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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 


Nos Domínios da Mediunidade

 

André Luiz

 

Parte 1

 

Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, iniciamos nesta data o estudo da oitava obra: Nos Domínios da Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete " Nos Domínios da Mediunidade".

Eis as questões de hoje:


1. Que é indispensável à peregrinação libertadora para os Cimos da Vida?

Depois de afirmar, no prefácio desta obra, que "somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia", Emmanuel é bem claro e direto: "Sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio burilamento moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida". (Nos Domínios da Mediunidade, Prefácio, págs. 9 a 12.)

2. Principal instrutor da obra ora em estudo, quem foi Aulus?

Aulus aliava, segundo André Luiz, uma substanciosa riqueza cultural ao mais entranhado patrimônio de amor, causando satisfação vê-lo reportar-se às necessidades humanas, com o carinho do médico benevolente e sábio que desce à condição de enfermeiro para a alegria de ajudar e salvar. Ele interessava-se pelas experimentações mediúnicas desde 1779, quando conhecera Mesmer, em Paris. Havendo reencarnado no início do século 19, apreciara de perto as realizações de Allan Kardec, na codificação do Espiritismo, e privara com Cahagnet e Balzac, Théophile Gautier e Victor Hugo, acabando seus dias na França, depois de vários decênios consagrados à mediunidade e ao magnetismo, nos moldes científicos da Europa. No mundo espiritual prosseguiu no mesmo rumo, observando e trabalhando em seu apostolado educativo. (Obra citada, cap. 1, pág. 13.)

3. Onde se situa a base de todos os fenômenos mediúnicos?

Segundo o instrutor Albério, a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos. Somos – diz ele – capazes de arrojar de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de nossa individualidade, o ambiente psíquico que nos é particular. (Obra citada, cap. 1, págs. 15 e 16.)

4. O psiquismo que nos é peculiar independe dos centros nervosos?

Sim. O psiquismo independe dos centros nervosos, uma vez que, fluindo da mente, é ele que condiciona todos os fenômenos da vida orgânica em si mesma. (Obra citada, cap. 1, págs. 16 e 17.)

5. Que podemos entender por vibrações compensadas?

Para responder a esta questão, imaginemos um suposto diálogo entre um hotentote desencarnado e um sábio terrestre. Hotentote é o nome que designa o indivíduo pertencente a um povo nômade do sul da África. Evidentemente, nesse contato o desencarnado nada poderá oferecer ao sábio além dos assuntos triviais em que se lhe desdobraram no mundo as experiências primitivistas. Se o desencarnado fosse o sábio a comunicar-se com o hotentote encarnado, não conseguiria também facultar-lhe cooperação imediata, salvo no trabalho embrionário em que se lhe situam os interesses mentais, como por exemplo o auxílio a um rebanho. Obviamente, o hotentote não se sentiria feliz na companhia do sábio e vice-versa, por falta desse alimento quase imponderável que o Instrutor Albério denominou "vibrações compensadas". É da Lei, explicou ele, que nossas maiores alegrias sejam recolhidas ao contato daqueles que, em nos compreendendo, permutam conosco valores mentais de qualidades idênticas aos nossos, assim como as árvores oferecem maior produtividade se colocadas entre árvores da mesma espécie, com as quais trocam seus princípios germinativos. (Obra citada, cap. 1, págs. 17 e 18.)

6. Por que há estudiosos que comparam nosso mundo mental a um espelho?

Essa comparação advém – segundo o Instrutor Albério – do fato de que refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos. Como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima. Por causa disso, é preciso compreender que os reflexos mentais, conforme sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma. O espelho sepultado na lama não reflete o esplendor do Sol; o lago agitado não retrata a imagem da estrela. É imprescindível, pois, saber que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer a qualidade do nosso trabalho. (Obra citada, cap. 1, págs. 18 a 20.)

7. A moralidade, o sentimento e o caráter das pessoas são perceptíveis aos olhos dos Espíritos?

Segundo Aulus, são claramente perceptíveis, por meio de singela e ligeira inspeção. Hilário perguntou, então, se detectando a presença de elementos arraigados ao mal, numa equipe de cooperadores do bem, os instrutores espirituais providenciariam sua expulsão. "Não será preciso", respondeu Aulus. "Se a maioria permanece empenhada na extensão do bem, a minoria encarcerada no mal distancia-se do conjunto, pouco a pouco, por ausência de afinidade." (Obra citada, cap. 2, págs. 23 e 24.)

8. Numa reunião mediúnica é importante o serviço de harmonização preparatória?

Sim. O serviço de harmonização preparatória é muito importante. Quinze minutos de prece, quando não sejam de palestra ou leitura com elevadas bases morais, estabelecem o clima necessário à reunião, uma vez que não devemos abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que nos outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes. (Obra citada, cap. 2, págs. 25 e 26.)

 

  

 

 

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