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segunda-feira, 5 de abril de 2021

 



Tramas do Destino

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 11 e final

 

Concluímos hoje o estudo – sob a forma dialogada – do livro Tramas do Destino, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco, publicada em 1975.

Este estudo foi publicado neste blog sempre às segundas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora findo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Tramas do Destino”.

Eis as questões de hoje:

 

81. Qual era o estado psicológico de Lisandra ao ser internada na Colônia de hansenianos? 

Consciente das necessidades evolutivas e espírita lúcida, ela mesma solicitou o internamento no leprosário. Submetia-se, pois, confiante, aos desígnios superiores da vida, sorvendo toda a amargura que lhe restava. Resignada e confiante em Deus, a jovem estava realmente mudada. A reencarnação lhe projetara luz nos inúmeros porquês que a afligiam. Entendia, assim, que ela deveria agora conviver com aqueles que, à sua semelhança, eram comensais dos mesmos delitos. (Tramas do Destino, cap. 28, pp. 275 a 278.)

82. Como desencarnou Lisandra?

Lisandra contou à amiga Lisabete que na véspera havia sonhado com sua avó Adelaide, que lhe explicara haver chegado o momento de sua libertação. Lisa falou-lhe, sinceramente comovida, que sentiria muito a sua falta, mas Lisandra lembrou-lhe que a morte não significaria afastamento: elas continuariam juntas. E aproveitou para agradecer tudo quanto recebera em sua casa. "Rogo-lhe informar à mamãe, à titia que os meus últimos pensamentos estão sendo para o Senhor e para elas... Gostaria muito de dizer-lhes quanto as amo e não mereci poder fazê-lo... Que me perdoem tudo...", foram as últimas palavras da filha de Artêmis, porque, logo após um desmaio, ela não mais volveu à lucidez física, desencarnando ao anoitecer. (Obra citada, cap. 29, pp. 281 e 282.)

83. Que fato fez com que os inimigos e perturbadores de Lisandra dela se afastassem naturalmente com o passar do tempo?

Foi a mudança de atitude mental que se operara na enferma. Em face disso, seus inimigos e perturbadores que teimavam por manter a constrição obsessiva afastaram-se naturalmente, na sucessão do tempo. Além disso, antes mesmo de sua desencarnação, Adelaide havia providenciado a colocação de dois vigilantes que se revezaram no apartamento da enferma, logo que esta se transferira para o Leprocômio, resguardando assim o recinto dos malfeitores desencarnados que ali pululavam. (Obra citada, cap. 29, pp. 283 e 284.)

84. Nossa romagem ascensional é cheia de ocorrências imprevistas? 

Não. Conforme as palavras do Instrutor Natércio, a roda das vidas sucessivas traz-nos de volta o que ficou para trás, em carência ou fartura, como efeito natural da marcha empreendida. Diz Natércio: "Não sendo a vida mais do que uma sucessão de experiências no corpo e fora dele, formando um todo harmônico a impelir-nos para a frente, é compreensível que numa regularizemos o que noutra defraudamos, num ensejo recebamos o reforço que acumulamos no transato". Assim, nenhuma ocorrência imprevista sucede em nossa romagem ascensional e tudo se encontra programado num esquema de equilíbrio e sabedoria transcendentes, embora nossas atitudes possam alterar os quadros das ocorrências a que estamos submetidos, apressando ou retardando nossa marcha, consoante a direção que imprimimos ao comportamento pessoal. (Obra citada, cap. 30, pp. 289 a 291.)

85. Há alguma relação entre o fracasso ético de uma Nação e os desajustes familiares? 

Sim. Pertence a todos nós a responsabilidade pelos problemas que ocorrem no mundo, tais como a miséria moral, os governos despóticos, as guerras, o desespero, a opressão e as paixões dissolventes. "O fracasso ético de uma Nação – diz Natércio – decorre do desajuste moral da sua família. Quando alguém cai, a Humanidade tomba com ele; se se ergue, a sociedade se levanta nele... Por esta razão, o esforço pessoal é muito significativo, de valor inapreciável a benefício de todos." Segundo o mencionado Instrutor, todo contributo de sacrifício e abnegação, de que possamos dispor, possui significação representativa e nesse empreendimento ninguém se pode escusar de produzir e colaborar. (Obra citada, cap. 30, pp. 291 a 293.)

86. Cabe a quem modificar as paisagens do mundo em que vivemos? 

Essa tarefa compete a nós mesmos. Depende unicamente de nós preservar e manter os estados vigentes de relaxamento moral e social, ou modificar as paisagens terrenas, iniciando a empresa em nós mesmos, desde agora. (Obra citada, cap. 30, pp. 293 e 294.)

87. Gilberto será pai de dois filhos. Quem são eles? 

Ermínio e Lisandra, cujos atos no passado engendraram o terrível drama que agora chegava ao fim. No encontro em que essa decisão foi tomada, Lisandra e Ermínio, ali presentes, foram carinhosamente saudados pelos demais amigos, registrando-se justa alegria em todos os Espíritos que participaram do comovente encontro. (Obra citada, cap. 30, pp. 297 e 298.)

88. Que é que o Autor desta obra nos diz sobre o tempo e a hora vazia?

Convidado a proferir a prece com que se encerrou o importante encontro, Manoel Philomeno de Miranda destacou em sua oração a valorização constante das horas. Eis um trecho da prece: "Se não conseguirmos o êxito por nossa imprevidência, enseja-nos, ao menos, a sabedoria que impede o acumpliciamento com o crime. Ensina-nos a valorizar o tempo, aplicando-o com elevação. Não nos concedas a hora vazia, a fim de que a ociosidade não nos entorpeça o caráter". (Obra citada, cap. 30, pp. 298 a 300.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/tramas-do-destino-manoel-philomeno-de_29.html

 

 

 

 

 

 

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