A criminalidade numa perspectiva espírita
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
Segundo
John Laub, criminologista americano e professor do Departamento de Criminologia
e Justiça Criminal da Universidade de Maryland, ex-presidente da Sociedade
Americana de Criminologia e diretor do Instituto Nacional de Justiça dos
Estados Unidos entre 2010 e 2013, são várias as teorias que tentam explicar por
que os criminosos desistem do crime.
Um
dos fatores da mudança – afirma Laub – é o casamento com alguém a que o
indivíduo se sinta fortemente ligado. Outros fatores seriam a identificação com
o trabalho, a educação e a religião. Mas o fator mais importante é o casamento,
do qual, segundo ele, resultam diversas consequências positivas, e não apenas para
o crime.
A
delinquência, entende o citado especialista, não se encontra concentrada nas
famílias pobres. Ela está presente em todas as classes sociais. Sejam ricos ou
pobres, os adolescentes se envolvem em crimes, especialmente os menos graves,
como o uso de drogas.
Não
há como discordar do ilustre professor, que poderia até ter lembrado que os
grandes assaltos, especialmente os realizados contra os cofres públicos, têm
sido praticados por pessoas que passaram pela Universidade e nenhuma relação têm
com a pobreza ou com as privações econômicas. O que políticos e autoridades
públicas dos mais diferentes níveis têm feito em nosso país, nesse tema chamado
corrupção, supera em muito o que os sequestradores e os assaltantes de bancos
amealharam por aqui em toda a nossa história.
A
razão por que criminalidade e delinquência não constituem apanágio dos pobres é
explicada com clareza pela Doutrina Espírita.
Como sabemos, os Espíritos reencarnam nos mais diferentes lugares e situações, no interesse de sua ascensão na escala evolutiva.
Pobreza e riqueza não constituem
punição nem privilégio. São provas, cuja finalidade é experimentar o indivíduo
de maneiras diferentes, de acordo com suas necessidades evolutivas.
A
riqueza e o poder, tanto quanto as dificuldades e a penúria, são provas muito
difíceis, porque, enquanto a penúria provoca as queixas contra a Providência, a
riqueza incita a todos os excessos e é, por isso, numa perspectiva espiritual,
prova mais perigosa do que a própria miséria. (Cf. O Livro dos Espíritos, questões 814, 815 e 925.)
O
que muitos certamente ignoram é que as provas que suportamos em nossa existência
corporal fazem parte da chamada programação reencarnatória, tema que Kardec
esmiúça com a clareza habitual no item 872 da obra acima mencionada.
A
delinquência, num e noutro caso, deriva das qualidades do indivíduo. Se for um
Espírito forte e consciente do seu dever, ele saberá resistir a todas as
inclinações e influências negativas que receber; caso contrário, poderá
sucumbir, o que explica por que nem todos os que vivem num meio violento e
miserável buscam o caminho da criminalidade.
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário