quarta-feira, 31 de março de 2021

 


Nos Domínios da Mediunidade

 

André Luiz

 

Parte 10

 

Vimos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos sete primeiros livros da Série, estudamos agora a oitava obra: Nos Domínios da Mediunidade, publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete " Nos Domínios da Mediunidade".

Eis as questões de hoje:

 

73. Por que muitos médiuns começam a jornada e depois recuam?

Aulus explicou que o médium não é um animal subjugado a canga, mas sim um irmão da Humanidade e um aspirante à Sabedoria. Deve trabalhar e estudar por amor. Livre para decidir quanto ao próprio destino, muitas vezes prefere estagiar com indesejáveis companhias, caindo em temíveis fascinações. Inicia-se com entusiasmo na obra do bem, entretanto em muitas circunstâncias dá ouvidos a elementos corruptores que o visitam pelas brechas da invigilância. E, assim, tropeça e se estira na cupidez, na preguiça, no personalismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em joguete dos adversários da luz que lhe vampirizam as forças, aniquilando-lhe as melhores possibilidades. É por isso que se veem no mundo milhões de criaturas às voltas com a mediunidade torturante, milhares detendo possibilidades psíquicas apreciáveis e raras obtendo um mandato mediúnico para o trabalho da fraternidade e da luz. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 16, pp. 156 e 157.)

74. Como são obtidas as imagens projetadas na reunião mediúnica?

Reportando-se ao espelho fluídico usado na reunião mediúnica, Aulus explicou que aquele aparelho assemelhava-se à televisão conhecida dos homens, manobrada, porém, com recursos da esfera espiritual, em que a própria alma, revestida por seu perispírito, era focalizada. “Pelo exame do perispírito – informou o instrutor –, alinham-se avisos e conclusões. Muitas vezes, é imprescindível analisar certos casos que nos são apresentados, de modo meticuloso; todavia, recolhendo apelos pela massa, mobilizamos meios de atender a distância. Para isso, trabalhadores das nossas linhas de atividade são distribuídos por diversas regiões, onde captam as imagens de acordo com os pedidos que nos são endereçados, sintonizando as emissões com o aparelho receptor sob nossa vista.” Embora semelhante à televisão terrena, as transmissões ali eram muito mais simples, exatas e instantâneas. (Obra citada, cap. 16, págs. 158 a 160.)

75. Como os benfeitores espirituais localizam em determinada região as pessoas a serem atendidas?

Segundo Aulus, muitas vezes, em face do número grande de pessoas a atender, os samaritanos da fraternidade não podem ajuizar se estão recebendo informes de um encarnado ou de um desencarnado, mormente quando não se acham laureados por vastíssima experiência. Por isso, as informações sobre as pessoas a serem atendidas pelos Espíritos devem ser, sempre que possível, minuciosas e completas. Desse modo é que se localizam os enfermos objeto do atendimento a ser prestado. (Obra citada, cap. 16, pp. 158 a 160.)

76. Num grupo destinado ao serviço dos passes, é bom que os médiuns sejam sempre os mesmos?

Sim. Contudo, em casos de impedimento justo, podem ser substituídos, embora nessas circunstâncias se verifiquem, inevitavelmente, pequenos prejuízos resultantes do natural desajuste. (Obra citada, cap. 17, pp. 163 e 164.)

77. Na aplicação dos passes é necessário o contato físico com o enfermo?

Não, pois os recursos magnéticos aplicados a reduzida distância penetram assim mesmo o “halo vital” ou a aura dos doentes, provocando nestes as modificações desejadas. Vendo os médiuns passistas em ação, André Luiz diz que pareciam duas pilhas humanas deitando raios de espécie múltipla, a lhes fluírem das mãos, depois de lhes percorrerem a cabeça, ao contacto dos benfeitores espirituais. (Obra citada, cap. 17, pp. 164 a 166.)

78. Por que a fé do enfermo é importante na ação magnética curadora?

A explicação de Aulus foi dada quando André reparou que alguns enfermos não logravam a mais leve melhoria, visto que as irradiações magnéticas não lhes penetravam o veículo orgânico. Qual seria o motivo? “Falta-lhe o estado de confiança”, informou Aulus. A fé é, nesses casos, indispensável. “Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa tensão favorável. Essa tensão decorre da fé.” Ele referia-se à fé, não como crença cega, mas como atitude de segurança íntima, reverente e submissa, diante das Leis Divinas, em cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. “Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma.”  (Obra citada, cap. 17, pp. 166 a 168.)

79. Como o instrutor Aulus define o passe?

Segundo Aulus, o passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Para explicar suas palavras, ele disse: “Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desse princípio, surge a vida mental determinante... Tudo é espírito no santuário da natureza”. E aduziu: “Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco”. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. “A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções.” (Obra citada, cap. 17, pp. 168 a 170.)

80. O passe pode ser ministrado a distância?

Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. “Nesse caso – explicou Aulus – diversos companheiros espirituais se ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora.” (Obra citada, cap. 17, pp. 168 a 170.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/03/nos-dominios-damediunidade-andre-luiz_24.html

 

 

 

  

 

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Um comentário:

  1. Peço atenção para a resposta dada à pergunta n. 75, porque isso é o que mais ocorre na Casa Espírita quando alguém deseja pedir ajuda espiritual para um ente querido. A pessoa chega e anota o nome: Maria das Dores Nascimento. Só isso, mais nada. Ora, os benfeitores não são adivinhos nem mágicos. Eles agem como agem os repórteres de rádio e TV. Quando vão cobrir um evento, estes são informados quanto ao local e ao endereço preciso ou aproximado. Com os benfeitores, a mesma coisa. Então anotaremos: Maria das Dores Nascimento – rua João XXIII, 742 – Londrina-PR. Se a pessoa estiver desencarnada, anote o nome e o endereço da família onde ela residiu por último: José de Oliveira (desencarnado) – rua Paulo de Tarso, 345 – Curitiba-PR.
    Um dia, um colega ironizou quanto a este cuidado e perguntou: - Tem de colocar também o CEP? Mal podia ele imaginar àquela época que poucos anos depois, como todos sabemos, o CEP e o número da casa são importantíssimos quando consultamos o mapa fornecido pelo Google. Feita a pesquisa sabemos perfeitamente onde fica e qual é a fachada da residência, bem como o melhor caminho para chegarmos até lá.
    É evidente que no plano espiritual esse tipo de consulta existe há muito mais tempo, do mesmo modo que nos primeiros anos do século 20, segundo Camilo Castelo Branco informa no livro “Memórias de um Suicida”, já existiam no mundo espiritual equipamentos semelhantes aos nossos televisores mais modernos.

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