Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
Parte 15
Continuamos o estudo do livro Cristianismo e Espiritismo, que estamos realizando com base na 6ª
edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, tradução de Leopoldo
Cirne.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma
de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas
encontram-se no final do texto indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Qual é, no processo de evolução dos Espíritos, a
importância da educação moral?
B. Por que o Espiritismo considera importante a doutrinação
dos Espíritos culpados?
C. A interdição das sessões espíritas, verificada durante a
Idade Média, foi benéfica ou prejudicial à sociedade terrena?
Texto para leitura
187. Graças à doutrina dos Espíritos, o homem compreende,
finalmente, o objetivo da existência; nela vê um meio de educação e reparação;
cessa de maldizer o destino e acusar Deus. (P. 239)
188. Todos reconhecem a necessidade de uma educação moral,
suscetível de regenerar a sociedade. Por muito tempo acreditou-se ter sido
bastante difundir a instrução; mas a instrução, sem o ensino moral, é impotente
e estéril. É preciso, antes de tudo, fazer da criança um homem; não basta
desenvolver a inteligência, é necessário formar o caráter, fortalecer a alma.
(P. 240)
189. Conhecidas as condições da vida futura, o objetivo da
existência se define. O homem compreende, então, que não veio a este mundo para
desfrutar prazeres frívolos, satisfazer pueris e fúteis ambições, mas para
desenvolver as suas faculdades superiores, corrigir defeitos, pôr em prática
tudo o que pode contribuir para a sua elevação. (P. 241)
190. O ensino espírita nos mostra que a vida é combate pela
luz e que a luta e as provas só hão de cessar com a conquista do bem moral.
Esse pensamento retempera as almas e prepara-as para as ações nobres e os
grandes empreendimentos. (P. 241)
191. Por isso a influência moralizadora do Espiritismo
penetra pouco a pouco nos mais diversos lugares, dos mais cultos aos mais
degradados e obscuros; o depoimento dos forçados de Tarragona comprova isso.
(P. 241)
192. Graças aos conselhos dos Espíritos, muitos hábitos
viciosos têm sido coibidos e a paz se restabeleceu em muitos lares perturbados.
Ele preservou também do suicídio grande número de desesperados,
restituindo-lhes a coragem. (PP. 242 e 243)
193. A ação salutar do Espiritismo não se exerce unicamente
entre os homens; estende-se também aos habitantes do espaço, a quem podemos
consolar e esclarecer, arrancando-os ao mal, ao ódio e ao desespero. (P. 244)
194. Há nisso um dever imperioso: o dever do homem de bem,
que o Espiritismo eleva à dignidade de educador e guia dos Espíritos ignorantes
ou perversos. É, ao mesmo tempo, o mais seguro meio de sanear fluidicamente a
atmosfera da Terra. É nesse intuito que todo círculo espírita consagra parte de
suas sessões à instrução e moralização desses Espíritos. (PP. 244 e 245)
195. Os Espíritos elevados, em virtude da natureza sutil do
seu perispírito, encontram muito mais dificuldade do que os homens em comunicar
com esses Espíritos, em razão da diferença de afinidade. Eis então a
importância desse trabalho. (P. 245)
196. Como a Igreja havia interditado toda relação entre os
homens e os Espíritos, os desencarnados retidos por seus fluidos grosseiros na
atmosfera terrestre, em permanente contato com os homens acessíveis à sua
influência, não visavam senão um fim: fazer os homens compartilharem das
torturas que acreditavam sofrer. Foi por isso que durante toda a Idade Média
viram-se multiplicar os casos de obsessão e possessão. (PP. 245 e 246)
197. Em lugar de procurar congraçá-los por meio de preces,
a Igreja não teve para eles senão anátemas e maldições: ela não procede senão
por meio dos exorcismos, recurso impotente, cujo único resultado é irritar os
maus Espíritos. (P. 246)
198. A Igreja entendia também que nenhum sentimento de
piedade e caridade subsistia no coração dos crentes e dos bem-aventurados a
respeito dos que tivessem sido seus pais, parentes e companheiros na existência
terrena. (P. 247)
199. Essa doutrina monstruosa, partilhada por S. Tomás de
Aquino e S. Bernardo, difere de tudo que é ensinado pelo Espiritismo, que
exerce, como se vê, benéfica influência na Terra e no espaço. (PP. 247 e 248) (Continua na próxima edição.)
Respostas às
questões preliminares
A. Qual é, no
processo de evolução dos Espíritos, a importância da educação moral?
Sua importância é muito grande, porque, graças à doutrina
dos Espíritos, o homem compreende o objetivo da existência, vê nela um meio de
educação e reparação, cessa de maldizer o destino e reconhece a necessidade de
uma educação moral, suscetível de regenerar a sociedade. Por muito tempo
acreditou-se ter sido bastante difundir a instrução; mas a instrução, sem o
ensino moral, é impotente e estéril. É preciso, antes de tudo, fazer da criança
um homem; não basta desenvolver a inteligência, é necessário formar o caráter,
fortalecer a alma. (Cristianismo e
Espiritismo, cap. XI, pp. 239 a 241.)
B. Por que o
Espiritismo considera importante a doutrinação dos Espíritos culpados?
A ação salutar do Espiritismo não se exerce unicamente
entre os homens; estende-se também aos habitantes do espaço, a quem podemos
consolar e esclarecer, arrancando-os ao mal, ao ódio e ao desespero. Há nisso
um dever imperioso: o dever do homem de bem, que o Espiritismo eleva à
dignidade de educador e guia dos Espíritos ignorantes ou perversos. É, ao mesmo
tempo, o mais seguro meio de sanear fluidicamente a atmosfera da Terra. É nesse
intuito que todo círculo espírita consagra parte de suas sessões à instrução e
moralização desses Espíritos, visto que os Espíritos elevados, em virtude da
natureza sutil do seu perispírito, encontram muito mais dificuldade do que os
homens em comunicar com esses Espíritos, em razão da diferença de afinidade.
Eis então a importância desse trabalho. (Obra citada, cap. XI, pp. 244 e 245.)
C. A interdição
das sessões espíritas, verificada durante a Idade Média, foi benéfica ou
prejudicial à sociedade terrena?
Foi prejudicial. Havendo a Igreja interditado toda relação
entre os homens e os Espíritos, os desencarnados retidos por seus fluidos
grosseiros na atmosfera terrestre, em permanente contato com os homens
acessíveis à sua influência, não visavam senão um fim: fazer os homens
compartilharem das torturas que acreditavam sofrer. Foi por isso que durante
toda a Idade Média viram-se multiplicar os casos de obsessão e possessão. Em
lugar de procurar congraçá-los por meio de preces, a Igreja não teve para eles senão
anátemas, maldições e exorcismos, recurso impotente, cujo único resultado é
irritar os maus Espíritos. (Obra citada, cap. XI, pp. 245 a 247.)
Nota:
Para ver os três últimos textos, clique nos links abaixo:
Parte 12 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_9.html
Parte 13 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_16.html
Parte 14 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/02/cristianismo-eespiritismo-leon-denis_23.html
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