JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Pois é, meu caro leitor, “bem-aventurado é quem
ri de si mesmo, pois sempre terá do que rir”. Essa frase foi colocada no vidro
traseiro de um Gol em Brasília.
Por falar em gol, ainda está entalada a maior
goleada sofrida pelo Brasil na história de um jogo de Copa do Mundo em nosso
país. Dizem que los hermanos argentinos não perderam o ensejo para nos
perguntar: — Como te sientes torcedor brasileño?
Como costumamos rir até de nós mesmos, não
perdemos a ocasião para nos vingar. Quando eles foram derrotados pela Alemanha,
na decisão desse mundial, lhes devolvemos a pergunta: — Como te sientes,
torcedor argentino?
Apenas o gosto deles não foi tão amargo quanto o
nosso, pois perder de 1 a
0, numa final, não é o mesmo que tomar um “chocolate” histórico como o que
tomamos...
O importante é que perdemos o jogo, mas não
perdemos o “rebolado”. Continuamos achando que somos os melhores do mundo,
embora nuestros hermanos não concordem com isso, pois lá está Maradona, o
melhor jogador do mundo de todos os tempos e um dos melhores da Argentina...
Nessa quarta-feira, 3 de setembro, a partir das
15h30, eles nos provarão que, por justiça, os últimos campeões do mundo são
eles. Campeões morais, rs... (Nada a ver com a conhecida marmelada do mundial
da Argentina, em que fomos desclassificados sem perder um único jogo, e o Peru
aceitou uma goleada histórica para que os hermanos não nos substituíssem na
eliminação).
Os alemães vão jogar sem cinco titulares, embora
um deles seja seu artilheiro Ozil, mas isso não tem a menor importância para
eles. Já os argentinos vão jogar com um sério desfalque: Lionel Messi...
Cá entre nós, amanhã, eu não acredito numa
vitória argentina, sem Messi, nem se o jogo fosse contra o Brasil sem Neymar,
quanto mais contra nossos carrascos alemães.
Não sou profeta, mas embora o futebol não tenha
lá muita lógica, se a Argentina conseguir ao menos um empate com a Alemanha, eu
desaconselharei o Dunga a desistir do amistoso brasileiro contra a Colômbia,
que, em seu último jogo contra a Argentina empatou por 0 a 0 (7 jun. 2013)... (1)
Quem sabe, um jogo amistoso entre Brasil e Cuba,
por exemplo, não nos faria um bem enoooooorme...
Ah, sim, jogo de futebol e não de beisebol...
Mas como disse Johnny Cash, “A distância mais
curta entre duas pessoas é um sorriso”.
Alguns ainda conseguem o impossível, mesmo sem
ser Brás Cubas, o defunto-autor de meu romance que revolucionou a literatura
brasileira: fazer rir o leitor com sua história post-mortem.
Foi o que fez um amigo nosso que, após morrer,
para nos fazer rir, ainda publicou o seu caso nas Seleções Reader’s Digest de
dezembro de 2012, p. 56:
Entrei num bar e vi meu
amigo sentado com um copo cheio. Cheguei perto dele e, sem mais nem menos,
tomei sua bebida. Ele começou a chorar e eu disse:
— Calma, não se
preocupe, eu te pago outra bebida.
— Não estou chorando por
isso. Eu fui demitido porque fiz minha empresa perder 4,5 milhões de reais, e
eles ainda querem que eu pague.
— Nossa! Complicado...
— E minha mulher me
botou para fora de casa porque eu não arranjo emprego.
— Coitado...
— E agora nem me matar
eu posso.
— Por quê?
— Você bebeu meu veneno
(Luca Rocha, Fortaleza – CE).
(1) Esta crônica foi escrita antes do
amistoso entre Alemanha e Argentina. Os hermanos ganharam a partida por 4 a 2.
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