Grilhões Partidos
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 8
Prosseguimos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada –
do livro Grilhões Partidos, de Manoel
Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco e publicada no
ano de 1974.
Este estudo é publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Grilhões
Partidos”.
Eis as questões de hoje:
57. Que é que Philomeno quis dizer ao afirmar que “o homem é sempre o que pensa”?
O homem é sempre o que pensa, porque da fonte mental fluem
os rios das realizações. As matrizes mentais demoradamente fixadas por
viciações ou desequilíbrios não podem, de inopino, ser removidas ou alteradas.
Da mesma forma ocorre com as aspirações superiores que fomentam a dispersão das
forças densas e grosseiras que decorrem do mergulho no magnetismo da Terra, ensejando
a sintonia com mais nobres ondas de emissão espiritual, sutilizando o
perispírito e liberando-o dos condicionamentos mais fortes do corpo físico que
vitaliza e ao qual se vincula. (Grilhões Partidos,
cap. 20, pp. 183 a 186.)
58. Quem foram,
no passado, Ester e Matias e que fatos os vincularam naquela oportunidade?
Ester chamava-se, no século XVIII, D. Eduardina Rosa de Montalvão
do Alcantilado, uma matrona portuguesa que se apaixonara por um jovem, o mesmo
Matias de agora, que se chamava então Casimiro. Como este a abandonou para
ficar com outra mulher bem mais jovem, Eduardina decidiu vingar-se e contratou
sua morte, em que teve a colaboração de um sacerdote católico, Monsenhor Severo
Augusto dos Mártires. (Obra citada, cap. 20, pp. 186 a 192.)
59. Qual é,
segundo Kardec, a causa da maioria dos casos de obsessão?
Kardec ensina-nos em seu livro "O Evangelho segundo o
Espiritismo", cap. X, item 6, que o Espírito mau espera que o outro, a
quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais
facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses ou nas suas mais caras
afeições. Nisso reside a causa da maioria dos casos de obsessão. O obsidiado e
o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se
encontra em existência anterior e à qual aquele que a sofre deu lugar pelo seu
proceder. (Obra citada, cap. 21, pp. 193 e 194.)
60. Quem foi no
passado o Coronel Santamaria e que participação teve nos fatos que deram origem
à obsessão de Ester?
O Coronel Santamaria foi, na época dos fatos mencionados,
Monsenhor Severo Augusto dos Mártires, que nutria por D. Eduardina uma mórbida
paixão. Ciente disso, ela obteve dele a participação na morte de dom Casimiro e
no encarceramento num Convento da jovem Maria do Socorro, pivô da separação
havida entre Eduardina e Casimiro. O tribunal do Santo Ofício foi manipulado pelo
sacerdote para a prisão e posterior execução do rapaz. (Obra citada, cap. 21,
pp. 194 a 198.)
61. A ideia
espírita de que a existência terrena nada mais é do que um elo na sucessão de
nossas existências é confirmada neste caso em que Matias, Ester e Constâncio se
comprometeram?
Sim. Por causa disso, as leis da vida reúnem os implicados
nas tramas dos destinos, para que refaçam a vida, dispondo de todos os
recursos, inclusive das vinculações familiares, de modo que as dependências daí
derivadas criem os vínculos para o reajustamento e o perdão, na pauta da
ascensão vitoriosa para Deus. "Numa análise mais profunda – explicou dr. Bezerra
de Menezes – constataríamos que o mesmo grupo procede de outros tipos de
experiências, que engendraram os reencontros nos quais fracassaram há pouco,
infelizmente." (Obra citada, cap. 21, pp. 198 a 202.)
62. De que,
segundo o Dr. Bezerra de Menezes, dependeriam a saúde e a recuperação de Ester?
A saúde de Ester e sua recuperação dependeriam da diretriz
que ela viesse a imprimir à sua vida. A mediunidade de que ela era portadora
poderia ajudá-la a converter-se em ponte de misericórdia para resgatar os
sofredores do desalento. O que dividimos com o próximo não diminui nossos
recursos, antes os multiplica. Aquela era, portanto, uma batalha na qual não
havia vencidos: todos sairiam triunfantes se lutassem com as armas da caridade
e do bem. (Obra citada, cap. 21, pp. 202 a 204.)
63. Que ideia
apresentou o Coronel Santamaria com relação à família de Matias?
A ideia do Coronel era ajudar os familiares de Matias
monetariamente, com vistas a lhes propiciar melhores condições de vida e um
futuro mais promissor. Foi-lhe dito então que ele não agiria sozinho, pois
teria a cobertura do plano espiritual aos seus propósitos de auxílio à família
do ex-soldado morto na Itália. (Obra citada, cap. 22, pp. 205 a 209.)
64. Que
consequências podem resultar das impressões do ódio quando sufocadas, em vez de
diluídas no amor?
Segundo dr. Bezerra de Menezes, os assuntos perniciosos
sepultados sem a elucidação que os anula ressurgem, quando menos se espera, em
forma de ansiedade, frustração, receio ou insegurança. "As impressões do
ódio, quando sufocadas, por falta de oportunidade de serem diluídas no amor,
geram enfermidades que afetam o corpo e a mente", aditou o Benfeitor. (Obra
citada, cap. 22, pp. 209 a 211.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada,
clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/01/grilhoes-partidos-manoel-philomeno-de.html
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