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quarta-feira, 18 de março de 2020


Obreiros da Vida Eterna

André Luiz

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Concluído o estudo dos três primeiros livros, damos prosseguimento hoje ao estudo do 4º livro da série, Obreiros da Vida Eterna, que o médium Chico Xavier psicografou.

Parte 2

9. Que devemos fazer para sustentar o ânimo ante as dificuldades, as perseguições e o sarcasmo de nossos adversários?
Pergunta idêntica foi feita por Semprônia ao instrutor Asclépios. Para respondê-la, ele retirou uma folha dentre os pergaminhos alvinitentes que trazia, de modo intencional, abrindo-a à vista de todos. A folha trazia o versículo 44 do capítulo 5 do Evangelho de Mateus: "Eu, porém, vos digo – amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam". O processo de esclarecimento não podia ser mais direto, nem mais educativo. Semprônia disse haver compreendido a lição, e Asclépios aditou: "Os adversários, quando bem compreendidos e recebidos cristãmente, constituem precioso auxílio em nossa jornada para a União Divina". (Obreiros da Vida Eterna, cap. 3, pp. 44 a 49.)
10. Em que região se localiza a Casa Transitória de Fabiano e qual a sua finalidade?
Fundada por Fabiano de Cristo, devotado servo da caridade entre antigos religiosos do Rio de Janeiro, a Casa Transitória se localiza nas cercanias da Crosta e se destina a socorros urgentes aos sofredores desencarnados. (Obra citada, cap. 4, pp. 52 a 54.)
11. Que tipo de esforço as aquisições espirituais exigem da criatura humana?
As aquisições espirituais - todas elas - exigem perseverança no estudo, na observação e no serviço aplicado. O músico exímio poderá ser, no futuro, aprendiz em Química, destacando-se mais tarde nesse campo científico, como se verifica na arte dos sons. Não alcançará, porém, esse desiderato sem gastar tempo, esforço e boa vontade. Não é possível, diz Zenóbia, edificar todas as qualidades nobres de uma só vez. (Obra citada, cap. 4, pp. 56 e 57.)
12. As hordas enraivecidas que atacaram a Casa Transitória eram constituídas por qual espécie de Espíritos?
Esses Espíritos foram, muitas vezes, gênios da Filosofia e da Ciência, almas de profundo valor intelectual, dedicados, no entanto, à opressão e à tirania. Lançados ao precipício pelo desvio voluntário, esses infelizes raramente se penitenciam e tentam recuo benéfico. Na maioria das vezes, dentro da terrível insatisfação do egoísmo e da vaidade, insurgem-se contra o próprio Criador, aviltando-se na guerra prolongada às suas divinas obras, e agrupam-se em sombrias e devastadoras legiões, operando movimentos perturbadores que desafiam a mais astuta imaginação humana.  (Obra citada, cap. 4, pp. 58 a 62.)
13. Como é possível à Casa Transitória transportar-se de uma região para outra?
Edificada à base de substância singularmente leve, a Casa Transitória é uma construção apropriada para movimento aéreo e que pode ser mudada, sem maiores dificuldades, de uma região para outra, de acordo com as circunstâncias. (Obra citada, cap. 4, pp. 62 a 65.)
14. Quem foi, na Terra, o Irmão Gotuzo e que lições podemos extrair do seu caso?
Ele fora médico na Crosta em sua anterior existência, mas ainda estava impregnado de intensas lembranças da vida física, a que se sentia imantado por incoercível atração. Nele, as afinidades com os serviços da esfera carnal eram ainda muito fortes. Desencarnara antes de André e peregrinara muito tempo, através de sendas purgatoriais, e embora houvesse demorado vários anos semi-inconsciente, entre sombras e luzes, apresentava-se em dia com todos os conhecimentos da Medicina da Terra. Gotuzo sabia agora que a morte significa, pura e simplesmente, transferência de residência e que o corpo astral é organização viva, tão viva quanto o aparelho fisiológico em que o homem vive no plano carnal. Reconhecendo que nem a Ciência nem a Religião têm conseguido preparar o homem convenientemente para enfrentar os problemas post mortem, não estava ainda habituado com a morte e sofria naturalmente os resultados dessa desarmonia. Como havia desfrutado no mundo uma existência regular, em que todos os desejos puderam ser atendidos, ele não se iniciara no mistério da tolerância, da paciência e da dor, e por causa disso, apesar de decorridos quase dez anos do reencontro com a nova realidade em seu lar terreno, a qual tanto o fez sofrer, sua mágoa continuava tão viva, como na primeira hora. A lição que extraímos do seu caso é óbvia: o homem não está, na maioria dos casos, preparado para enfrentar as mudanças advindas da morte corpórea. (Obra citada, cap. 5, pp. 66 a 74.)
15. As almas grosseiras e endividadas têm direito também a ser ouvidas no tocante à programação de suas experiências reencarnatórias?
Não. Esses Espíritos não podem ser atendidos em suas preferências acerca do próprio futuro, em virtude da ignorância deliberada em que se comprazem; em face disso, são compelidos a aceitar os roteiros estabelecidos pelas autoridades competentes para os seus casos individuais. Nesses quadros de dor, veem-se então pais e mães que repelem, instintivamente, a influenciação dos filhinhos, antes do berço, dando pasto a discórdias sem nome, a antagonismos aparentemente injustificáveis, a moléstias indefiníveis, a abortos criminosos. Enquanto isso, os adversários que reencarnam, em obediência ao trabalho redentor, programado pelos mentores abnegados dessas personagens de dramas sombrios, penetram o campo psíquico dos ex-inimigos e futuros pais, impondo-lhes sacrifícios intensos e quase insuportáveis. (Obra citada, cap. 5, pp. 74 a 77.)
16. Que diferença havia entre o tratamento médico agora ministrado por Gotuzo e o que é comumente ministrado na Crosta?
Segundo Gotuzo, a diferença do tratamento médico que agora ministrava, comparativamente com o utilizado no ambiente terreno, estava no uso da palavra como estilete criador de vida nova. Não bastava ali dizer-lhes o que sofriam, como fazia antigamente na Crosta. Ele deveria funcionar, acima de tudo, como professor de higiene mental, auxiliando-os na germinação e desenvolvimento de ideias reformadoras e construtivas que pudessem elevar-lhes o padrão de vida íntima. A todos distribuía recursos magnéticos de restauração, para reanimar-lhes a organização geral, com os elementos de cura ao seu alcance; mas ensinava a cada enfermo algo de novo que lhe reajustasse a alma. “Noutro tempo – disse Gotuzo – tínhamos o campo de ação na célula física. Presentemente, todavia, essa zona de atuação é a célula mental.” (Obra citada, cap. 5, pp. 77 e 78.)


Observação:
Para acessar a 1ª parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/03/obreiros-da-vidaeterna-andre-luiz.html

  


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