Uma leitora nos pergunta se existe uma hora certa para
a morte das pessoas.
A lição, relativamente ao momento da morte das
pessoas, foi-nos dada na questão 853 de "O Livro dos Espíritos", na
qual lemos o seguinte: "Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o
instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não
podeis furtar-vos".
Note-se que os Espíritos não falam em
"hora", mas sim em momento, como o instrutor espiritual Jerônimo
explica no livro "Obreiros da Vida Eterna", de André Luiz, ao
reportar-se à desencarnação de Dimas: “Há tempo de morrer, como há tempo de
nascer. Dimas alcançara o período de renovação e, por isso, seria subtraído à
forma grosseira, de modo a transformar-se para o novo aprendizado”. “Não fora
determinado dia exato. Atingira-se o tempo próprio.”
A duração de uma existência corpórea, se fatos
supervenientes não interferirem no seu processo, está relacionada com a
programação reencarnatória do indivíduo, mas o instante da morte pode ser
adiado em determinados casos, como mostrado na obra de André Luiz acima citada.
E pode, de igual modo, ser antecipado, em face do estilo de vida e dos abusos
que a pessoa adote no curso de sua existência corpórea. Os excessos na mesa e o
uso de alcoólicos podem, como sabemos, determinar o retorno mais cedo do
indivíduo à vida espiritual. Quem assim age comete o que alguns estudiosos
chamam de suicídio involuntário.
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