Muitas vidas e
eterno aprendizado
JORGE LEITE DE
OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Bom
dia!
Gostaria
de refletir um pouco sobre alguns estudiosos estrangeiros contemporâneos que,
ao longo de muitos anos de estudo e pesquisa, constataram a realidade da
sobrevivência do espírito após a morte e seu retorno em novos corpos para a
ascensão (quase) infinita rumo à perfeição.
Hoje,
começo com o dr. Brian Weiss que, entre outras obras sobre a imortalidade do
Espírito, publicou: Muitas Vidas, Muitos Mestres. No Brasil, a obra foi
editada pela Sextante.
Weiss
tornou-se doutor em medicina em 1970, em Yale, EUA, depois, professor e diretor
na área de psiquiatria. O caso que inicia narrando ocorreu com sua paciente
chamada Catherine, na época (1980), com 27 anos, que chegou ao seu consultório aterrorizada e
deprimida.
Após
18 meses de acompanhamento de sua paciente, sem resultados pelos métodos tradicionais, Brian tentou a hipnose.
Foi
quando sua paciente passou, para assombro dele, a relatar-lhe acontecimentos de
vidas passadas. Essas ocorrências estavam relacionadas aos fatores causais de
seus sintomas atuais.
Após
algum tempo, Catherine começou a incorporar entidades espirituais que, segundo
relato do autor do livro, possuíam grande evolução. Com elas, veio a conhecer
diversos segredos da vida e da morte. Eis o que ele diz, no prefácio de seu
livro:
Anos de um estudo disciplinado
haviam-me permitido treinar a mente como cientista e como médico, conduzindo-me
ao longo de estreitas veredas no conservadorismo da minha profissão. Desprezava
tudo aquilo que não fosse passível de ser provado por métodos científicos
tradicionais. Estava ao corrente de alguns estudos em parapsicologia que eram
conduzidos em universidades de renome por todo o país, mas que não conseguiam
despertar a minha atenção. Para mim parecia tudo demasiado rebuscado.
Diz
o dr. Brian Weiss que a medicina psiquiátrica está repleta de teorias sobre o
que ocorre na mente humana para lá de nossa compreensão. Uma delas é a de Carl
Jung sobre o "inconsciente coletivo", que nos permitiria o acesso às
memórias de toda a raça humana. Ou seja, apesar de todo o meu respeito a Jung,
não faltam ideias para explicar o que não tem explicação para quem presencia o
fenômeno. Por isso Kardec afirmou, com sabedoria, que o Espiritismo é ciência
de observação e também de experimentação.
O
leitor inconformado de que tudo termina nesta breve existência é motivado a
continuar a leitura desse e de outros livros similares após ler a seguinte
informação:
Os cientistas estão a começar a
procurar essas respostas. Nós, como sociedade, temos muito a ganhar com a
investigação sobre os mistérios da mente, da alma, da continuação da vida para
além da morte, e da influência das experiências de vidas passadas no nosso
comportamento atual. É óbvio, como se compreende, que as ramificações são
ilimitadas, em especial nos campos da medicina, psiquiatria, teologia e
filosofia.
No entanto, a investigação
cientificamente rigorosa neste campo ainda se encontra na sua infância. Têm sido
dados grandes passos para desvendar a informação a este respeito, mas o
processo é lento e depara com grande resistência por parte de cientistas e
leigos com ideias análogas.
Ao longo de toda a história, a
humanidade sempre resistiu a mudanças e à aceitação de novas ideias. Os
registos históricos estão repletos de exemplos. Quando Galileu descobriu as
luas de Júpiter, os astrônomos da época recusaram aceitar ou até mesmo olhar
para esses satélites, porque a existência dessas luas era motivo de conflito com
as suas crenças aceites de antemão. O mesmo se passa agora com psiquiatras e
outras terapeutas, que recusam examinar e avaliar as provas consideráveis que
têm sido reunidas sobre a sobrevivência após a morte corporal e sobre as
memórias de vidas passadas. Os seus olhos continuam obstinadamente fechados.
Tudo
isso, que Brian Weiss e outros cientistas atuais vêm investigando, já vem sendo
revelado à humanidade há muito tempo. Começou na antiguidade, mas acentuou-se
no século XIX, principalmente após a extraordinária obra coletada por Allan
Kardec, que lhe foi transmitida por diversos médiuns. Muita coisa ainda está
prevista para acontecer, como o retorno das materializações e outras
manifestações de Espíritos, semelhantes às que tivemos por meio de médiuns como
Daniel Dunglas Home, Kate Fox, Charles Edward Williams, Florence Cook, Anne Eva
Fay, citadas por Samuel Magalhães em seu livro Daniel Dunglas Home: o
médium voador (EBM Editora, 2013, p. 158), e ainda, do mesmo autor, Anna
Prado, a Mulher que Falava com os Espíritos. Os fenômenos de cura e
mediúnicos converteram o judeu Frederico Fígner ao Espiritismo. Fígner pôde
conversar com o Espírito materializado de sua filha Ester, desencarnada na
adolescência.
Nunca
me esqueço da leitura de jornais e revistas cariocas arquivados na Biblioteca
de Obras Raras da Federação Espírita Brasileira, há cerca de 30 anos. Ali,
estampavam-se matérias com títulos como: "César Lombroso diz que o
Espiritismo é coisa de loucos", ou: "César Lombroso Ridiculariza o
Espiritismo". Até que, algum tempo depois, era estampado, justiça seja
feita, com o mesmo destaque: "César Lombroso converte-se ao
Espiritismo". O relato desse psiquiatra espírita sobre sua conversão pode
ser encontrado em sua obra intitulada Hipnotismo e Mediunidade,
publicada pela Federação Espírita Brasileira. Os fenômenos com a médium
napolitana Eusápia Paladino foram tão impressionantes e convincentes, que
Lombroso se arrependeu de ter zombado do
Espiritismo (op. cit., p. 38).
Também...
quem não se converteria ao Espiritismo, após conversar com a própria mãe,
desencarnada e materializada a sua frente? Por falta de espaço, não entrarei em
detalhes, mas convido o leitor a ler também essa obra.
Para
quem deseja aprofundar seus conhecimentos sobre a materialização de Espíritos,
sem receio de ser considerado louco ou mentiroso, outras informações poderão
ser obtidas nas obras citadas e, ainda,
em Charles Richet: o apóstolo da ciência e o espiritismo.
Até
a próxima...
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