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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Pílulas gramaticais (267)





Atendendo a pedidos, voltamos a falar sobre o emprego da vírgula.
Em grande número de casos, as vírgulas exercem papel de parênteses. Ora, aberto o parêntese, devemos depois fechá-lo.
Veja este exemplo:
O professor (conforme a orientação recebida) entrou e encarou seus alunos.
O texto ficará, portanto, redigido assim:
O professor, conforme a orientação recebida, entrou e encarou seus alunos.
A vírgula é empregada também para separar certas conjunções que aparecem intercaladas na frase: todavia, contudo, porém, pois.
Eis alguns exemplos:
•  A casa que comprei não pôde, porém, ser habitada até hoje.
•  A carta que lhe enviei não chegou, todavia, ao seu destino.
•  Naquela tarde, contudo, a chuva atrapalhou os dois times.
O emprego da vírgula é de lei nas orações adjetivas explicativas, que aparecerão obrigatoriamente entre vírgulas.
Exemplos:
•  O Palácio Alvorada, que é a residência oficial do presidente, acabou de ser reformado.
•  O jogador Neymar, que atua hoje no Barcelona, foi revelado pelo Santos.
•  O romance Renúncia, que foi escrito por Emmanuel, retrata a vida de Alcíone.
Se a oração adjetiva for restritiva, não caberá a vírgula.
Exemplos:
•  O carro que comprei no mês passado é da marca Ford.
•  O jogador que o Flamengo não quis chama-se Williams.
•  O negócio que fechei ontem foi bem vantajoso.

*
Admite-se o emprego da vírgula no fim da oração adjetiva restritiva quando esta for constituída por dizeres muito longos.
Exemplo:
O homem que fundou no século passado os diversos povoados ao longo do Rio das Velhas, deixou seu nome marcado na história.



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