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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Contos e crônicas


O medo atrasa o encontro com o amor

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Os seres vivos, instintiva ou racionalmente, sentem, em variados graus, este terrível assombro que é o medo. Entretanto, esta abordagem será quanto ao sentimento perante a vida de forma mais ampla e não relacionada ao senso de preservação, aliás, este muito necessário.
Frente a situações diárias, há muitos momentos nos quais relatamos sentir medo. No entanto, há necessidade ainda maior de nos questionarmos o motivo pelo sentimento que põe amarras na liberdade da vida. E caso haja mais calma, maior esclarecimento haverá.
Talvez exista medo de não conquistar o objetivo, porém, se assim for, basta revisão das etapas para identificar a falha e refazer ou recomeçar. Há o medo da inaceitação, pois bem, que desperte antes de tudo o amor-próprio. Ocorre também o medo do todo, comece, então, por conhecer-se a si mesmo e desvendará um universo lindo que se deseja libertar. O medo de sentir medo já nos petrifica, logo, o início desse fim se dá em tirar devagar cada casquinha do monstro que o próprio eu cria. Somos muito mais capazes do que podemos imaginar.
E a partir da aquisição de conhecimento, a luz começa a iluminar o caminho e o medo tende a perder espaço, ou seja, o que antes era monstro terrível, hoje não passa de situação incompreendida no passado. Todos possuímos a centelha da vida e as condições para a obtenção do que nos é importante e preciso.
Um coração que sofre a consequência das inúmeras paixões, por certo, será atormentado e não poderá ouvir o seu próprio pulsar ou discernir o que tanto lhe faria bem, entretanto, se este mesmo coração acalmar-se com a prece, o recolhimento, alcançará a harmonia e sentirá que a paz e a serenidade são bem maiores que o medo, sentimento que incapacita o progresso e a felicidade.
Algo extremamente útil para aniquilar esse sentimento é identificar as situações que o proporcionam. São inúmeras, podem ser pessoas com seus desequilíbrios de possessividade, apego, autoridade descabida e que sufocam outros seres, sendo elas as mais infelizes; insegurança pela falta de conhecer-se; o orgulho ilusório por sentir-se melhor que os outros, sem nenhum mérito comprovado e com tão equivocado sentimento, pois quem mais conquista nobreza, mais lhe pertence a simplicidade; a impaciência que não sabe aguardar; o desconhecimento de tanto que se poderia, com vontade, conhecer um pouco mais.
Ainda, em relação a essas incontáveis possibilidades estão algumas ações e imensamente eficientes para dirimir o medo que paralisa o encontro com o mais pleno sentimento: o amor. A fé é um mecanismo esplendoroso de confiança que quando acionado torna-se infalível antídoto contra o que aprisiona e retarda a leveza do bem-estar. A segurança também é um recurso fabuloso contra o ignorante medo, e deveria despertar-se muito antes, já que o Criador do Universo é o nosso Pai.
A gratidão e o respeito pela vida também são atitudes muito favoráveis à coragem já que recebemos o mais nobre presente que é viver. E a prece é o bálsamo sábio para a compreensão e a valorização pelo que Deus nos presenteou. Portanto, outras ações podem muito nos fortalecer na caminhada e nos livrar das tristes algemas que tentam interromper o nosso progresso. Ou seja, tudo o que é bom combaterá o que talvez um dia foi ameaça. E tudo o que é bom precisamos sentir antes por nós.
Medo: sentimento que nos distancia terminantemente do amor.
Amor: sentimento que anima e fortalece o que há de melhor na vida, cura, protege, perdoa, ampara, respeita, confia e faz a centelha divina, de maneira esplêndida, iluminar-se e sentir-se profundamente feliz, como de fato deve ser.
   
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