Época e oportunidade
do
desenvolvimento
mediúnico
Este é o módulo 109 de uma série que
esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para
leitura.
As respostas correspondentes às
questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para
leitura.
Questões para debate
1. Existe uma idade mais propícia ao surgimento da faculdade mediúnica?
2. Quando a eclosão da faculdade mediúnica não é ostensiva, como a
pessoa pode saber se possui ou não faculdade que mereça estudo e educação?
3. De onde provêm os maiores entraves à prática mediúnica?
4. Que recomendações traz o opúsculo Orientação
ao Centro Espírita, publicado pelo Conselho Federativo Nacional,
relativamente ao desenvolvimento mediúnico?
5. O conhecimento evangélico-doutrinário é de real utilidade na prática
da mediunidade? Por quê?
Texto para leitura
Desenvolver a
mediunidade constitui obra do esforço aliado à perseverança
1. A organização mediúnica, como todas as edificações elevadas, não é
nem pode ser fruto da improvisação. O médium não é uma inteligência ou uma
consciência anulada no processo de comunicação entre as duas esferas. Edificar
a mediunidade constitui, portanto, uma obra digna do esforço aliado à
perseverança, no espaço e no tempo.
2. A faculdade mediúnica é um instrumento de alto valor na conquista de
novos conhecimentos, na prestação de serviço ao próximo, no desenvolvimento de
virtudes, na realização de experiências enriquecedoras e no resgate de débitos
pessoais. Trata-se, pois, para o indivíduo realmente consciente desses valores,
de uma rara oportunidade, conseguida muitas vezes a duras penas, que propicia
uma mais rápida ascensão espiritual.
3. O surgimento da faculdade mediúnica independe de lugar, idade,
condição social ou sexo. Pode surgir na infância, na adolescência, na idade
madura ou na velhice. Pode revelar-se em casa, no templo, no Centro Espírita e
mesmo em indivíduos materialistas.
4. Quando de seu aparecimento, é natural que seu desenvolvimento seja
cercado de todo o cuidado, propiciando ao candidato ao mediunato um clima sereno
alimentado pelo cultivo da oração e do estudo adequado para o conhecimento da
Doutrina Espírita, das características próprias da mediunidade e do embasamento
evangélico-moral que deve sustentar sua prática e a oportunidade de trabalho
nobre que lhe ensejará a experiência edificante.
Nem sempre a eclosão
da mediunidade ocorre de modo ostensivo
5. Regra geral, nem sempre se dá a eclosão ostensiva da faculdade
mediúnica e, por isso, nasce no principiante espírita o desejo natural de saber
se possui ou não faculdade mediúnica que mereça estudo e educação. Entendamos,
porém, que somente a prática, o exercício metódico e perseverante dirão se o
candidato ao mediunato estará apto a exercer tarefas no campo da mediunidade.
6. A prática mediúnica envolve uma série de entraves, quando não de
perigos, decorrentes da maior sensibilidade do médium e provocados pelos que
tomam a postura de adversários da atividade mediúnica, ou pelo próprio médium,
devido a suas falhas, que o deixam, muitas vezes, à mercê de Espíritos
enganadores.
7. Ao enfatizar a importância do recolhimento no intercâmbio com os
Espíritos sérios, Kardec asseverou que as evocações feitas estouvadamente e por
gracejo constituem verdadeira profanação, que facilita o acesso aos Espíritos
zombeteiros e malfazejos. Eis aí, portanto, um equívoco que não deve ser
cometido pelos médiuns e experimentadores compenetrados da responsabilidade
dessa tarefa.
8. A reunião de estudo e educação da mediunidade deve, ao contrário,
proporcionar a seus participantes as condições para que o exercício mediúnico
se realize em perfeita harmonia com os princípios da Doutrina Espírita.
Ninguém deve
participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar
9. Lemos no opúsculo Orientação ao
Centro Espírita, publicado pelo Conselho Federativo Nacional, que o
candidato ao desenvolvimento mediúnico deve frequentar inicialmente, por certo
tempo, as reuniões de estudo doutrinário e as de assistência espiritual. Se
portador de processo obsessivo, deve também, além da frequência às reuniões
mencionadas, inscrever-se para o atendimento programado pelo Centro Espírita
para os casos de obsessão.
10. Recomenda também a referida obra que o candidato ao serviço
mediúnico seja orientado para que controle as manifestações mediúnicas que
veicula, reprimindo quanto possível a respiração ofegante, os gemidos, os
gritos e as contorções, tanto quanto os batimentos de mãos e pés e quaisquer
gestos violentos. Ele não deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se
educar satisfatoriamente, esquivando-se à ideia de que detém responsabilidades
ou missões de avultada transcendência, mas, antes, reconhecendo-se portador de
tarefas comuns.
11. André Luiz, em seu livro Nos
Domínios da Mediunidade, esclarece que os centros cerebrais do médium
representam bases de operação do pensamento e da vontade que influem em todos
os fenômenos mediúnicos, desde a intuição pura à materialização objetiva. E
adverte que esses recursos, que merecem a defesa e o auxílio das entidades
sábias e benevolentes, quando os medianeiros se sustentam no ideal superior da
bondade e do serviço ao próximo, podem em muitas ocasiões ser ocupados por
entidades inferiores ou animalizadas, em lastimáveis processos de obsessão.
12. Essa é a razão por que nunca é demais afirmar que o conhecimento
evangélico-doutrinário e sua aplicação são de real utilidade na prática da
mediunidade, devendo o aprendiz do serviço mediúnico ser dócil à voz e ao
comando dos Espíritos superiores para corrigir-se e adaptar seus desejos e
aspirações aos interesses relevantes que promovem a criatura humana, esteja ou
não encarnada, meta precípua do compromisso socorrista de todo aquele que se
candidata a semelhante tarefa.
Respostas às questões
propostas
1. Existe uma idade
mais propícia ao surgimento da faculdade mediúnica?
Não. O surgimento da faculdade mediúnica independe de lugar, idade,
condição social ou sexo. Pode surgir na infância, na adolescência, na idade
madura ou na velhice. Pode revelar-se em casa, no templo, no Centro Espírita e
mesmo em indivíduos materialistas.
2. Quando a eclosão
da faculdade mediúnica não é ostensiva, como a pessoa pode saber se possui ou
não faculdade que mereça estudo e educação?
Somente a prática, o exercício metódico e perseverante dirão se o
candidato ao mediunato está apto a exercer tarefas no campo da mediunidade.
3. De onde provêm os
maiores entraves à prática mediúnica?
Esses entraves provêm dos que tomam a postura de adversários da
atividade mediúnica ou do próprio médium, devido a suas falhas, que o deixam,
muitas vezes, à mercê de Espíritos enganadores.
4. Que recomendações
traz o opúsculo Orientação ao Centro Espírita,
publicado pelo Conselho Federativo Nacional, relativamente ao desenvolvimento
mediúnico?
Recomenda o referido opúsculo que o candidato ao desenvolvimento
mediúnico frequente inicialmente, por certo tempo, as reuniões de estudo
doutrinário e as de assistência espiritual. Se portador de processo obsessivo,
deve, além da frequência às reuniões mencionadas, inscrever-se para o
atendimento programado pelo Centro Espírita para os casos de obsessão.
Recomenda também a referida obra que o candidato ao serviço mediúnico seja
orientado para que controle as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo
quanto possível a respiração ofegante, os gemidos, os gritos e as contorções,
tanto quanto os batimentos de mãos e pés e quaisquer gestos violentos. Por fim,
lembra que ele não deve participar de trabalhos mediúnicos antes de se educar
satisfatoriamente, esquivando-se à ideia de que detém responsabilidades ou
missões de avultada transcendência, mas, antes, reconhecendo-se portador de
tarefas comuns.
5. O conhecimento
evangélico-doutrinário é de real utilidade na prática da mediunidade? Por quê?
Sim. Diz André Luiz que os centros cerebrais do médium representam bases
de operação do pensamento e da vontade que influem em todos os fenômenos
mediúnicos, desde a intuição pura à materialização objetiva. Esses recursos
merecem a defesa e o auxílio das entidades sábias e benevolentes, quando os
medianeiros se sustentam no ideal superior da bondade e do serviço ao próximo,
o que mostra a importância do conhecimento evangélico-doutrinário e sua
aplicação.
Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec,
item 222.
Intercâmbio Mediúnico, de João Cléofas
(Espírito), psicografado por Divaldo P. Franco, pág. 24.
Mediunidade e
Evolução, de Martins Peralva, págs. 19 e 151.
Orientação ao Centro
Espírita, opúsculo editado pelo Conselho Federativo Nacional, págs. 30 a 33.
Dicionário da Alma, de autores
diversos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág. 254.
Nos Domínios da
Mediunidade, de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pág. 34.
O Espírito da Verdade, de autores
diversos, psicografado pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier,
págs. 22 a 24.
Observação:
Eis os links que
remetem aos 3 últimos textos:
Módulo 106 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/11/o-exercicio-irregular-da-mediunidade.html
Módulo 107 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2018/11/perda-e-suspensao-da-mediunidade-este-e.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura
deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como
utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário