Extraordinariamente...
mãe
(Homenagem às
admiráveis mães)
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Ser mãe.
Ser mãe é
extraordinário. É descobrir uma mina de ouro de amor dentro do coração a partir
do segundo que uma criaturinha pulsa no puro ventre materno. É sentir a mistura
de opostos sentimentos, na mesma hora, como confiança e medo. É felicidade que
transborda com tantos planos e os mais lindos desejos de bem-estar, saúde,
proteção e alegria infinita. É descobrir-se uma heroína em defesa desse frágil
bebê protegido ainda em seu interior. É saber que depois desse segundo de
descoberta, sua vida nunca mais será a mesma, suas noites serão interrompidas
por vários choros ou, então, por horas de inteira admiração. E sono, ah... o
sono existirá, mas o imensurável amor compensará o corpo físico.
Serão meses de
preocupação, sonhos, felizes pensamentos, diálogos repletos de ternura apenas
entre mãe e filho, carícias tão verdadeiras... até o grande dia: o nascimento.
A partir desse dia, a mulher será mãe, transformar-se-á em amável e doce flor e
cuidará do pequenino ser tão dependente e companheiro nesta estrada. E essa mãe
não se cansará de sorrir para esse amado filho e com tanta leveza e doçura
tocar seu rostinho, suas mãos pequenas e olhar os olhos que abrem um mar de
familiaridade... sentimento de que esses olhos só poderiam ser do seu próprio
filho, de que é esse filho que o coração quer cuidar e os braços,
carinhosamente, abraçar. É o filho perfeito em suas múltiplas apresentações. E
os medos e as alegrias continuarão.
Os dias vão passar
rapidamente e não se poderá segurá-los com as mãos, e a cada amanhecer a mãe se
surpreenderá com mais um pouquinho do crescimento do bebê; ah... olhar amoroso
e sorriso bobo e feliz serão presentes. Tudo poderá ser difícil, mas ao final
das contas, quando o coração materno encontrar os olhos do filho, ele se
sentirá como o mais completo do mundo.
E essa fase passará
bem rapidinho e, com o tempo, o bebê se transformará em uma criança ainda mais
amada. E a mãe se perguntará: Como em mim há tanto amor? Logo a adolescência se
aproximará e esse coração amará mais do que o tempo da infância, o amor só
aumenta; virão, então, as conversas curiosas, as escolhas de planos, as
discordâncias naturais, pois antes de mãe e filho, são espíritos com milhares
de anos vividos e, pelo motivo perfeito, reencontrados no momento.
Conquistas,
tristezas, alegrias, dores são acompanhamentos da vida e como só vive quem
aceita senti-los, mãe e filho estão nessa caminhada. E o adolescente virou
adulto, e a mãe continuou mãe, pois mesmo o filho de mais idade, será o menino
na eternidade de uma mãe. E para esse adulto, a voz materna sempre soará
cuidadosamente desde o pedido para não esquecer o casaco até o olhar do mais
puro amor renovado.
Mãe. Esse nome traz
confiança, paz, harmonia, carinho e muito aconchego com ternura. Mãe é também
mulher, mas um pouco mais mãe, pois despertado esse sentido não há como
adormecê-lo e seguir como se não o tivesse conhecido.
E as mães são de
espécies variadas: há a que aconchegou o filho por nove meses; há a que sem
aconchegá-lo apaixonou-se à primeira vista perdidamente; há a que encontrou o
seu tesouro quando este já estava maiorzinho; há a que sem esperar foi mãe e
descobriu a maior alegria da vida; há a que foi por pouquíssimo tempo, mas
conheceu o encanto materno e passou a distribuir para as muitas crianças sem
mãe; há também a que se dedica exclusivamente ao filho necessitado e há para
todas as mães a Mãe maior que olha por todas elas, a doce Virgem Maria.
E a vida segue. E as
mães, de uma forma ou de outra, acompanharão seus filhos... pelos olhos, pelo
toque, pelo cuidado, pelo carinho, pelo pensamento, pela prece e, acima de
tudo, pelo coração.
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