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sábado, 21 de abril de 2018




Amar sempre
   
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

— Bom dia, amigo Jó. Parabéns por sua cirurgia! Breve você voltará a ouvir o canto do sabiá, o voo dos aviões, a cascata a despencar no morro dos gaviões.
Não desanime, 6.6 é apenas o começo, desde 16 de março, de uma nova e gloriosa etapa a serviço do Cristo.
— Bom dia, Bruxo, não desanimarei, pois já percebo que ainda é o amor o antídoto do mal, mesmo quando observo a incoerência, a ambição desmedida e o egocentrismo predominarem em nosso mundo.
— Como você observou bem, em sua tese aprovada na UnB, Jó, não sei se é na literatura que está a salvação, mas predomina nos meus personagens e nos de todos os bons escritores tremenda influenciação espiritual, sem que quase ninguém perceba isso.
— Pois é, Machado, um dos nossos objetivos foi exatamente este: mostrar ao leitor ou leitora o fundo moral subjacente em sua obra e expresso por sua ironia em relação aos costumes depravados da sociedade brasileira. O outro foi propor aos amantes da literatura a análise do rico conteúdo espírita a ser explorado pelos pesquisadores e proposto como monografia de final de curso, seja este de graduação, especialização, mestrado ou doutorado.
— Esteja certo, amigo Jó, que seus objetivos foram alcançados. Os resultados é que serão atingidos paulatinamente. As pessoas ainda não perceberam que a palavra “desinteresse” tem um alcance mais amplo do que o exigido por elas aos trabalhos alheios. Se você é bem-sucedido em algo, não faltarão atitudes de inveja e ataques destruidores de sua obra. Não se preocupe com isso, continue trabalhando.
— É verdade, Machado, também o auxílio que damos a outrem é esquecido facilmente, mas aprendi que não devemos aguardar reconhecimento e, sim, continuar fazendo o bem.
— Continue, amigo, amando e servindo sem parar.
Ainda que riam de sua honestidade, permaneça sendo honesto.
Mesmo que destruam tudo que você construiu ao longo dos anos, continue construindo.
Ajude sempre, ainda que o beneficiado seja ingrato e agressivo.
Não busque reconhecimento do mundo. Faça sempre o melhor que puder.
Perdoe sempre. Exercite a compaixão para com todos.
Somente os bons são verdadeiramente felizes.  
Nada exija. Sirva sempre.
Um dia, com lágrimas de felicidade, você verá um vulto luminoso caminhar ao seu encontro. É Jesus que, com sua voz dulcíssima, dir-lhe-á:
— Vem a mim, bendito do meu Pai, pois tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber, era órfão e me amparaste, tive frio e me agasalhaste e quando preso me visitaste.
Então você, emocionado, apenas perguntará ao Cristo: — Senhor, que devo fazer para merecer tamanha felicidade?
E Ele responder-lhe-á: — Amar sempre!





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