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sábado, 31 de dezembro de 2016

Destaques da semana da revista “O Consolador”



Encontra-se desde já disponível na Web a edição semanal da revista O Consolador, a primeira de 2017, cujos destaques vão abaixo relacionados, seguidos dos respectivos links:

Destaques da edição 497

Já está na Web a edição deste domingo (1º de janeiro) da revista O CONSOLADOR.
“O Evangelho é um mosaico divino” – afirma Joaquim Bueno Neto, o nosso entrevistado.
“Allan Kardec e os Banquetes Magnéticos”, por Rogério Miguez, é o Especial da semana.
Divaldo Franco coordenou em Salvador (BA) novas ações do Movimento Você e a Paz.
“O livro da esperança de todos os que sofrem” é o título do nosso editorial.
De uma leitora: - Acordo muito cansada por causa dos sonhos. Preciso de orientação.
Saiba o que ocorre nesta semana no movimento espírita brasileiro.
Anote e acompanhe os eventos espíritas internacionais desta semana.
Em que se funda o Espiritismo?
Uma pessoa acordada pode transmitir mensagem a um médium?
Que importância tem a água fluidificada distribuída nas Casas Espíritas?
“A fogueira das vaidades” (Altamirando Carneiro)
Emmanuel nos lembra que “o Reino de Deus está dentro de nós”.
“Confiar em Deus e nos médicos” (Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo)
Pode a morte de uma pessoa dar-se por merecimento?
“Indicações de paz” (Hilário Silva)
“Visualização projetiva” (Christina Nunes)
“Desejo de ser útil” – outra linda história contada por Meimei.
“Princípio de justiça” (Cláudio Bueno da Silva)
Após cometer algum erro, que atitude devemos tomar?
A que se atribui na atualidade o evidente acréscimo das doenças mentais?
“Sob as ilusões da carne” (Claudio Viana Silveira)
O jornal Heroldo de Esperanto inicia uma nova fase. Confira.
“Os dogmas fazem do ecumenismo uma utopia e levam ao ateísmo” (José Reis Chaves)
O Espiritismo é uma descoberta moderna? 
De um leitor: - Qual é a origem da palavra reencarnação?
“A internet e o metrô em Londres” (Maria Angela Miranda)
“Vem e ajuda” é o título de lindo soneto de Auta de Souza.
“Revista Espírita retrata o papel de Kardec na construção do Espiritismo” (Wellington Balbo)





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Contos e crônicas



O testemunho espírita de Arthur Conan Doyle

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Arthur Conan Doyle foi o genial autor de Sherlock Holmes, famoso mundialmente, que se tornou espírita e recusou a maior distinção que alguém poderia receber do Império Britânico: “Par do Reino Unido da Grã-Bretanha”. O motivo? Não aceitou a condição que lhe foi imposta de “renunciar ao Espiritismo”. Seus testemunhos, até o fim de sua vida, podem ser lidos em obras como História do Espiritismo e A Nova Revelação, entre outras. Era médico, mas destacou-se na literatura mundial como poucos escritores.
Escreveu ele, em A Nova Revelação: “As religiões se mostram em grande parte petrificadas e decadentes, abafadas pelas fórmulas e sufocadas pelos mistérios. Podemos provar que não há necessidade nem de uma coisa nem de outra” (DOYLE, 1980, p. 115).
Ainda dele é a seguinte frase: “[...] se um homem é bondoso e humilde, não há porque temer pelo destino de sua alma, seja ou não membro de uma igreja organizada na Terra” (Id., introd.).
Neste fim de ano, em que tantas infelicidades terrenas vêm provocando as ideias materialistas, é importante refletir no exemplo de almas de escol como a de Doyle. Por isso, propomos ao leitor de nossas singelas linhas mais duas frases, agora psicografadas pelo maior médium do século XX, Chico Xavier, que lhe foram ditadas pelo Espírito André Luiz:
A primeira é esta: “Melhore tudo dentro de você, para que tudo melhore ao redor dos seus passos” (XAVIER, 1990, p. 74).
A segunda, não menos importante, é a seguinte: “A obra de Jesus pede amor e colaboração, bondade e devotamento” (Id., p. 77).
Conan Doyle foi um exemplo de cristão-espírita ou neoespiritualista, como era vista a mensagem da “nova revelação” nos países anglo-saxões. Dedicou todo o seu amor e todo o seu empenho na divulgação dessa revelação pelos Espíritos enviados por Jesus, em sua terceira revelação. Exercitou a bondade, a humildade e o devotamento a essa causa até o fim de sua última encarnação, com renúncia a qualquer distinção, por mais alta que fosse, para se manter fiel à sua nova crença. Manteve-se firme na defesa e divulgação deste que é o maior legado que o Cristo nos proporcionou, como antídoto ao Materialismo: o Espiritismo, ou Nova Revelação, ou Consolador Divino que veio para nos livrar da ignorância, do fanatismo religioso e instaurar, definitivamente, o Reino do Cristo na Terra.
Com essas palavras, renovo aos meus leitores os votos de paz e saúde neste Natal e no próximo ano. E que se concretizem as nossas esperanças de um Novo Ano repleto de realizações no campo do bem, o nosso elevado entusiasmo, incansável devotamento e muita força de vontade para superar todos os novos desafios.
Até 2017!


Referências:
DOYLE, Arthur Conan. A Nova Revelação. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1980.
______. História do Espiritismo. Tradução de Júlio Abreu Filho. São Paulo: Pensamento, 1994.
XAVIER, F. C. A Verdade Responde. Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. São Paulo: Instituto Divulgação Editora André Luiz, 1990.






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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Iniciação aos clássicos espíritas





Depois da Morte

Léon Denis

Parte 8

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

                        Questões preliminares

A. Como se dá a separação da alma após a morte corpórea?
B. Em que situação a separação da alma é menos penosa?
C. Qual é a importância dos pensamentos e da vontade na condição pessoal do Espírito?
D. Como é a vida de além-túmulo?

Texto para leitura

151. As sensações que precedem e seguem a morte são infinitamente variadas e dependem sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que deixa a Terra: a separação é lenta, quase sempre, e o desprendimento da alma opera-se gradativamente. (P. 201)
152. A separação da alma é seguida por um período de perturbação, breve para o Espírito justo e bom, que logo se separa com todos os esplendores da vida celeste, e muito longo, às vezes durando anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. (P. 202)
153. Entre estas, muitas acreditam que ainda vivem a vida corpórea; outras acham-se completamente isoladas, mergulhadas em trevas densas, em noite profunda, oprimidas por incertezas e terror. (P. 202)
154. Geralmente a separação da alma é menos penosa depois de longa doença, visto que esta tem por efeito desfazer, pouco a pouco, os liames carnais. (P. 204)
155. Mortes súbitas ou violentas, que atingem a vida orgânica em sua plenitude, produzem uma perturbação prolongada. É o que se dá com os suicidas, que experimentam sensações horríveis e sofrem por longos anos. (P. 204)
156. Uma lei simples rege esse fenômeno: quanto mais leves são as moléculas do perispírito, tanto mais rápida é a desencarnação. (P. 205)
157. O Espírito impuro, cheio de fluidos materiais, fica confinado nos estratos inferiores da atmosfera terrestre. (P. 205)
158. Assim, cada Espírito é o juiz de si mesmo e encontra em si, na própria consciência e não em outra parte, o prêmio ou o castigo. (P. 206)
159. Todo pensamento tem uma forma, e esta forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em um espelho no qual se fixam as imagens; daí o tormento dos maus, que veem expostos aos olhos de todos os seus desejos depravados e suas más ações. (P. 207)
160. O invólucro fluídico do ser purifica-se, ilumina-se ou fica obscurecido, segundo a natureza dos pensamentos da pessoa. (P. 209)
161. As paixões baixas e grosseiras perturbam e obscurecem o organismo fluídico; os pensamentos generosos, as ações nobres apuram e dilatam as moléculas do perispírito. (P. 211)
162. As experiências de Crookes demonstraram que a rarefação dos átomos determina o estado radiante deles: a matéria, em estado de rarefação, inflama-se, torna-se luminosa, imponderável. O mesmo se dá com a substância do perispírito, que constitui um estado ainda mais sutil da matéria. (P. 211)
163. A vontade usada para o bem pode realizar grandes coisas, e é muito potente também no mal. Nossos maus pensamentos, nossos desejos impuros, nossas más ações refletem-se nos fluidos ambientes e os corrompem. (P. 212)
164. O pensamento, usado como força magnética, pode reparar muitas desordens, atenuar muitos males, aliviar e curar. (P. 213)
165. A ação regular e perseverante da vontade pode atuar a distância sobre os céticos e os malvados, abalando sua obstinação, atenuando seu ódio, iluminando com um raio de verdade as mais obstinadas criaturas. Usada para o bem, essa força poderia transformar o estado moral da sociedade. (P. 214)
166. A alegria e a elevação do Espírito não resultam do ambiente onde esteja, mas do estado pessoal do próprio Espírito. (P. 215)
167. As almas reúnem-se e dispõem-se no espaço segundo o grau de pureza do seu invólucro. Assim, a posição do Espírito é determinada por sua constituição fluídica, que é obra sua e consequência do seu passado. (P. 216)
168. O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo diz-nos que não existe lugar para contemplação estéril, para a beatitude ociosa. (P. 219)
169. Na vida de além-túmulo, à feiura terrena, à velhice decrépita e enrugada, sucede um corpo fluídico, diáfano e brilhante. (P. 221)
170. Após percorrer o ciclo de suas existências planetárias e haver-se purificado nas suas migrações através dos mundos, o Espírito encerra a série de existências e entra na vida espiritual definitiva. (P. 224)
171. Alguns Espíritos se encarregam de velar pelo progresso e desenvolvimento das nações e dos mundos; outros reencarnam para cumprir missões de sacrifício e para instruir os homens; outros se unem a alguma alma encarnada e a sustentam no áspero caminho da existência. (P. 226)
172. Todos nós temos um desses gênios tutelares, que nos inspiram nas horas difíceis e nos encaminham para vias retas. (P. 227)
173. O invólucro fluídico é como uma veste tecida com os méritos do próprio Espírito no curso de suas existências. (P. 228)
174. Quem deseje percorrer rapidamente o ciclo magnífico dos mundos e conquistar as regiões etéreas e a felicidade, deve projetar para longe as suas faculdades latentes, devolver à terra tudo o que vem da terra e aspirar aos tesouros eternos: ore, trabalhe, console, socorra, ame até à imolação, cumprindo os seus deveres à custa do sacrifício e da morte. (PP. 230 e 231)

Respostas às questões preliminares

A. Como se dá a separação da alma após a morte corpórea?
As sensações que precedem e seguem a morte são infinitamente variadas e dependem sobretudo do caráter, dos méritos, da elevação moral do Espírito que deixa a Terra. A separação é lenta, quase sempre, e o desprendimento da alma opera-se gradativamente. A separação da alma é seguida por um período de perturbação, breve para o Espírito justo e bom, que logo se separa com todos os esplendores da vida celeste, e muito longo, às vezes durando anos inteiros, para as almas culpadas, impregnadas de fluidos grosseiros. (Depois da Morte, cap. XXVIII a XXX, pp. 201 e 202.)
B. Em que situação a separação da alma é menos penosa?
Geralmente a separação da alma é menos penosa depois de longa doença, visto que esta tem por efeito desfazer, pouco a pouco, os liames carnais. Mortes súbitas ou violentas, que atingem a vida orgânica em sua plenitude, produzem uma perturbação prolongada. É o que se dá com os suicidas, que experimentam sensações horríveis e sofrem por longos anos. (Obra citada, cap. XXX e XXXI, pp. 204 a 206.)
C. Qual é a importância dos pensamentos e da vontade na condição pessoal do Espírito?
Todo pensamento tem uma forma, e esta forma, criada pela vontade, fotografa-se em nós como em um espelho no qual se fixam as imagens; daí o tormento dos maus, que veem expostos aos olhos de todos os seus desejos depravados e suas más ações. O invólucro fluídico do ser purifica-se, ilumina-se ou fica obscurecido, segundo a natureza dos pensamentos da pessoa. As paixões baixas e grosseiras perturbam e obscurecem o organismo fluídico; os pensamentos generosos, as ações nobres apuram e dilatam as moléculas do perispírito. As experiências de Crookes demonstraram que a rarefação dos átomos determina o estado radiante deles: a matéria, em estado de rarefação, inflama-se, torna-se luminosa, imponderável. O mesmo se dá com a substância do perispírito, que constitui um estado ainda mais sutil da matéria. A vontade usada para o bem pode realizar grandes coisas, e é muito potente também no mal. Nossos maus pensamentos, nossos desejos impuros, nossas más ações refletem-se nos fluidos ambientes e os corrompem. O pensamento, usado como força magnética, pode reparar muitas desordens, atenuar muitos males, aliviar e curar. A ação regular e perseverante da vontade pode atuar à distância sobre os céticos e os malvados, abalando sua obstinação, atenuando seu ódio, iluminando com um raio de verdade as mais obstinadas criaturas. (Obra citada, cap. XXXI e XXXII, pp. 207 a 215.)
D. Como é a vida de além-túmulo?
As almas reúnem-se e dispõem-se no espaço segundo o grau de pureza do seu invólucro. Assim, a posição do Espírito é determinada por sua constituição fluídica, que é obra sua e consequência do seu passado. O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo diz-nos que não existe lugar para contemplação estéril, para a beatitude ociosa. Na vida de além-túmulo, à feiura terrena, à velhice decrépita e enrugada, sucede um corpo fluídico, diáfano e brilhante. Alguns Espíritos se encarregam de velar pelo progresso e desenvolvimento das nações e dos mundos; outros reencarnam para cumprir missões de sacrifício e para instruir os homens; outros se unem a alguma alma encarnada e a sustentam no áspero caminho da existência. Todos nós temos um desses gênios tutelares, que nos inspiram nas horas difíceis e nos encaminham para vias retas. (Obra citada, cap. XXXIII a XXXV, pp. 216 a 227.) 


Nota:

Links que remetem aos textos anteriores:









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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Iniciação ao estudo da doutrina espírita




Provas da existência
de Deus

Este é o oitavo módulo de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes:
- questões para debate
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Podemos afirmar que Deus é um ser vivo, sensível, consciente?
2. Como os Espíritos, em resposta a Kardec, definiram Deus?
3. Quais são as provas referidas pelos Espíritos acerca da existência de Deus?
4. O sentimento intuitivo que temos de Deus é produto da educação e das ideias adquiridas?
5. A formação primeira do Universo não seria fruto de um acaso inteligente ? Por quê?

Texto para leitura

A ideia de Deus
1. "Outrora, Deus foi homem: hoje, Deus é Deus", assevera Léon Denis. O Ser Supremo, criado à imagem do homem, hoje vê apagar-se pouco a pouco essa imagem, substituída por uma realidade sem forma. A forma, a definição, o tempo, a duração, a medida, o grau de potência ou atividade não mais se aplicam a Deus. O próprio nome Deus oculta uma ideia incompleta. Outrora, Júpiter empunhava o raio, Apolo conduzia o Sol e Netuno senhoreava os mares. No Tibete, ainda hoje, adoram Maitreya, que refreia as ondas do mar, abençoa o exército, amaldiçoa o rival e dirige as chuvas.
2. A história da ideia de Deus mostra-nos que ela sempre foi relativa ao grau intelectual dos povos e de seus legisladores, correspondendo aos movimentos civilizadores, à poesia dos climas, às raças, à florescência de diferentes povos, enfim aos progressos espirituais da Humanidade. Com o passar dos tempos, assistimos sucessivamente aos desfalecimentos e tergiversações dessa ideia imperecível que, às vezes fulgurante e outras vezes eclipsada, pode, todavia, ser identificada sempre nos fastos da Humanidade.
3. Nosso Deus é um Deus ainda desconhecido, qual o era para os Vedas e para os sábios do Areópago de Atenas. No entanto, no estado evolutivo em que nos encontramos podemos sentir que Deus não é uma abstração metafísica, um ideal que não existe. Não; Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo.
4. Kardec perguntou aos Espíritos: "Que é Deus?" e não quem é Deus? Os Espíritos responderam: "Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" (L.E., item 1).
5. Dizer que Deus é infinito é um erro, consequência da pobreza da nossa linguagem, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima da nossa inteligência.
6. Deus – ensina Kardec - é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida por outra que também não o é.

A existência de Deus e suas provas
7. Em "O Livro dos Espíritos" os imortais nos dizem que podemos encontrar a prova da existência de Deus num axioma bastante conhecido dos homens, segundo o qual "não há efeito sem causa". Basta que procuremos a causa de tudo o que não constitui obra do homem e a nossa razão responderá.
8. Todos os homens carregam em si o sentimento intuitivo de Deus, uma prova de que a crença em um Ser superior não é produto da educação ou de ideias adquiridas, visto que até os selvagens o possuem. Ora, se fosse a ideia de Deus produto da educação, não seria universal, mas restrita a certos lugares.
9. Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria – afirmam os Espíritos – equivale a tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter também uma causa.
10. A harmonia que regula as atividades do Universo revela combinações e fins determinados e, por isso mesmo, mostra-nos a ação de uma força inteligente. Atribuir essa formação primeira ao acaso seria, de igual modo, um contrassenso, porque o acaso é cego e não pode produzir coisas inteligentes. Um acaso inteligente não seria mais acaso.
11. Pela obra se reconhece o artífice. Nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz por si mesma. A causa primeira é, portanto, uma inteligência superior à Humanidade. Quanto maior o prodígio realizado pela inteligência humana, essa inteligência tem, ela mesma, uma causa, e quanto mais o que ela realiza é grande, mais a causa primeira deve ser grande.
12. Essa inteligência superior é a causa primeira de todas as coisas, qualquer que seja o nome sob o qual o homem a designe – Deus, Allah, Jeová. O nome é, no caso, o que menos importa.

Respostas às questões propostas

1. Podemos afirmar que Deus é um ser vivo, sensível, consciente?
Sim. Deus é um ser vivo, sensível, consciente. Deus é uma realidade ativa. Deus é nosso Pai, nosso guia, nosso condutor, nosso melhor amigo.
2. Como os Espíritos, em resposta a Kardec, definiram Deus?
"Deus é a Inteligência suprema, causa primária de todas as coisas."
3. Quais são as provas referidas pelos Espíritos acerca da existência de Deus?
Os imortais nos dizem que podemos encontrar a prova da existência de Deus num axioma bastante conhecido dos homens, segundo o qual "não há efeito sem causa". Basta que procuremos a causa de tudo o que não constitui obra do homem e a nossa razão responderá.
4. O sentimento intuitivo que temos de Deus é produto da educação e das ideias adquiridas?
Não, visto que até os selvagens o possuem. Ora, se fosse a ideia de Deus produto da educação, não seria universal, mas restrita a certos lugares.
5. A formação primeira do Universo não seria fruto de um acaso inteligente ? Por quê?
Atribuir a formação primeira das coisas às propriedades íntimas da matéria – afirmam os Espíritos – equivale a tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter também uma causa. A harmonia que regula as atividades do Universo revela combinações e fins determinados e, por isso mesmo, mostra-nos a ação de uma força inteligente. Atribuir essa formação primeira ao acaso seria, de igual modo, um contrassenso, porque o acaso é cego e não pode produzir coisas inteligentes. Um acaso inteligente não seria mais acaso.



Nota:

Eis os links que remetem aos textos anteriores:







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