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terça-feira, 15 de setembro de 2020

 


Egoísmo, o caos humano

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

Os frutos do egoísmo são muitos, mas três determinantes para o sofrimento acentuado são infelicidade, atraso e destruição. Em todas as partes do Planeta, o egoísmo só gerou desolação material e principalmente espiritual. Não há sequer nenhum testemunho verdadeiro de que alguém, de fato, tenha conquistado maravilhas celestiais por meio dessa chaga.

A auto-observação é necessária, pois quando o egoísmo, triste enfermidade, começa a manifestar-se, é sutil e procura convencer-nos de que são apenas precauções a serem tomadas a evitar-se a escassez no futuro. Essa chaga é tão astuta que sorrateiramente ela salta de um estágio aparentemente inofensivo para graus absolutos de insensatez, irresponsabilidade e maldade. E quando se percebe, as atitudes guiadas pelo egoísmo começam a assustar e entristecer os corações que não compactuam com essa modalidade, porém muitos outros ainda se identificam e passam a fortalecê-las com a concordância.

Se pensarmos um pouco, tanto já ocorreu na Terra para promover o seu adiantamento – refiro-me aos espíritos que por aqui passam −, no entanto o progresso é lento para solidificar-se e o horizonte está distante, mas está lá. Também quantas lições já recebemos por meio dos acontecimentos. Somente começaremos a assimilar quando houver a compreensão de que não somos inimigos uns dos outros, estamos aqui para aprimorarmo-nos e seguirmos adiante, pois há lindas dimensões a serem conquistadas, e o maior é que Deus é o Pai de todos... igualmente.

Quando se reparte um pão entre mais pessoas, de forma visível é para mais pessoas que a fome foi abrandada e não a observação de que uma só deixou de comer mais. Faz-se necessária a reformulação de muitos conceitos, não há mais desculpas para tanto desarranjo entre os humanos. Simplesmente devemos entender que se somos irmãos, a partilha é a mais sensível conduta.

Não comemos quilos de arroz por dia, nem gastamos tanto dinheiro diariamente, também não precisamos ter pares de sapatos que nunca usaremos ou tantas peças de roupas para um só corpo. A arte do consumismo está enfraquecendo e o egoísmo começará a envergonhar-se por seu comportamento mesquinho.

Os dias nos ensinam que o compartilhamento assegura a continuidade e a verdadeira vida clama por passagem.

Nossa alma deseja ser completa e quanto mais nos aproximarmos de Deus perceberemos que a completude está no coração e não nos exagerados números de materialidade.

 

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