A entrevista...
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Antigamente,
quando se desejava escrever uma crônica, saía-se pelas ruas observando os
acontecimentos ou lendo-se algo em algum periódico, como o faziam, no século
XIX, José de Alencar e Machado de Assis, dois de seus melhores articulistas.
Exemplo disso é a crônica que Machado escreveu, com base em notícia lida sobre
uma jovem, se não me engano baiana, que, com uma faca na mão, ao ser assediada
por um rapaz, preveniu-o, em português pronunciado incorretamente: "Não se
aproxime, que eu lhe furo! (O
punhal de Martinha, 5 ago. 1894).
O
jovem não acreditou no aviso, tentou beijá-la a força, e foi morto com um furo de
"peixeira", no ventre, pela baiana. "Peixeira" é o nome que
se dá, no Nordeste, a facão curto e muito afiado, usado para o corte de peixes.
Atualmente, as notícias são transmitidas pelo rádio e TV, lidas nos endereços
eletrônicos e até... nos jornais.
Hoje
falarei ao amigo leitor sobre entrevista assistida por mim, em vídeo, de Geraldo
Campetti Sobrinho a Bruno Tavares. Bela, respeitosa, evangelizada e erudita
entrevista.
De
início, Bruno diz-lhe que é fã do vídeo intitulado Livros que iluminam,
postado periodicamente, na internet, cuja direção é do Geraldo. Em seguida, o
entrevistador questiona a profusão de obras ditas espíritas, com conteúdo
duvidoso, e pergunta ao entrevistado o que este pensa do assunto, haja vista
considerar o livro espírita o "carro-chefe" da divulgação do
Espiritismo.
Geraldo
confirma a condição de "carro-chefe" do livro-espírita, e diz-lhe
que, atualmente, há grande número de obras não confiáveis, no mercado
editorial, intitulando-se espíritas. Explica, ainda, que há obras falsamente
atribuídas aos Espíritos Emmanuel e André Luiz que contrariam o estilo do
médium Chico Xavier e dessas entidades. Por fim, lembra a responsabilidade com
que a Editora FEB trata suas obras, corrigindo todos os equívocos
comprovadamente presentes em suas edições. Lembra, portanto, que é dever dos
seus revisores, pessoas competentes e honestas, corrigirem erros gramaticais e
realizarem atualizações ortográficas nas obras editadas ou reeditadas.
Finalmente, Bruno diz ter lido seiscentos artigos de Bezerra de Menezes, um dos primeiros presidentes da FEB, e não viu neles qualquer menção a Roustaing, e, sim, a Allan Kardec. Em nossa ótica, de colaborador da FEB há mais de quarenta anos, não procede a tese de roustainguismo atribuída à instituição. Bruno pergunta, também, como o entrevistado responde às acusações de "adulteração" de obras de Kardec.
Após
esclarecer que não existe kardecismo ou roustainguismo e, sim, Espiritismo,
Geraldo informa que todas as alterações (e não adulterações) existentes nas
obras do Codificador da Doutrina Espírita foram feitas por este mesmo, como já
foi comprovado por pesquisadores responsáveis. Como exemplo, cita as pesquisas
feitas pelo doutor em Filosofia da Ciência e Lógica, Cosme Massi, além de outras
pesquisas recentes. Informa ainda que quase tudo em A Gênese foi escrito
pelo próprio Kardec, ao contrário dos outros quatro livros da codificação
espírita, em que a participação dos Espíritos é maior...
Enfim,
ficamos plenamente cientes de que toda a obra espírita de Allan Kardec foi
publicada e atualizada com base nas alterações dele mesmo. Além disso, Geraldo
deixa claro que o Espiritismo sem Jesus não é Espiritismo, pois é o Cristo que
o anuncia em João, capítulo 14, versículos 15 a 17. Ser espírita é,
pois, ser cristão. Graças a Deus!
Assista
à entrevista no blog do Bruno Tavares. Vale a pena.
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
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