Libertação
André Luiz
Parte 5
Estamos publicando neste espaço o estudo – sob a forma
dialogada – de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar.
Concluído o estudo dos cinco primeiros livros da Série, prosseguimos
nesta data o estudo da obra Libertação, psicografada
pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1949 pela
Federação Espírita Brasileira.
Eis as questões de hoje:
33. Como eram as
edificações na região trevosa em que André se encontrava?
Tanto a paisagem quanto as edificações deixavam muito a
desejar. Excetuados os palácios da praça governativa, as construções
desapontavam pelo aspecto e as condições em que se mantinham. Além disso, as
paredes, revestidas de matéria semelhante ao lodo, mostravam-se repelentes à
visão e ao olfato, devido às exalações desagradáveis. (Libertação, cap. VII, pp. 90 e 91.)
34. Que
impressão o ambiente naquela região causou a André Luiz?
Depois de caminhar através de compridos labirintos, até
chegar diante de extensa edificação, que André designou como "asilo de
Espíritos desamparados", ele anotou: "Enquanto encarnado, ser-me-ia
extremamente difícil acreditar numa cena igual à que se nos desdobrou à visão
inquieta". "Nenhum sofrimento, depois da morte do corpo, me tocara
tão fundo o coração." A gritaria em torno era de espantar. Mais à frente,
numa distância de dezenas de quilômetros, sucediam-se furnas e abismos, qual se
fosse imensa cratera de vulcão vivo alimentado pela dor humana, visto que, lá
dentro, turbilhões de vozes explodiam sem cessar, parecendo estranha mistura de
lamentos de homens e animais. André e Elói tremeram, e sua vontade era de recuo
instintivo. (Obra citada, cap. VII, pp. 92 e 93.)
35. Que
significavam os ovoides jungidos ao Espírito de uma ex-fazendeira?
Eram entidades que prometiam vingar-se. A vítima fora
tirânica senhora de escravos no século 19. Era então jovem e bela, mas
desposou, consoante o programa de provas salvadoras, um cavalheiro de idade
madura que, a seu turno, já assumira compromissos sentimentais com humilde
filha do cativeiro. Embora a mudança natural de vida em face do casamento, não
abandonou ele o débito contraído. Um dia, a esposa conheceu toda a extensão do
assunto e revelou a irascibilidade que lhe povoava a alma. Fez com que o marido
se dobrasse aos seus caprichos. A escrava foi separada dos dois filhos e
vendida para uma região palustre, onde encontrou logo depois a morte pela febre
maligna. Os filhos, metidos no tronco, padeceram vexames e flagelações em
frente da senzala. Acusados de ladrões pelo capataz, a mando da senhora,
passaram a exibir pesada corrente no pescoço ferido. Viveram então debaixo de
humilhações incessantes; em poucos meses, minados pela tuberculose,
desencarnaram e foram reunir-se à genitora revoltada, formando um trio
perturbador que sustentava sinistros propósitos de desforço. Eram eles que se
apresentavam ali, na condição de ovoides. (Obra citada, cap. VII, pp. 95 a 97.)
36. A solução do
caso da ex-fazendeira obsidiada por três ferozes inimigos exigiria muito tempo?
Sim. Incapaz de expandir-se mentalmente no idealismo superior,
que corrige desvarios íntimos e facilita a cooperação vibratória das almas que
respiram em esferas mais elevadas, a ex-fazendeira já havia sofrido dez anos de
mágoas constantes e indefiníveis. Com a morte do corpo denso, viu-se perseguida
pelas vítimas de outro tempo e sua capacidade de iniciativa anulou-se em
virtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador. Padeceu muitíssimo,
apesar do auxílio dos benfeitores que sempre tentaram, sem êxito, conduzi-la à
humildade e à renovação pelo amor, visto que o ódio permutado é uma fornalha
ardente que mantém a cegueira e a sublevação. A revolta, o pavor do
desconhecido e a absoluta ausência de perdão ligavam-nos uns aos outros, quais
algemas de bronze. Como solucionar semelhante situação? Gúbio foi muito claro:
"Gastaremos tempo. A perturbação vem de inesperado, instala-se à pressa;
entretanto, retira-se muito devagar. Aguardemos a obra paciente dos dias".
(Obra citada, cap. VII, pp. 97 e 98.)
37. A solução do
problema passaria pelo processo reencarnatório?
Evidentemente. Joaquim, o ex-esposo da fazendeira, já fora
ou seria reconduzido à reencarnação. A mulher em breve o seguiria, renascendo
em círculos de vida torturada, enfrentando obstáculos imensos para reencontrar
o antigo companheiro e partilhar-lhe as experiências futuras. Os três inimigos
reencarnariam como filhos. Eles aguardariam junto dela o tempo de imersão nos
fluidos terrestres. A ex-fazendeira teria, na Crosta, uma mocidade torturada
por sonhos de maternidade e não repousaria, intimamente, enquanto não tivesse
no próprio colo os três adversários convertidos em filhos de sua ternura
sedenta de paz. (Obra citada, cap. VII, pp. 99 e 100.)
38. Quem são os
Dragões e qual o seu papel em nosso mundo?
Citados por Gregório, os Dragões são Espíritos caídos no
mal, desde eras primevas da criação do planeta, e que operam em zonas
inferiores da vida. "Sem eles, que seria da conservação da Terra?”,
indagou Gregório. “Como poderia operar o amor que salva, sem a justiça que corrige?
Os Grandes Juízes são temidos e condenados; entretanto, suportam os resíduos
humanos, convivem com as nojentas chagas do Planeta, lidam com os crimes do
mundo, convertem-se em carcereiros dos perversos e dos vis." Na concepção
de Gregório, os seguidores de Jesus podem ajudar e resgatar a muitos. No
entanto, milhões de criaturas não pedem auxílio nem liberação e, como os
tribunais da Terra são insuficientes para a identificação de todos os delitos
que se processam entre as criaturas, eram eles os "olhos da sombra, para
os quais os menores dramas ocultos não passam despercebidos". (Obra
citada, cap. VIII, pp. 101 a 105.)
39. Quem era
Margarida e que risco ela corria?
Margarida era uma jovem mulher que, debaixo de um processo
obsessivo rigoroso, estava sendo constrangida ao retorno à pátria espiritual, a
mando de Gregório, a quem ela fora ligada em anterior existência. O risco de
morrer era iminente. (Obra citada, cap. VIII, pp. 107 e 108.)
40. Que tipo de
ajuda concernente a Margarida foi solicitada a Gregório?
Gúbio pediu-lhe que adiasse a execução de seus propósitos de
vingança, concedendo à jovem um intervalo benéfico que a poupasse da morte.
(Obra citada, cap. VIII, pp. 109 e 110.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/08/libertacao-andre-luiz-parte-4-estamos.html
Como consultar as matérias deste
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