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quarta-feira, 7 de abril de 2021

 


Nos Domínios da Mediunidade

 

André Luiz

 

Parte 11

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos agora a oitava obra: Nos Domínios da Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete " Nos Domínios da Mediunidade".

Eis as questões de hoje:

 

81. Os protetores espirituais podem solucionar de forma decisiva os nossos problemas?

Não. É um equívoco bastante comum esperar do Céu uma solução decisiva e absoluta para os nossos problemas. Tal atitude decorre de antiga viciação mental no Planeta. “Jesus, o Governador Espiritual do Mundo, auxiliou a doentes e aflitos – lembrou Aulus –, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito. Zaqueu, o rico prestigiado pela visita que lhe foi feita, sentiu-se constrangido a modificar a sua conduta. Maria de Magdala, que lhe recebeu carinhosa atenção, não ficou livre do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação interior...” Dito isso, Aulus aduziu: “Segundo reconhecemos, seria ilógico aguardar dos desencarnados a liquidação total das lutas humanas. Isso significaria furtar o trabalho que corresponde ao sustento do servidor, ou subtrair a lição ao aluno necessitado de luz”. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 18, pp. 173 e 174.)

82. Com que objetivo a mediunidade chegou ao mundo?

Concessão do Senhor à Humanidade em geral, a mediunidade foi trazida do colégio sacerdotal à praça pública, a fim de que a noção da eternidade, através da sobrevivência da alma, desperte a mente anestesiada do povo, visto que o Cristianismo, que deveria ser a mais ampla e a mais simples das escolas de fé, há muito se enquistou no superficialismo dos templos. (Obra citada, cap. 18, pp. 174 a 176.)

83. Pode-se dizer que os médiuns são os nossos oráculos da atualidade?

Não. É indispensável procurar na mediunidade não a chave falsa para certos arranjos inadequados na Terra, mas sim o caminho direito de nosso ajustamento à vida superior. Compreendendo assim a verdade, é necessário renovar a nossa conceituação de médium, para que não venhamos a transformar companheiros de ideal e de lutas em oráculos e adivinhos, com esquecimento de nossos deveres na elevação própria. Após dizer tais palavras, Aulus aduziu: “O Espiritismo, simbolicamente, é Jesus que retorna ao mundo, convidando-nos ao aperfeiçoamento individual, por intermédio do trabalho construtivo e incessante. Dentro das leis de cooperação, será justo aceitar o braço amigo que se nos oferece para a jornada salvadora, entretanto é imprescindível não esquecer que cada um de nós transporta consigo questões essenciais e necessidades intransferíveis”.  (Obra citada, cap. 18, pp. 176 a 178.)

84. Como definir a obsessão?

Examinando diretamente o caso Anésia e seu esposo Jovino, que se encontrava sob a estranha fascinação de outra mulher, o que o levou a desinteressar-se da companheira e das filhas, transformando-se, desse modo, num obsidiado autêntico, Aulus explicou: "Sabemos que a obsessão entre desencarnados ou encarnados, sob qualquer prisma em que se mostre, é uma enfermidade mental, reclamando por vezes tratamento de longo curso. Quem sabe se o pobre Jovino não estará na condição de um pássaro hipnotizado, não obstante o corpanzil que lhe confere aparências de robustez no plano físico?" (Obra citada, cap. 19, pp. 179 e 180.)

85. Que adjetivo aplicar à mulher que ameaçava o casamento de Jovina e Anésia?

Teonília, referindo-se ao caso, disse que Jovino era um homem trabalhador ameaçado por perversa mulher. Mas Aulus pediu-lhe que não se referisse assim à mulher que dominava o esposo de Anésia. O adjetivo "perversa" ali não cabia. Era "imperioso aceitá-la por infeliz irmã", recomendou o Assistente. (Obra citada, cap. 19, pp. 181 a 183.)

86. Por que Anésia sentia mal-estar ao pressentir que havia, naquele caso, alguém a assediar o esposo?

Contribuía para isso a força do seu próprio pensamento. Anésia articulou mentalmente, logo que Jovino saiu, frases deste tipo: "Negócios, negócios... Quanta mentira sobre mentira! Uma nova mulher, isso sim!... Mulher sem coração que não nos vê os problemas... Dívidas, trabalhos, canseiras! Nossa casa hipotecada, nossa velhinha a morrer!... Nossas filhas cedo arremessadas à luta pela própria subsis­tência!" Enquanto essas reflexões se faziam audíveis para André Luiz, irradiando-se na sala estreita, viu-se de novo a mesma figura de mulher que surgira à frente de Jovino, aparecendo e reaparecendo ao redor da esposa triste, como que a fustigar-lhe o coração com invisíveis estiletes de angústia, porque Anésia, embora não a visse, passou a acusar indefinível mal-estar. (Obra citada, cap. 19, pp. 183 e 184.)

87. Qual a explicação do problema que envolvia Jovino?

Sobre esse caso, Aulus informou: "Jovino permanece atualmente sob imperiosa dominação telepática, a que se rendeu facilmente, e, considerando-se que marido e mulher respiram em regime de influência mútua, a atuação que o nosso amigo vem sofrendo envolve Anésia, atingindo-a de modo lastimável, porquanto a pobrezinha não tem sabido imunizar-se com os benefícios do perdão incondicional". Aulus acrescentou que tal fenômeno é muito comum em nossos dias e, como tal, enquadra-se perfeitamente nos domínios da mediunidade. O fenômeno pertence à sintonia, em que se encontram as origens de muitos processos de alienação mental. (Obra citada, cap. 19, pp. 185 e 186.)

88. Como solucionar o problema da antipatia quando ela existe no âmbito do próprio lar?

Reunidos em um mesmo lar, para fins de reajuste, raros conseguem superar a aversão de que se veem possuídos, e alimentam com paixão, no íntimo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que, concentrados, se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Como solucionar então esse problema? A essa pergunta, Aulus respondeu: "A melhor maneira de extinguir o fogo é recusar-lhe combustível. A fraternidade operante será sempre o remédio eficaz, ante as perturbações dessa natureza. Por isso mesmo, o Cristo aconselhava-nos o amor aos adversários, o auxílio aos que nos perseguem e a oração pelos que nos caluniam, como atitudes indispensáveis à garantia de nossa paz e de nossa vitória". (Obra citada, cap. 19, pp. 186 e 187.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz_31.html

 

 

 

 

 

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