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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita




Fundamentos e consequências da reencarnação

Este é o módulo 22 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Por que a reencarnação é necessária?
2. Onde e em que época surgiu a ideia da reencarnação?
3. Qual é, segundo os clássicos do Espiritismo, o meio de comprovação da reencarnação mais completo?
4. Podemos considerar comprovada a doutrina reencarnacionista?
5. Que consequências advêm para o homem da admissão da doutrina reencarnacionista?

Texto para leitura

Fundamentos da reencarnação
1. A reencarnação revela a justiça divina porque mostra que Deus não permite que sejamos condenados eternamente por erros que a ignorância nos fez cometer, mas, ao contrário, abre-nos uma porta para o arrependimento.
2. Haveria, sem dúvida, grande injustiça por parte de nosso Pai e Criador se Ele não nos desse chance de reparar as faltas cometidas muitas vezes em momentos impensados, frutos de nossa cegueira e imperfeição espiritual.
3. Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provas da vida corporal. Sua justiça lhes permite, assim, realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
4. A doutrina que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus e a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatar nossos erros através de novas existências e provas.

A reencarnação no tempo
5. A doutrina da reencarnação é, por isso, eminentemente consoladora, pois faz com que o homem veja o Criador, não como um Deus vingador e parcial, mas como um Pai amigo e justo. A criatura tem, assim, esperança de viver dias futuros de felicidade, após a quitação das dívidas contraídas perante a Lei que rege a vida.
6. Ao reencarnarmos na Crosta do mundo, recebemos com o corpo uma herança sagrada, cujos valores precisamos preservar, aperfeiçoando-o. As forças físicas devem evoluir como as nossas almas. Se nos oferecem um vaso de serviço para novas experiências de elevação, devemos retribuir, com o nosso esforço, auxiliando-as com a luz de nosso respeito e equilíbrio espiritual, no campo de trabalho e educação orgânica. No futuro, o homem compreenderá que suas células não representam apenas segmentos de carne, mas companheiras de evolução, credoras de seu reconhecimento e auxílio efetivo.
7. A crença nas vidas sucessivas não é coisa nova, nem pertence à Doutrina Espírita. Podemos encontrá-la no âmago das grandes religiões do Oriente e nas obras filosóficas mais puras e elevadas. Oriunda da Índia, a ideia da reencarnação espalhou-se pelo mundo.
8. Muito antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos, ela já era formulada nos Vedas, e o Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram. O Egito e a Grécia também a adotaram e vê-se que, à sombra de um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia da palingenesia.

Recordações de vidas passadas
9. Nos tempos modernos, eminentes sábios e pesquisadores respeitáveis puderam comprovar a veracidade da ideia reencarnacionista, como refere Gabriel Delanne em seu livro O Fenômeno Espírita.
10. A recordação de existências passadas tem-se mostrado um meio, senão o melhor, pelo menos um dos mais completos para provar-se a reencarnação. Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, relata diversas experiências de regressão de memória em que o sujet ou sensitivo alude a existências passadas vividas na Terra.
11. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris, em 1900, por experimentadores espanhóis. Um deles, Fernandes Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado médium que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores.
12. O Espiritismo Científico mantém, em seus arquivos, um número surpreendente de fatos que comprovam experimentalmente a veracidade da reencarnação.
13. Quatro livros constituem-se, nesse particular, em consulta obrigatória para quem quer aprofundar-se no assunto: A Reencarnação, de Gabriel Delanne; A reencarnação e suas provas, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcante de Melo; 20 casos sugestivos de reencarnação, de autoria de Ian Stevenson, e Reencarnação e imortalidade, de Hermínio Corrêa Miranda.

Consequências da reencarnação
14. A doutrina reencarnacionista, comprovada experimentalmente, só tem trazido benefícios para aqueles que a aceitam.
15. Graças a ela, a alma vê claramente seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria, para a luz mais viva. A equidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de haver falhas no Universo, sendo seu alvo a Beleza e seus meios, a justiça e o amor.
16. Dissipa-se, assim, todo temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o homem saboreia a alegria das certezas eternas. Confiado no dia seguinte, multiplicam-se-lhe as forças, e seu esforço para o bem se centuplica, porque, antes de tudo, ele sabe por que vive e qual é o seu futuro.

Respostas às questões propostas

1. Por que a reencarnação é necessária?
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provas da vida corporal. Como uma única existência não é suficiente para atingir a meta, que é a perfeição, Deus lhes permite realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
2. Onde e em que época surgiu a ideia da reencarnação?
A crença nas vidas sucessivas não é coisa nova, nem pertence à Doutrina Espírita. Ela se encontra no âmago das grandes religiões do Oriente e nas obras filosóficas mais puras e elevadas. Oriunda da Índia, a ideia da reencarnação espalhou-se pelo mundo e muito antes de terem aparecido os grandes reveladores dos tempos históricos ela já era formulada nos Vedas. O Bramanismo e o Budismo nela se inspiraram, o Egito e a Grécia também a adotaram e vê-se que, à sombra de um simbolismo mais ou menos obscuro, esconde-se por toda parte a ideia da palingenesia.
3. Qual é, segundo os clássicos do Espiritismo, o meio de comprovação da reencarnação mais completo?
A recordação de existências passadas tem-se mostrado um meio, senão o melhor, pelo menos um dos mais completos para provar-se a reencarnação. Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, relata diversas experiências de regressão de memória em que o sujet ou sensitivo alude a existências passadas vividas na Terra. Dentre os relatos constantes da referida obra, é digna de nota a experiência narrada durante o Congresso Espírita de Paris, em 1900, por experimentadores espanhóis. Um deles, Fernandes Colavida, presidente do Grupo de Estudos Psíquicos de Barcelona, referiu ali ter magnetizado um determinado médium que, além de regredir à juventude e infância, contou como foi sua vida no Plano Espiritual e em quatro encarnações anteriores.
4. Podemos considerar comprovada a doutrina reencarnacionista?
Sim. O Espiritismo Científico mantém, em seus arquivos, um número surpreendente de fatos que comprovam experimentalmente a veracidade da reencarnação. Quatro livros constituem-se, nesse particular, em consulta obrigatória para quem quer aprofundar-se no assunto: A Reencarnação, de Gabriel Delanne; A reencarnação e suas provas, de Carlos Imbassahy e Mário Cavalcante de Melo; 20 casos sugestivos de reencarnação, de autoria de Ian Stevenson, e Reencarnação e imortalidade, de Hermínio Corrêa Miranda.
5. Que consequências da admissão da doutrina reencarnacionista advêm para o homem?
A doutrina reencarnacionista só tem trazido benefícios para aqueles que a aceitam.  Graças a ela, a alma vê claramente seu destino, que é a ascensão para a mais alta sabedoria, para a luz mais viva. A equidade governa o mundo; nossa felicidade está em nossas mãos; deixa de haver falhas no Universo, sendo seu alvo a Beleza e seus meios, a justiça e o amor. Dissipa-se, assim, todo temor quimérico, todo o terror do Além. Em vez de recear o futuro, o homem saboreia a alegria das certezas eternas. Confiado no dia seguinte, multiplicam-se-lhe as forças, e seu esforço para o bem se centuplica, porque, antes de tudo, ele sabe por que vive e qual é o seu futuro.


Nota:
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