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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018




Nem castigo, nem perdão

André Luiz

O espírita encontra na própria fé - o Cristianismo Redivivo - estímulos novos para viver com alegria, pois, com ele, os conceitos fundamentais da existência recebem sopros poderosos de renovação.
A Terra não é prisão de sofrimento eterno. É escola abençoada das almas.
A felicidade não é miragem do porvir. É realidade de hoje.
A dor não é forjada por outrem. É criação do próprio espírito.
A virtude não é contentamento futuro. É júbilo que já existe.
A morte não é santificação automática. É mudança de trabalho e de clima.
O futuro não é surpresa atordoante. É consequência dos atos presentes.
O bem não é o conforto do próximo, apenas. É ajuda a nós mesmos.
Deus é a Equidade Soberana, não castiga nem perdoa, mas o ser consciente profere para si mesmo as sentenças de absolvição ou culpa ante as Leis Divinas.
Nossa conduta é o processo, nossa consciência o tribunal.
Não nos esqueçamos, portanto, de que, se a Doutrina Espírita dilata o entendimento da vida, amplia a responsabilidade da criatura.
As raízes das grandes provas irrompem do passado - subsolo da nossa existência - e, na estrada da evolução, quem sai de uma vida entra em outra, porque berço e túmulo são, simultaneamente, entradas e saídas em planos da Vida Eterna.

Do livro Bênçãos de Amor, obra psicografada por Francisco Cândido Xavier.




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