Entre a Terra e
o Céu
André Luiz
Parte 11
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o
estudo de onze livros escritos por André Luiz, integrantes da chamada Série
Nosso Lar.
Concluído o estudo dos seis primeiros livros da Série, damos
sequência nesta data ao estudo da sétima obra: Entre a Terra e o Céu, psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier e publicada originalmente em 1954.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro "Entre a Terra e o Céu", para acompanhar, pari passu, o
presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete "Entre a Terra e o Céu".
Eis as questões de hoje:
81. Como se explica a transformação do sistema nervoso que se observa na mulher grávida?
A esta pergunta de Hilário, que lembrou que muitas vezes a
gestante revela decréscimo de vivacidade mental e, não raro, enuncia propósitos
da mais rematada extravagância, havendo mulheres que adquirem antipatias
súbitas e outras que se recolhem a fantasias injustificáveis, o Ministro
Clarêncio elucidou: "A explicação é muito clara. A gestante é uma criatura
hipnotizada a longo prazo. Tem o campo psíquico invadido pelas impressões e
vibrações do Espírito que lhe ocupa as possibilidades para o serviço de
reincorporação no mundo. Quando o futuro filho não se encontra suficientemente
equilibrado diante da Lei, e isso acontece quase sempre, a mente maternal é
suscetível de registrar os mais estranhos desequilíbrios, porque, à maneira de
um médium, estará transmitindo opiniões e sensações da entidade que a
empolga". (Entre a Terra e o Céu,
cap. XXX, pp. 186 e 187.)
82. Por que em
alguns casos surge aversão da gestante pelo próprio marido?
Segundo Clarêncio, isso ocorre "sempre que um inimigo
do pretérito volta à carne, a fim de resgatar débitos contraídos para com
aquele que lhe servirá de pai". E se a animosidade do reencarnante for com
a mãe, surgirão obstáculos à reencarnação? Clarêncio respondeu: "De modo
algum. A esposa, por devotamento ao companheiro, cede facilmente à necessidade
da alma que volta ao reduto doméstico para fins regeneradores e, em se tratando
de alguém com intensa afinidade junto ao chefe do lar, vê-se o marido docemente
impulsionado a oferecer maior coeficiente afetivo à companheira, de vez que se
sente envolvido por forças duplas de atração. Sob dobrada carga de simpatia, dá
muito mais de si mesmo em atenção e carinho, facilitando a tarefa maternal da
mulher". (Obra citada, cap. XXX, págs. 187 e 188.)
83. Qual é a
causa das náuseas tão comuns durante a gravidez?
Clarêncio diz que no futuro a ciência ajudará a mulher na
defesa contra essa espécie de aborrecimento orgânico, que, no fundo, é de
essência espiritual. O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade
reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos
esses que nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis pela
sensibilidade feminina. Daí os engulhos frequentes, de tratamento até então
muito difícil. (Obra citada, cap. XXX, págs. 188 e 189.)
84. Em sua nova
encarnação, Júlio seria um menino doente?
Sim. O garoto desenvolvia-se como flor de esperança no
jardim do lar, todavia era um menino mirrado, enfermiço, por trazer dolorosa
ferida na glote, que lhe dificultava a nutrição. (Obra citada, cap. XXXI, págs.
190 e 191.)
85. Um Espírito
pode influenciar uma pessoa para que abra um livro numa determinada lição?
Sim, o fato é possível. Foi o que ocorreu com Mário Silva,
convidado por Antonina a abrir o Novo Testamento, o que ele fez, magnetizado
por Clarêncio, que lhe tocou o busto e as mãos, influenciando-o para a descoberta
do texto adequado, que recaiu no versículo 25 do capítulo 5 do Evangelho
segundo Mateus. (Obra citada, cap. XXXI, págs. 194 a 196.)
86. Como devemos
interpretar um inimigo em nossa vida?
Esta questão foi proposta por Antonina ao seu filho Haroldo
e ele, sem pestanejar, respondeu: "Mãezinha, a senhora nos ensinou que
conservar um inimigo em nosso caminho é o mesmo que manter uma ferida perigosa
em nosso corpo". Antonina completou: "A definição foi bem lembrada;
sem a compreensão fraterna que nos garante o culto da gentileza, sem o perdão
que olvida todo mal, a existência na Terra seria uma aventura intolerável. Além
disso, quando Jesus nos ditou a lição que recordamos hoje, indubitavelmente
considerava que a razão nunca vive inteira ao nosso lado. Se fomos ofendidos,
em verdade também ofendemos por nossa vez. Precisamos desculpar os outros para
que os outros nos desculpem". (Obra citada, cap. XXXI, págs. 196 e 197.)
87. Se temos
inimigos em nosso caminho, como devemos agir?
Antonina, respondendo a esta mesma questão, disse a Mário
Silva: "Entendo que há sofrimentos morais quase intoleráveis, entretanto a
oração é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. Se temos a infelicidade
de possuir inimigos, cuja presença nos perturba, é importante recorrer à prece,
rogando a Deus nos conceda forças para que o desequilíbrio desapareça, porque
então um caminho de reajuste surgirá para nossa alma". E ajuntou:
"Todos necessitamos da alheia tolerância em determinados aspectos de nossa
vida". (Obra citada, cap. XXXI, págs. 197 a 199.)
88. Que
sentimento exteriorizou o enfermeiro Mário Silva ao ver Zulmira e seu filho?
Quando ele penetrou o quarto e viu a mulher que amara
apaixonadamente, trazendo o pequenino ao colo, Mário registrou súbita vertigem
de revolta. Estranha aflição oprimia-lhe o peito. A volúpia da vingança
enceguecia-o. "Zulmira pagar-lhe-ia, caro, a deserção" – pensava, de
olhos fixos na mãe do menino enfermo. Contemplando a criança que a dispneia
agitava, deu curso a incontida animosidade. Parecia que a odiava de longa data
e se surpreendeu com isso. "Como podia detestar, assim, um inocente com
tanta veemência?" (Obra citada, cap. XXXII, pp. 200 e 201.)
Observação: Para
acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2020/12/entre-terra-eo-ceu-andre-luiz-parte-10.html
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