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terça-feira, 24 de julho de 2018




Como a leveza dos pássaros

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Assim como os pássaros passam rápido e levemente, também, dessa forma, deveria passar por nós tudo o que não nos faz bem e não nos imprime o belo e o amor. A preocupação, o incômodo e a intolerância com o outro nos desgastam demais. No entanto, esse degrau será alcançado quando houver a compreensão de que somos inteiramente responsáveis por nós e, para nós, somos importantes.
A atitude negativa do outro não deveria nos imprimir tanto, já que ação e reação são uma combinação severa e universal. Basta apreendermos que não nos compete mudar o outro, mas, sim, colocarmos em prática todo o bem que já fomos capazes de aprender e pela atitude direta e pelo exemplo analisado, assim, outros corações naturalmente poderão aprimorar-se.
Muitas vezes, observo os pássaros – aliás sempre adoro observá-los – que se comportam de uma maneira educadora, principalmente para as pessoas. Quando muitos deles estão em um lugar, reúnem-se aí inúmeros tipos temperamentais. Há os aproveitadores, que comem a comida dos mais frágeis; os briguentos; os doces; os chatos; os gulosos; os inteiramente de bom coração; os egocêntricos entre tantas variedades a serem citadas.     
No entanto, ainda não observei nenhum pássaro rancoroso, desencorajado, infeliz, vingativo ou amargurado. Em meio a toda intempérie, os pássaros buscam a liberdade e o céu e eles ainda se orientam pelo horizonte seguro e infinito.

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