Perguntaram a
um conhecido cronista brasileiro, por ocasião de um debate com estudantes, o
que, no seu modo de ver, estaria faltando para que o homem, a história, o
mundo, enfim, tivessem um sentido.
O cronista,
um indivíduo admirável que, todavia, não comunga das ideias espíritas, disse
então que falta à história e ao mundo uma edição final, a mesma edição que é
feita no cinema, nos espetáculos e nos textos publicados pelos jornais. O
mundo, a história e o homem não passam – para ele – de um making of, uma sucessão atabalhoada de cenas, frases, emoções que
necessitam de uma montagem posterior.
Com efeito,
observou o intelectual, o que se vê no mundo são guerras e massacres idiotas,
cidades erguidas e destruídas, homens matando uns aos outros, crianças morrendo
de fome, doenças que surgem e doentes que se vão.
Os recentes
episódios ocorridos na Síria, no Iraque e na Nigéria são uma amostra do que ele
falou.
Que sentido
pode ter tudo isso? Quando virá um editor final para dar sentido a tudo?
A pergunta
formulada pelos estudantes é dessas questões que têm intrigado e continuarão a
intrigar gerações de pessoas. E não existe, obviamente, uma resposta fácil para
ela, porque as filosofias e as religiões conhecidas não têm discutido, como
deviam, o problema.
A Terra, já o
disse certa vez Emmanuel, que foi o mentor espiritual da obra de Chico Xavier,
é uma casa em reforma.
O mundo em
que vivemos é um planeta ainda bastante atrasado e as pessoas que nele nascem
necessitam, por isso, de passar por provas, expiações e reparações, nessa
caminhada que levará a todos, passo a passo, à perfeição possível.
Se repudiamos
a ideia da reencarnação, é claro que a visão do mundo e da humanidade será tão
caótica quanto aparentemente o é o estado de coisas descrito pelo cronista.
A Terra não
está, no entanto, como muitos pensam, à deriva. Este planeta é uma nave
extraordinária que tem no seu comando um condutor preparado, o ser mais
evoluído que o mundo já viu e seu nome é Jesus. Eis o editor final que, no
papel que lhe cabe, tem evidentemente de seguir certas regras estabelecidas
pelo Criador, ou seja, as leis que regem o Universo e suas criaturas.
A toda ação
corresponde uma reação, quem matar pela espada morrerá sob a espada, quem com
ferro fere com ferro será ferido, a semeadura é livre mas a colheita é
obrigatória, a cada um segundo as suas obras...
Estas regras
tão conhecidas, estatuídas por Deus, é que dirigem com sabedoria o roteiro, as
locações, as alternativas da vida, que parecem tão confusas e improvisadas, mas
que obedecem a uma programação meticulosa e a uma ordem que não podem ser
compreendidas pelas doutrinas materialistas e por seus partidários.
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