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sábado, 9 de novembro de 2013

Pérolas literárias (61)

Missiva ao companheiro

 Alfredo José dos Santos Nora

 
Toda vitória insensata,
Além, na Luz Infinita,
Tem gosto de patarata (1)
Que não sofre contradita.

O orgulho é a velha bravata
Que a morte desfaz sem grita,
Deixando mofo e sucata,
Revolta, choro, desdita...

Somente a vida correta,
Guardando Jesus por meta,
Faz a estrada livre e enxuta.

Se não queres a derrota
Da ilusão que abraça e enxota,
Trabalha, edifica e luta.


(1) Patarata é o mesmo que ostentação ridícula; mentira jactanciosa; patacoada.



Alfredo Nora, natural de Piraí-RJ, onde nasceu em 18/11/1881, desencarnou em 13/11/1948. O soneto acima integra o livro Antologia dos Imortais, psicografado pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

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