quinta-feira, 31 de janeiro de 2019




A obsessão e suas características

Este é o módulo 117 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Como o Espiritismo conceitua a obsessão?
2. No início de um processo obsessivo, como se manifesta a ação dos obsessores?
3. Que fatores favorecem a obsessão?
4. Existe alguma relação entre obsessão e certos vícios como o alcoolismo e a glutoneria?
5. Que consequências podem advir do descaso no trato com as influências espirituais negativas?

Texto para leitura

Na obsessão, os obsessores agem inicialmente de maneira sutil
1. Como consequência da inferioridade moral da população do nosso planeta, são muito numerosos os Espíritos inferiores que habitam o plano dos desencarnados. A ação desses Espíritos, capaz de influenciar nossos pensamentos e nossos atos, constitui parte integrante das dificuldades enfrentadas pela Humanidade. 
2. Um dos resultados dessa ação negativa é a obsessão, que pode ser definida como o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. No livro A Gênese, Kardec conceitua obsessão como a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. 
3. Essa ação – explica o Codificador do Espiritismo – pode variar desde uma simples influência moral até a perturbação completa do organismo, inclusive de ordem mental. As faculdades mediúnicas, é fácil entender, tornam-se bastante prejudicadas pela obsessão. A razão é simples: os Espíritos obsessores são sempre de natureza inferior, visto que os bons Espíritos não se preocupam em constranger ou dominar pessoas. 
4. No processo obsessivo os Espíritos obsessores agem, inicialmente, de maneira sutil, interferindo gradativa e progressivamente na mente do encarnado, podendo atingir, em certo tempo, situações extremas de completo domínio.

Como fatores da obsessão alinham-se as imperfeições morais e os vícios
5. A ação do Espírito obsessor pode ser reconhecida, no início, como uma força psíquica a interferir nos processos mentais, uma vontade dominada por outra vontade, ou uma inquietação crescente sem motivo aparente.
6. Da mesma forma que as enfermidades orgânicas se instalam onde existe carência nos mecanismos de defesa, a obsessão manifesta-se nas mentes cujas imperfeições morais e atitudes do pretérito e do presente deixaram marcas profundas no Espírito. 
7. Alguns vícios, no entanto, devem ser alinhados entre os fatores que favorecem a obsessão, por se constituírem em dano para o corpo e para a mente: o alcoolismo, o uso de drogas, a sexualidade desequilibrada, tanto quanto a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo.
8. O alcoolismo, pelas consequências orgânicas, morais e sociais que acarreta, é veículo de obsessões cruéis que permite a alcoólatras desencarnados o vampirismo, com sérias lesões na organização fisiopsíquica.

As imperfeições morais são estradas de acesso à influência negativa
9. As drogas, ao atuarem no sistema nervoso, permitem o ressurgimento de impressões do pretérito, as quais, misturadas às frustrações do presente, desequilibram a emotividade, oferecendo vasto campo de atuação para os desencarnados em desespero emocional. 
10. A sexualidade desequilibrada permite a sintonia com consciências desencarnadas que vivem em indescritível aflição e que se hospedam nas mentes encarnadas, absorvendo energias vitais e gerando obsessões degradantes.
11. A glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo são igualmente – como todas as imperfeições morais – estradas de acesso para Espíritos de natureza inferior que, num processo de sintonia, banqueteiam-se com as nossas imperfeições, influenciando nossos pensamentos e nossas ações.
12. Não sendo combatida ou neutralizada, essa influência torna-se cada vez mais persistente, constituindo-se em um processo obsessivo que pode assumir formas mais ou menos graves e levar a pessoa até mesmo à loucura.

Respostas às questões propostas

1. Como o Espiritismo conceitua a obsessão?
A obsessão pode ser definida como o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. No livro A Gênese, Kardec a conceitua como a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. 
2. No início de um processo obsessivo, como se manifesta a ação dos obsessores?
Os Espíritos obsessores agem, inicialmente, de maneira sutil, interferindo gradativa e progressivamente na mente do encarnado. Essa ação pode ser reconhecida, então, como uma força psíquica a interferir nos processos mentais, uma vontade dominada por outra vontade, ou uma inquietação crescente sem motivo aparente.
3. Que fatores favorecem a obsessão?
As imperfeições morais do indivíduo e determinados vícios são os fatores que favorecem a obsessão, por se constituírem em dano para o corpo e para a mente: o alcoolismo, o uso de drogas, a sexualidade desequilibrada, tanto quanto a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo.
4. Existe alguma relação entre obsessão e certos vícios como o alcoolismo e a glutoneria?
Sim. O alcoolismo, a glutoneria, a maledicência, a ira, o ciúme, a inveja, a avareza e o egoísmo são igualmente – como todas as imperfeições morais – estradas de acesso para Espíritos de natureza inferior que, num processo de sintonia, banqueteiam-se com as nossas imperfeições, influenciando nossos pensamentos e nossas ações.
5. Que consequências podem advir do descaso no trato com as influências espirituais negativas?
Esse descaso poderá acarretar uma influência cada vez mais persistente e constituir-se em um processo obsessivo que pode assumir formas mais ou menos graves e levar a pessoa até mesmo à loucura.

Bibliografia:
A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIV, itens 45 a 49.
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, itens 237 a 254.
Nos Bastidores da Obsessão, de Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo P. Franco, pp. 28 e 29.
Dramas da Obsessão, de Bezerra de Menezes, psicografado por Yvonne A. Pereira.
Obsessão/Desobsessão, de Suely Caldas Schubert.


Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:






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