podem as crianças ser médiuns?


Uma amiga residente na cidade de Arapongas focaliza o tema mediunidade em crianças e pergunta que livro espírita trata do assunto.
A principal obra espírita que trata do tema mediunidade em crianças é "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo. Allan Kardec formulou aos Espíritos que participaram da obra de codificação da Doutrina Espírita três questões relativamente à mediunidade em crianças, como o leitor pode conferir lendo o item 221, parágrafos 6 a 8, da obra citada.
Em resumo, ensinam os Espíritos Superiores:
1º - Não existe uma idade precisa para que uma pessoa passe a ocupar-se da mediunidade. Isso depende fundamentalmente do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral. Há crianças de 12 anos que são menos afetadas que certos adultos.
2º - Quando a faculdade mediúnica é espontânea na criança, é sinal de que se acha em sua natureza e que sua constituição a isso se presta. Já o mesmo não se dá quando é provocada e superexcitada.
3º - É muito perigoso desenvolver a mediunidade nas crianças, porque sua organização franzina e delicada ficaria abalada e sua imaginação superexcitada com a prática mediúnica. Desse modo, os pais prudentes devem afastá-las dessas ideias ou, pelo menos, só tratar do assunto do ponto de vista de suas consequências morais.
Os autores espíritas, quando tratam do assunto, repetem essas observações de Kardec, às quais é bom adicionar uma explicação importante. Certas faculdades mediúnicas, como a vidência, são muito comuns durante a primeira infância. O próprio Codificador escreveu que a mediunidade de vidência parece ser frequente, e mesmo geral, nas criancinhas. (Veja “Revista Espírita” de 1865, p. 262.)
O fato decorre de que não existe ainda, até os 7 anos de idade, uma total integração entre a alma e o corpo da criança, o que favorece o desprendimento parcial da alma e, por causa disso, a possibilidade de certas percepções, como a visão de pessoas falecidas ou Espíritos. Essa fase, no entanto, é passageira e pode ser que, ao tornar-se adulta, jamais a pessoa experimente situações semelhantes.


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