Bodas de Ouro
(Astolfo O. de
Oliveira Filho)
Amigos, num dia igual a este – 28 de
janeiro – mas cinquenta anos atrás, Célia e eu nos casamos. A foto abaixo não
nos deixa mentir. Célia estava linda, como linda sempre esteve desde o dia em
que nos conhecemos. Isso se deu em 1960, quando a primogênita de minha irmã
Anita era ainda um bebê.
Ocorre que a primeira impressão que
ela teve de mim foi péssima. Ela mesma me contou. O motivo é hilário. O bebê
estava com o rosto muito vermelho, até hoje não sei por quê. Talvez uma
alergia. Anita a conduzia num carrinho próprio para crianças pequenas; Célia
estava com ela. Eram cunhadas, e eu ainda não fazia parte de sua família, mas
duas irmãs lá de casa, sim. Anita primeiro, depois a Eunice, casaram-se com Jésus
e Adilson, irmãos da Célia.
Vendo a Anita e o bebê, aproximei-me
e fiz o seguinte comentário: “Nossa! Como a Mariângela é vermelhinha!” Minha
futura esposa, que não me conhecia até aquele dia, falou de si para consigo, sem
que ninguém a ouvisse: “Que moço tolo! Será que ele não vê que o bebê está
doente?!”
Era o amor que se manifestava, mas
ela ainda não sabia... Digo isso porque poucos meses depois, nas férias de
julho de 1960, começamos aquilo que antigamente era chamado de namoro, coisa
que os jovens de hoje não conhecem. Ela havia feito no mês anterior apenas 15
anos.
Mas foi um namoro de altos e baixos.
A menina era muito brava! Por qualquer coisa, terminava tudo. “Era definitivo”,
dizia ela, e exigia que lhe devolvesse até os retratos que carinhosamente me
havia dado...
Assim as coisas caminharam por dois
anos e meio, até que chegou o momento da despedida, que tudo indicava ser, essa
sim, definitiva.
Findo o ano de 1962, seus pais decidiram
que ela iria para um internato católico, dirigido por freiras, na cidade mineira
de Rio Novo, onde por três anos cursaria a chamada Escola Normal, em que se
formavam antigamente os professores do curso
primário. E ela foi, enquanto na mesma ocasião decidi vir para o Paraná, a
1.160 km de distância de nossa cidade natal, onde um novo trabalho profissional
e a faculdade de Ciências Econômicas me esperavam.
A distância e o tempo conseguem fazer
muita coisa, mas não são capazes de apagar a chama do amor, quando a chama
existe.
Foi assim que no final de 1965, quando
ela concluía a Escola Normal, ao receber o diploma de formatura, pôde exibir,
radiante, para suas colegas o anel de noivado. E eu estava lá, para que suas
companheiras de internato conhecessem quem era o autor das cartas que chegavam
misteriosamente, driblando a vigilância das freiras, às mãos da jovem interna.
O noivado, que começou em dezembro de
1965 (foto ao lado), durou pouco mais de um ano. Mas que noivado!
Os jovens de hoje não sabem do que
estou falando. O período de noivado é algo que deveria durar mais tempo. São
dias de enlevo, de sonhos, de planos... a prenunciar os dias felizes que virão
com o casamento, os filhos, os netos e até, como no nosso caso, os bisnetos. Já
temos um, mas logo virão os outros.
Bodas de Ouro! Quem diria?
Jamais pensei que viveria tanto,
porque os adultos da época de nossa juventude dificilmente chegavam aos 60, 65
anos.
O fato é que chegamos e só temos,
neste dia especial, que agradecer. Agradecer a Deus, aos benfeitores
espirituais, aos nossos pais e a todos os que concorreram para que neste dia
pudéssemos de novo dizer um ao outro: - Eu te amo! E se pudesse voltar no
tempo, faria tudo outra vez.
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Eu te amo tbm!E se pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez." Muito obrigada meu amor!Estou muito feliz! Te espero. Beijus!
ResponderExcluirLinda história, um resumo do que é a felicidade. Parabéns... E que sirva de incentivo para os jovens nesse tempo de modernidade...
ResponderExcluirHistória linda,parece uma novela.Infelizmente os jovens de hoje não entendem o que é o verdadeiro amor.Não curtem cada fase do namoro,noivado e casamento.Como é bom viver cada momento e que pena que não volta mais!Parabéns Célia e Astolfo,que seja eterno esse amor!
ResponderExcluirNossa que linda história..amo vcs muito.. meus pais de coração... que tenham muito tempo conosco para podermos aprender a bem viver... que Deus abençoe vcs... meus exemplos...
ResponderExcluirParabéns tios queridos 50 anos juntos tem que comemorar, é uma linda estória de amor é cumplicidade, e que venham muitos outros anos de muita paz, saúde , felicidade bjs no coração dos dois . Com muito carinho Valéria
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