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domingo, 6 de agosto de 2017

Reflexões à luz do Espiritismo



O conselho é antigo e conhecido: cuidado com os mistificadores!

Sabemos que os fenômenos mediúnicos são tão antigos quanto os homens e que as Escrituras apresentam vários casos de aparição de Espíritos.
Lembrando esse fato, um amigo pergunta-nos se existem também na Bíblia orientações relacionadas com a prática da mediunidade. Se positivo, em que livros podemos encontrar algo?
Realmente, os fatos pertinentes ao intercâmbio com os Espíritos remontam à mais remota antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso mundo.
A História, a esse respeito, está pontilhada de fenômenos.
No Antigo Testamento vamos encontrar Saul conversando com o Espírito de Samuel e, no Novo Testamento, Jesus recepcionando as visitas dos Espíritos de Elias e Moisés materializados, às vésperas de sua prisão e consequente crucificação.
O apóstolo Paulo, em suas cartas, reconheceu a prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos e legou-nos orientações importantes com respeito ao trato do tema, como podemos verificar nos textos seguintes:

"Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em outra língua não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação." (I Coríntios, 14:1 a 3.)  
"Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem." (I Tessalonicenses, 5:19 a 21.)
   
Em igual sentido, João evangelista referiu-se também às manifestações espirituais e deixou-nos um alerta, até hoje de grande relevância, com respeito ao cuidado que é preciso ter no intercâmbio com os desencarnados:

"Amados, não acrediteis em todos os espíritos, mas provai se os espíritos vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I João, 4:1 e 2.)  

Sintetizando, destacam-se nas observações de Paulo e João as seguintes propostas, no tocante à prática da mediunidade:
•  Procurar com zelo os dons espirituais.
•  Preferir as mensagens transcendentais que edificam e consolam.
•  Examinar tudo e reter o bem.
•  Não aceitar cegamente o que dizem os Espíritos.
•  Analisar se o conteúdo do que dizem é compatível com as leis de Deus.
No livro As Vidas de Chico Xavier, Marcel Souto Maior registrou um dos primeiros e mais importantes conselhos dados por Emmanuel a Chico Xavier, logo no início das tarefas do saudoso médium no campo da mediunidade:

Se alguma vez (disse-lhe Emmanuel) eu lhe der algum conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.

A semelhança entre o conselho de Emmanuel e as orientações de Paulo e João não é, evidentemente, fruto de uma mera coincidência.



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