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quarta-feira, 29 de maio de 2013

O amparo cura a alma

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Quanto necessitamos de carinho... de ajuda!
Há alguns dias assisti a uma reportagem que muito me sensibilizou. A primeira parte foi sobre pessoas idosas e enfermas esquecidas por seus familiares num determinado hospital. Na outra metade da matéria, foi apresentado um conteúdo a respeito do abandono de crianças, também em hospitais, com paralisias ou deficiências, pelos próprios pais.
Mas sempre haverá um anjo para auxiliar o necessitado. E assim aconteceu.
Para os idosos, havia o cuidado, o alimento, um leito e o mais encantador: o amor puro dos que lá trabalhavam. E também recebiam as visitas de alguns voluntários que exerciam a caridade em dia e hora predeterminados para, simplesmente, ouvirem as histórias de vida daqueles fraternos anciãos do momento. Era grande a lista de espera dos amigos voluntários para este trabalho. Que bom! Existem muitos espíritos amorosos por aí. Ambas as partes se felicitavam. A ação se transforma em amor a partir do sentimento verdadeiro e desprendido.
 E para as crianças – ah, queridas – como não conheciam seus pais nem sua família, ganhavam, logo de início, padrinhos e madrinhas; como se sabe, na ausência dos pais, os padrinhos serão os amparadores, conforme a precisão do afilhado.
Muitos desses pequeninos demonstravam, com o brilho terno, todo amor pelos seus cuidadores, enfermeiros, doutores. Eles reconheciam, nesses amigos do presente, o pai e a mãe; o amigo e o parente; a força e o amparo, enfim, essas pessoas eram o que conheciam e podiam sentir.
No entanto, a vida está em cada alma; algumas destas, com chama mais brilhante e definida; outras, com um frágil contorno ainda disforme, mas predestinadas, todas, ao completo caminhar da bondade.
A reportagem chegou ao fim e a vida dos retratados anciãos e crianças, que representam um número não divulgado de tantas outras pessoas comuns e desconhecidas, certamente, continuaria amparada pela energia calorosa e fraterna do bem.
Somos instrumentos. Cabe ao coração decidir o trabalho a realizar, as flores a colher, a razão para viver.

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