Fatores
predisponentes
da obsessão
Este é o módulo 119 de uma série que
esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita.
Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para
leitura.
As respostas correspondentes às
questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para
leitura.
Questões para debate
1. Onde se localizam as causas da obsessão?
2. Por que a obsessão, de ordinário, exige tratamento difícil?
3. Quais são os fatores predisponentes da obsessão?
4. Que atitude é preciso tomar no trato com os obsessores?
5. A participação do obsidiado é importante no tratamento da obsessão?
Texto para leitura
Sob qualquer forma, a
obsessão exige tratamento difícil
1. O problema da obsessão, sob qualquer aspecto, envolve obsessor e
obsidiado. Quase sempre, evocações do passado estabelecem ligação entre o
desencarnado e o encarnado. A influência que este último recebe é sutil no
início, mas aos poucos o envolvimento cerebral se acentua, até atingir um
estágio de verdadeira vampirização, em que obsessor e obsidiado se completam.
2. As causas da obsessão localizam-se, portanto, em processos morais
lamentáveis, em que o perseguidor e a vítima se deixaram envolver no pretérito.
Reencontrando-se agora e imantados pela lei da Justiça Divina, iniciam-se as
trocas mentais, muitas vezes já na vida intrauterina, intercâmbio vibratório
esse que se acentua a partir do nascimento, durante a nova encarnação do
obsidiado.
3. Sob qualquer forma, desde a mais simples até a subjugação, a obsessão
exige tratamento difícil, porque ambos, obsessor e obsidiado, são enfermos do
espírito.
4. Na intensificação do processo obsessivo justapõe-se sutilmente,
cérebro a cérebro, mente a mente, a vontade dominante sobre a vontade que se
deixa dominar, órgão a órgão, através do corpo espiritual. A cada concessão
feita pelo hospedeiro, mais coercitiva se faz a presença do hóspede, que se
transforma em parasita insidioso, estabelecendo, muitas vezes, a simbiose
através da qual o poder da vontade dominadora consegue apagar a lucidez do
dominado.
Em toda a obsessão, o
encarnado conduz em si os fatores predisponentes
5. Em toda a obsessão, o encarnado conduz em si mesmo os fatores predisponentes
– os débitos morais a resgatar – que permitem o processo. Encontrando em sua
vítima os condicionamentos, a predisposição e as defesas desguarnecidas, disso
tudo se vale o obsessor para instalar sua onda mental na mente da pessoa
visada.
6. A interferência dá-se por processo semelhante ao que acontece no
rádio, quando uma emissora clandestina passa a utilizar determinada frequência
operada por outra, prejudicando-lhe a transmissão. O perseguidor age com
persistência para que se estabeleça a sintonia mental, enviando seus
pensamentos numa repetição constante, hipnótica, à mente da vítima que,
invigilante, os assimila, deixando-se dominar pelas ideias intrusas.
7. Na obsessão, ensina Kardec, o Espírito atua exteriormente, com a
ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o perispírito do encarnado,
ficando este constrangido a proceder contra a sua vontade.
8. Perante os obsessores, é imperioso que se cultive a oração com
carinho e devotamento. O encarnado tem necessidade da comunhão com Deus por
meio da prece, tanto quanto o corpo físico necessita de ar puro para conservar
a saúde. Na Terra, somos o que pensamos e permutamos vibrações que se
harmonizam com outras vibrações afins. É indispensável, pois, cultivar bons
pensamentos a fim de neutralizar as influências negativas dos que nos cercam na
experiência diária. No exercício da oração habituamo-nos também a meditar sobre
as inadiáveis necessidades de libertação e progresso.
No tratamento da
obsessão, é preciso que o obsidiado se ajude
9. Ante os seres perturbadores do mundo espiritual, é preciso cultivar a
bondade, abrindo o coração ao perdão e à indulgência, de modo a alcançar
fraternidade e compreensão. É necessário, ainda, renovar a disposição íntima
para que, ao conversarmos com esses seres de mente em desalinho, por meio do
pensamento ou da palavra, saibamos compreendê-los e ajudá-los com amor e
humildade.
10. O trabalho incansável pelo bem comum, inspirado no ensino trazido
pelos Espíritos superiores, conserva-nos a mente e o coração em Jesus,
sintonizados com as esferas mais altas, onde sorveremos as forças para vencer
as agressões de que podemos ser vítimas. Orando e ajudando, conservaremos a nossa
paz.
11. Quando solicitado a auxiliar um obsidiado, não nos deve faltar
paciência e compreensão, bem como a caridade da boa palavra e do passe. É
imperioso, entretanto, contribuir para o seu próprio esclarecimento, insistindo
para que ele próprio se ajude.
12. Ele deve entender que, com o seu progresso, contribuirá para o
aprimoramento do outro ser que, ligado a ele por imposição da Justiça Divina,
tem necessidade de evoluir também.
Respostas às questões
propostas
1. Onde se localizam
as causas da obsessão?
As causas da obsessão localizam-se nos processos morais lamentáveis em
que o perseguidor e a vítima se deixaram envolver no pretérito.
2. Por que a
obsessão, de ordinário, exige tratamento difícil?
Na obsessão o tratamento é difícil porque obsessor e obsidiado são,
ambos, enfermos do espírito.
3. Quais são os
fatores predisponentes da obsessão?
Os fatores predisponentes são os débitos morais a resgatar. Encontrando
em sua vítima os condicionamentos, a predisposição e as defesas desguarnecidas,
disso tudo se vale o obsessor para instalar sua onda mental na mente da pessoa
visada.
4. Que atitude é
preciso tomar no trato com os obsessores?
Ante esses seres é preciso cultivar a bondade, abrindo o coração ao
perdão e à indulgência, de modo a alcançar fraternidade e compreensão. É
necessário, ainda, renovar a disposição íntima para que, ao conversarmos com
eles por meio do pensamento ou da palavra, saibamos compreendê-los e ajudá-los
com amor e humildade.
5. A participação do
obsidiado é importante no tratamento da obsessão?
Sim. É preciso que ele próprio se ajude e entenda que, com o seu
progresso, contribuirá para o aprimoramento do outro ser que, ligado a ele por
imposição da Justiça Divina, tem necessidade de evoluir também.
Bibliografia:
A Gênese, de Allan Kardec,
cap. XIV, itens 45 a 49.
Nos Bastidores da
Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo P. Franco,
pp. 31, 38 e 41.
Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert,
pp. 50, 61 e 69.
Observação:
Eis os links que
remetem aos 3 últimos textos:
Módulo 116 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/01/sonambulismo-extase-e-dupla-vista-este.html
Módulo 117 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/01/a-obsessao-e-suascaracteristicas-este-e.html
Módulo 118 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/02/a-obsessao-e-suasprincipais-variedades.html
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