quarta-feira, 11 de março de 2020


Obreiros da Vida Eterna

André Luiz

Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série Nosso Lar. Serão ao todo 960 questões objetivas distribuídas em 120 partes, cada qual com oito perguntas e respostas.
Os textos são publicados neste blog sempre às quartas-feiras.
Concluído o estudo dos três primeiros livros, iniciamos hoje o estudo de Obreiros da Vida Eterna, obra psicografada pelo médium Chico Xavier.

Parte 1

1. Existem também, no chamado plano espiritual, sociedades e instituições, templos e lares, onde vivem pessoas?
Sim. Esferas múltiplas de atividade espiritual interpenetram-se nos diversos setores da existência. A morte não extingue a colaboração amiga, o amparo mútuo, a intercessão confortadora, o serviço evolutivo. As dimensões vibratórias do Universo são infinitas, como infinitos são os mundos que povoam a Imensidade. Tal como acontece aos que chegam à Crosta, os que dela saem encontram igualmente sociedades e instituições, templos e lares, onde o progresso continua para o Alto, a mostrar-nos que a morte é campo de sequência, sem ser fonte milagreira. (Obreiros da Vida Eterna, prefácio, pp. 7 a 10.)
2. Que fato levou o instrutor Albano Metelo a engajar-se no serviço de auxílio ao próximo?
Distantes dos teatros de angústia, vinculados à colônia espiritual "Nosso Lar", nem sempre os Espíritos formulam uma ideia exata da ignorância e da dor que atormentam a mente humana, quanto aos problemas da morte; mas, quando deles tomam conhecimento, sentem a necessidade de auxiliar os que jazem na retaguarda, visto que não é completo o regozijo quanto existem lágrimas atrás de nossos passos. No caso de Albano Metelo, o fato determinante foi haver tomado conhecimento de que o próprio Jesus continua a visitar as regiões de sofrimento levando pessoalmente o socorro aos que sofrem. (Obra citada, cap. 1, pp. 13 a 18.)
3. Que é que o instrutor Metelo disse a respeito da estrutura física do mundo espiritual?
Ele disse que os desencarnados se encontram em outro campo de matéria variada, noutros domínios vibratórios do próprio planeta, e que as dependências da Terra não se restringem à esfera da Crosta sobre a qual os homens pousam os pés. (Obra citada, cap. 1, pp. 18 a 20.)
4. No Santuário da Bênção reuniram-se três grupos socorristas, dirigidos respectivamente por Semprônia, Nicanor e Jerônimo. Que tarefas deveriam eles desenvolver na Crosta?
O grupo dirigido por Semprônia seguiria em tarefa de amparo aos asilos de crianças desprotegidas; a equipe chefiada por Nicanor se dedicaria à colaboração, por algum tempo, nas tarefas de assistência aos loucos de antigo hospício e, por fim, o grupo conduzido por Jerônimo tinha por objetivo na Crosta auxiliar cinco amigos em processo final de desencarnação. (Obra citada, cap. 2, pp. 25 e 26.)
5. Que advertência foi feita pelo instrutor Cornélio a respeito do valor da palavra?
Ele disse, entre outras coisas, que a conversação cria o ambiente e coopera em definitivo para o êxito ou para a negação, sendo indispensável sanar os velhos desequilíbrios das intromissões verbais desnecessárias e, muitas vezes, perturbadoras e dissolventes. O verbo cria imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo consequências boas ou más. A ausência de qualquer palavra menos digna e a presença contínua de fatores verbais edificantes facilitam a elaboração de forças sutis, nas quais os orientadores de grande elevação encontram acessórios para se adaptarem, de algum modo, às necessidades dos seus pupilos na edificação comum. (Obra citada, cap. 2, pp. 26 a 28.)
6. Que é que, segundo o assistente Barcelos, falta à doutrina de Freud?
Barcelos, que foi na Terra discípulo de Freud, disse que somente no plano espiritual pôde reconhecer os elos que lhe faltaram ao sistema de positivação das origens de psicoses e desequilíbrios diversos. Os "complexos de inferioridade", o "recalque", a "libido", as "emersões do subconsciente" não constituem fatores adquiridos no curto espaço de uma existência terrestre, mas, sim, característicos da personalidade egressa das experiências passadas. A subconsciência é, de fato, o porão dilatado de nossas lembranças, o repositório das emoções e desejos, impulsos e tendências que não se projetaram na tela das realizações imediatas, mas se estende muito além da zona limitada de tempo de uma existência terrestre. Representa a estratificação de todas as lutas com as aquisições mentais e emotivas que lhes foram consequentes, após a utilização de vários corpos. Faltam, pois, às teorias de Freud e de seus continuadores a noção dos princípios reencarnacionistas e o conhecimento da verdadeira localização dos distúrbios nervosos, cujo início se verifica, quase que invariavelmente, no corpo perispiritual, portador de sérias perturbações congênitas, em virtude das deficiências de natureza moral cultivadas com desvairado apego em existências passadas. (Obra citada, cap. 2, pp. 29 a 33.)
7. De que forma o assistente Barcelos pretendia atuar para ajudar, de modo efetivo, os candidatos à perturbação da mente?
Ele revelou que, ultimamente, seu esforço maior era junto à região inspiracional dos médicos humanitários, para que os candidatos involuntários à perturbação sejam auxiliados a tempo, visto que antes do desequilíbrio completo há enorme período em que o socorro do psiquiatra pode ser providencial e eficiente. Por isso seu trabalho no campo preventivo, inspirando diretamente os médicos bem intencionados, para que eles auxiliem o provável alienado enquanto houver tempo, empregando a palavra confortadora e o carinho restaurador. (Obra citada, cap. 2, pp. 33 a 35.)
8. De onde provêm os antagonismos domésticos e os temperamentos aparentemente irreconciliáveis que se verificam na intimidade dos lares?
Os antagonismos domésticos e os temperamentos aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações retificadoras do pretérito distante. Congregados de novo na luta expiatória ou reparadora, os personagens dos dramas passam a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmos, situações complicadas e escabrosas de outra época, carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por "complexos de inferioridade". (Obra citada, cap. 2, pp. 35 a 37.)




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