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sexta-feira, 14 de setembro de 2018




A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 25

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Em que circunstância uma aparição constitui prova absoluta da imortalidade do ser que ali se apresenta?
B. Nos fenômenos de materialização, o médium pode experimentar diminuição de peso?
C. Se o peso da aparição materializada for igual ao peso do médium, que poderá ocorrer?

Texto para leitura

268. Resumindo a questão da identidade, conclui Delanne: “Uma materialização que apresenta, com uma pessoa anteriormente morta, semelhança completa de forma corpórea e identidade de inteligência, constitui prova absoluta da imortalidade”. (Pág. 280)
269. A propriedade da lembrança, observada nos Espíritos que se manifestam, implica a existência de um órgão compatível com o meio em que vive a alma. Na Terra, mundo ponderável, o cérebro é a condição orgânica. No espaço, meio imponderável, o perispírito desempenha a mesma função. E como ele, o perispírito, já existe em nosso mundo, é ele o conservador da vida integral, que compreende duas fases: de encarnação e de vida supraterrena. (Pág. 281)
270. Para fazer-se visível e tangível, sabemos que a substância da aparição é tomada ao médium e aos assistentes. O Espírito materializado haure do médium a energia de que se utiliza. (Pág. 282)
271. Num esboço feito pelo Dr. Hitchman, nota-se que, entre a cavidade do peito da forma materializada e a do médium, há um como feixe luminoso religando os dois corpos e projetando um clarão sobre o rosto do médium. Esse fenômeno foi observado muitas vezes nas materializações. Compararam-no ao cordão umbilical. O Sr. Dassier o equipara, porém, a uma rede vascular fluídica, pela qual passa a matéria física, em particular estado de eterização. (Pág. 282)
272. O Sr. Aksakof, após examinar detidamente o gesso modelado da mão de Bertie, concluiu que, sem nenhuma dúvida, a materialização se efetua a expensas do médium e que o fenômeno é devido a uma combinação de formas orgânicas existentes. (Págs. 282 e 283)
273. Se essa teoria for exata, ou seja, se uma parte da matéria do corpo materializado é tomada do médium, este deve necessariamente experimentar diminuição de peso. É precisamente isso o que se dá, como foi muitas vezes comprovado. Florence Cook, ao ser pesada certa vez por William Crookes, acusou 112 libras de peso. Logo que Katie King se materializou completamente - informa a Sra. Florence Marryat no seu livro There is no death - o peso da médium ficou reduzido à metade. (Pág. 283)
274. Delanne relata, na sequência, outras experiências no mesmo sentido, aditando porém que há casos em que uma parte é tomada também aos que assistem à experiência. Aksakof informa numa de suas obras que a Sra. d’ Espérance adoecia depois da sessão, se algum dos assistentes houvesse fumado ou ingerido bebida alcoólica. (Pág. 284)
275. Na mesma obra - Um caso de desmaterialização parcial do corpo de um médium - Aksakof responde à pergunta relativa ao que resta do médium, quando o peso da aparição é tão grande quanto o seu. Restará apenas o perispírito, que é invisível, de sorte que, se alguém penetrar no gabinete, o encontrará vazio. É pelo menos isso o que teria ocorrido com as médiuns Sras. Compton e d’ Espérance. (Pág. 284)
276. Nem sempre, porém, é tão completa a desmaterialização do médium, pois há casos - observa Delanne - em que a aparição e o médium são simultaneamente tangíveis durante todo o tempo da sessão e, nessas condições, podem ser fotografados, como se deu com Katie King e Florence Cook. (Pág. 285)
277. Na verdade, como refere Tyndall, nada se pode acrescentar nem se subtrair à Natureza. É constante a soma das suas energias e tudo o que o homem pode fazer, na pesquisa da verdade, é mudar de lugar as partes constituintes de um todo, que nunca varia, e com uma delas formar outra. “A lei de conservação exclui rigorosamente a criação e a nulificação”, assevera Tyndall. (Pág. 285)

Respostas às questões preliminares

A. Em que circunstância uma aparição constitui prova absoluta da imortalidade do ser que ali se apresenta?
Se a materialização apresentar, em relação a uma pessoa anteriormente morta, semelhança completa de forma corpórea e identidade de inteligência, tal fato constituirá, segundo Delanne, prova absoluta da imortalidade. (A Alma é Imortal, págs. 280 e 281.)
B. Nos fenômenos de materialização, o médium pode experimentar diminuição de peso?
Sim. Diz Delanne que, se uma parte da matéria do corpo materializado é tomada do médium, este deve necessariamente experimentar diminuição de peso. E foi precisamente o que ocorreu em inúmeras oportunidades. Florence Cook, ao ser pesada certa vez por William Crookes, acusou 112 libras de peso. Logo que Katie King se materializou completamente - informa a Sra. Florence Marryat no seu livro There is no death - o peso da médium ficou reduzido à metade. (Obra citada, págs. 282 a 284.)
C. Se o peso da aparição materializada for igual ao peso do médium, que poderá ocorrer?
Em tais casos, restará apenas o perispírito do médium, que é invisível, de sorte que, se alguém penetrar o gabinete, o encontrará vazio. O assunto foi tratado por Aksakof em seu livro Um caso de desmaterialização parcial do corpo de um médium. O fato teria ocorrido com as médiuns Sras. Compton e d’ Espérance. (Obra citada, págs. 284 e 285.)

Observação:

Eis os links que remetem aos três últimos textos:






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