O conselho é antigo e conhecido: cuidado com os mistificadores!
Sabemos que os fenômenos mediúnicos são tão
antigos quanto os homens e que as Escrituras apresentam vários casos de
aparição de Espíritos.
Lembrando esse fato, um amigo pergunta-nos se
existem também na Bíblia orientações relacionadas com a prática da mediunidade.
Se positivo, em que livros podemos encontrar algo?
Realmente, os fatos pertinentes ao intercâmbio com
os Espíritos remontam à mais remota antiguidade, sendo tão velhos quanto o
nosso mundo.
A História, a esse respeito, está pontilhada de
fenômenos.
No Antigo Testamento vamos encontrar Saul
conversando com o Espírito de Samuel e, no Novo Testamento, Jesus recepcionando
as visitas dos Espíritos de Elias e Moisés materializados, às vésperas de sua
prisão e consequente crucificação.
O apóstolo Paulo, em suas cartas, reconheceu a
prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos e legou-nos
orientações importantes com respeito ao trato do tema, como podemos verificar
nos textos seguintes:
"Segui o amor, e procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em outra
língua não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito
fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação,
exortação e consolação." (I Coríntios, 14:1 a 3.)
"Não extingais o Espírito. Não desprezeis as
profecias. Examinai tudo. Retende o bem." (I Tessalonicenses, 5:19 a 21.)
Em igual sentido, João evangelista referiu-se
também às manifestações espirituais e deixou-nos um alerta, até hoje de grande
relevância, com respeito ao cuidado que é preciso ter no intercâmbio com os
desencarnados:
"Amados, não acrediteis em todos os espíritos,
mas provai se os espíritos vêm de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo." (I João, 4:1 e 2.)
Sintetizando, destacam-se nas observações de Paulo
e João as seguintes propostas, no tocante à prática da mediunidade:
• Procurar
com zelo os dons espirituais.
• Preferir
as mensagens transcendentais que edificam e consolam.
• Examinar
tudo e reter o bem.
• Não
aceitar cegamente o que dizem os Espíritos.
• Analisar
se o conteúdo do que dizem é compatível com as leis de Deus.
No livro As
Vidas de Chico Xavier, Marcel Souto Maior registrou um dos primeiros e mais
importantes conselhos dados por Emmanuel a Chico Xavier, logo no início das
tarefas do saudoso médium no campo da mediunidade:
Se alguma vez (disse-lhe
Emmanuel) eu lhe der algum conselho que não esteja de acordo com Jesus e
Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.
A semelhança entre o conselho de Emmanuel e as
orientações de Paulo e João não é, evidentemente, fruto de uma mera
coincidência.
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