Conquista de paz
Emmanuel
Em muitas ocasiões, especialmente quando se te
agravam as situações difíceis, perguntas a esmo como conquistar serenidade, de
maneira a varar os percalços do dia a dia.
Imagina-te no lugar daqueles que se te fazem
motivos de irritação e examina-te um tanto mais.
Se, em teu grupo de trabalho, desempenhasses a
função do chefe, atormentado de problemas e conflitos, estarias talvez em mais
duras condições de intemperança mental, quando isso acaso acontecesse.
Caso te visses na posição do subalterno, faceando,
às vezes, amargos dramas domésticos, é provável evidenciasses mais lentidão no
serviço a fazer, quando isso viesse a suceder.
Considerando a possibilidade de seres o doente que
te incomoda, quando isso se verifique, decerto não te reconhecerias com menos
intolerância diante do sofrimento.
Na hipótese de haveres sofrido as longas tentações
da criatura julgada em erro, é possível houvesses descido a mais baixo nível.
Se te notasses na posição enfermiça da pessoa que
te ofendeu, ignoras se não terias ferido alguém com mais ímpeto.
Analisemo-nos, através das lentes da introspecção
e reconhecer-nos-emos imensamente distantes da condição dos anjos.
Isso nos ensinará que os companheiros com os quais
convivemos nem sempre conseguirão apresentar, por enquanto, qualidades que
ainda não possuímos e raciocínios mais profundos nos farão sentir a necessidade
de calma e tolerância, de uns para com os outros, em todos os momentos inquietantes
da vida.
Do livro Calma,
obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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