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sábado, 15 de agosto de 2020



Importância da leitura e releitura em nossas vidas

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Quem não gosta de ler, assistir a bons programas de TV, ir ao teatro ou cinema, além de não ocupar seu tempo e espaço diário com atividades motivadoras; quem passa os anos realizando o que é básico à sobrevivência: trabalhos repetitivos, cuidados higiênicos, alimentação, sono... pouco mais realiza que os animais. Desse modo, fica um grande espaço em branco em seu cérebro, por falta de utilização... Esta é uma lei biológica que aprendi há quase cinquenta anos: todo membro fisiológico que não é utilizado se atrofia. Daí, a possibilidade de demência torna-se maior para quem usa pouco o cérebro do que para quem o enriquece de informações.
Segundo Monteiro Lobato: "Quem mal lê mal ouve, mal fala, mal vê". O hábito de leitura deve ser cultivado na infância. Por isso, Lobato também disse: "Para crianças, um livro é todo um mundo". Esse grande escritor escreveu a obra Sítio do Picapau Amarelo, com 23 volumes, adaptada para a televisão. Li cada um desses livros, quando criança, e confirmo o que o autor disse. Alguns deles impressionaram-me mais, como, por exemplo, Reinações de Narizinho; Emília no País da Gramática; Serões de Dona Benta; Histórias de Tia Nastácia; Os Doze Trabalhos de Hércules... Depois disso, nunca mais parei de ler: poemas, contos, crônicas, romances, obras filosóficas... Outras pessoas, porém, talvez se lembrem de outras obras, o que influencia a visão de mundo de cada um.
Outra frase de Monteiro Lobato, citada no site Pensador é esta:
Para quem trabalha com revisões, como nós, esta é uma verdade indiscutível. Em apenas uma página de texto, dificilmente escapam a terceiro ao menos dois ou três erros, que o autor do texto não enxergou, mesmo após duas ou três releituras. E é um segundo ou terceiro leitor que acaba descobrindo os "fantasmas" ocultos ao autor, mas que se mostram ao revisor atento. O pior é quando, nestes tempos da informática, corrigimos um texto, como por exemplo, a palavra mal para mau, clicamos "salvar" e, depois de enviado, percebemos que o termo está lá. Nesse caso, só nos resta dizer: Ali era para estar mau, ou seja, algo não bom, e não mal, o que não pegou bem... Tudo isso porque o mau programa não salvou o termo bom e só não acabei mal nessa história porque ela terminou bem...




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