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sábado, 28 de janeiro de 2017

Especial 50 anos de casamento



Bodas de Ouro

(Astolfo O. de Oliveira Filho)

Amigos, num dia igual a este – 28 de janeiro – mas cinquenta anos atrás, Célia e eu nos casamos. A foto abaixo não nos deixa mentir. Célia estava linda, como linda sempre esteve desde o dia em que nos conhecemos. Isso se deu em 1960, quando a primogênita de minha irmã Anita era ainda um bebê. 
Ocorre que a primeira impressão que ela teve de mim foi péssima. Ela mesma me contou. O motivo é hilário. O bebê estava com o rosto muito vermelho, até hoje não sei por quê. Talvez uma alergia. Anita a conduzia num carrinho próprio para crianças pequenas; Célia estava com ela. Eram cunhadas, e eu ainda não fazia parte de sua família, mas duas irmãs lá de casa, sim. Anita primeiro, depois a Eunice, casaram-se com Jésus e Adilson, irmãos da Célia.
Vendo a Anita e o bebê, aproximei-me e fiz o seguinte comentário: “Nossa! Como a Mariângela é vermelhinha!” Minha futura esposa, que não me conhecia até aquele dia, falou de si para consigo, sem que ninguém a ouvisse: “Que moço tolo! Será que ele não vê que o bebê está doente?!”
Era o amor que se manifestava, mas ela ainda não sabia... Digo isso porque poucos meses depois, nas férias de julho de 1960, começamos aquilo que antigamente era chamado de namoro, coisa que os jovens de hoje não conhecem. Ela havia feito no mês anterior apenas 15 anos.
Mas foi um namoro de altos e baixos. A menina era muito brava! Por qualquer coisa, terminava tudo. “Era definitivo”, dizia ela, e exigia que lhe devolvesse até os retratos que carinhosamente me havia dado...
Assim as coisas caminharam por dois anos e meio, até que chegou o momento da despedida, que tudo indicava ser, essa sim, definitiva.
Findo o ano de 1962, seus pais decidiram que ela iria para um internato católico, dirigido por freiras, na cidade mineira de Rio Novo, onde por três anos cursaria a chamada Escola Normal, em que se formavam antigamente  os professores do curso primário. E ela foi, enquanto na mesma ocasião decidi vir para o Paraná, a 1.160 km de distância de nossa cidade natal, onde um novo trabalho profissional e a faculdade de Ciências Econômicas me esperavam.
A distância e o tempo conseguem fazer muita coisa, mas não são capazes de apagar a chama do amor, quando a chama existe.
Foi assim que no final de 1965, quando ela concluía a Escola Normal, ao receber o diploma de formatura, pôde exibir, radiante, para suas colegas o anel de noivado. E eu estava lá, para que suas companheiras de internato conhecessem quem era o autor das cartas que chegavam misteriosamente, driblando a vigilância das freiras, às mãos da jovem interna.
O noivado, que começou em dezembro de 1965 (foto ao lado), durou pouco mais de um ano. Mas que noivado!
Os jovens de hoje não sabem do que estou falando. O período de noivado é algo que deveria durar mais tempo. São dias de enlevo, de sonhos, de planos... a prenunciar os dias felizes que virão com o casamento, os filhos, os netos e até, como no nosso caso, os bisnetos. Já temos um, mas logo virão os outros.
Bodas de Ouro! Quem diria?
Jamais pensei que viveria tanto, porque os adultos da época de nossa juventude dificilmente chegavam aos 60, 65 anos.
O fato é que chegamos e só temos, neste dia especial, que agradecer. Agradecer a Deus, aos benfeitores espirituais, aos nossos pais e a todos os que concorreram para que neste dia pudéssemos de novo dizer um ao outro: - Eu te amo! E se pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez.





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5 comentários:

  1. Eu te amo tbm!E se pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez." Muito obrigada meu amor!Estou muito feliz! Te espero. Beijus!

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  2. Linda história, um resumo do que é a felicidade. Parabéns... E que sirva de incentivo para os jovens nesse tempo de modernidade...

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  3. História linda,parece uma novela.Infelizmente os jovens de hoje não entendem o que é o verdadeiro amor.Não curtem cada fase do namoro,noivado e casamento.Como é bom viver cada momento e que pena que não volta mais!Parabéns Célia e Astolfo,que seja eterno esse amor!

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  4. Nossa que linda história..amo vcs muito.. meus pais de coração... que tenham muito tempo conosco para podermos aprender a bem viver... que Deus abençoe vcs... meus exemplos...

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  5. Valéria Cazetta de Oliveira28 de janeiro de 2017 às 11:26

    Parabéns tios queridos 50 anos juntos tem que comemorar, é uma linda estória de amor é cumplicidade, e que venham muitos outros anos de muita paz, saúde , felicidade bjs no coração dos dois . Com muito carinho Valéria

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