Nas Fronteiras da Loucura
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 4
Continuamos neste espaço o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Este estudo será publicado neste blog sempre às
segundas-feiras.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em
foco, para complementar o estudo ora iniciado, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL
e, em seguida, no verbete "Nas
Fronteiras da Loucura”.
Eis as questões de hoje:
25. Quando o consumo de drogas no Ocidente se expandiu?
Ele se expandiu
especialmente após a Segunda Guerra Mundial e os lamentáveis conflitos no
sudeste asiático, quando tomou conta, particularmente, da juventude imatura. O
desprezo pela vida, a busca do aniquilamento resultante de filosofias
apressadas, sem estruturação lógica nem ética, respondem pelo progressivo
consumo das drogas de toda natureza. Segundo Dr. Bezerra, os valores
ético-morais que devem sustentar a sociedade vêm sofrendo aguerrido combate e
desestruturando-se sob os camartelos do cinismo que gera a violência e conduz à
corrupção, minimizando o significado dos ideais da beleza, das artes e das
ciências. (Nas Fronteiras da Loucura,
cap. 9, pp. 72 e 73.)
26. Qual a proposta do Dr. Bezerra de Menezes para o grave
problema das drogas?
Eis a respeito do
assunto as palavras do Apóstolo da Caridade: "Como terapia para o grave
problema das drogas, inicialmente, apresentamos a educação em liberdade com
responsabilidade; a valorização do trabalho como método digno de afirmação da
criatura; orientação moral segura, no lar e na escola, mediante exemplos dos
educadores e pais; a necessidade de viver-se com comedimento, ensinando-se que
ninguém se encontra em plenitude e demonstrando essa verdade através dos fatos
de todos os dias, com que se evitarão sonhos e curiosidades, luxo e anseio de
dissipações por parte de crianças e jovens; orientação adequada às
personalidades psicopatas desde cedo; ambientes sadios e leituras de conteúdo
edificante, considerando-se que nem toda a humanidade pode ser enquadrada na
literatura sórdida da ‘contracultura', dos livros de apelação e escritos com
fins mercenários, em razão das altas doses de extravagância e vulgaridade de
que se fazem portadores". (Obra citada, cap. 9, pp. 74 e 75.)
27. Existe alguma relação entre o fenômeno da obsessão e os
vícios em geral, a sexolatria e a dependência química?
Sim. Nas panorâmicas
da toxicomania, da sexolatria e dos vícios em geral, defrontamos,
invariavelmente, a sutil presença da obsessão, como causa remota ou como efeito
do comportamento que o homem se permite ao sintonizar com mentes irresponsáveis
e enfermas desembaraçadas do corpo. Faz-se preciso, pois, que em todo
cometimento de socorro a dependentes de vícios nos recordemos do respeito que
devemos a esses enfermos, atendendo-os com carinho e dignificando-os, instando
com eles pela recuperação, ao tempo em que lhes aplicamos os recursos espíritas
e evangélicos, na certeza de resultados finais salutares. (Obra citada, cap. 9,
pp. 75 e 76.)
28. É verdade que a desencarnação varia de pessoa a pessoa?
Sim. Não há mortes
iguais. A desencarnação varia de pessoa a outra, dependendo de suas condições
morais. Morrer nem sempre significa libertar-se. A morte é orgânica, mas a
libertação é de natureza espiritual. É por isso que a turbação espiritual pode
demorar breves minutos, nos Espíritos nobres, e até séculos, nos mais
embrutecidos. (Obra citada, cap. 10, pp. 81 a 83.)
29. O comportamento desequilibrado da família prejudica o
Espírito recém-liberto em decorrência da morte de seu corpo?
Sim. A lamentação e
os impropérios por parte dos familiares produzem, no Espírito recém-liberto,
grande desconforto, porque tais atitudes transformam-se em chuvas de fagulhas
comburentes que os atingem, ferindo-os ou dando-lhes a sensação de ácidos que
os corroem por dentro. Nominalmente chamados, eles desejam atender, mas não
podem, experimentando então dores que os vergastam, adicionadas pelos
desesperos morais que os dominam. Se conseguem adormecer, não raro debatem-se
em pesadelos afligentes, que são a liberação de imagens perturbadoras das zonas
profundas do inconsciente. (Obra citada, cap. 11, pp. 84 e 85.)
30. Por que a desencarnação não se concretiza logo em seguida
à morte corpórea?
Esse fato é simples
de entender. Como a reencarnação exige anos para completar-se, é natural que a
desencarnação necessite de tempo suficiente para que o Espírito se desimpregne
dos fluidos mais grosseiros em que esteve mergulhado. A morte violenta mata
apenas os despojos físicos, mas não significa libertação do ser espiritual. As enfermidades
de longo curso, quando suportadas com resignação, liberam o Espírito da matéria,
porque ele, nesses casos, tem tempo de pensar nas verdadeiras realidades da
vida e desapegar-se de pessoas, paixões e coisas, movimentando o pensamento em
círculos superiores de aspirações. Ele lembra então os que já partiram e a eles
se revincula pelos fios das lembranças, recebendo inspiração e ajuda para o
desprendimento. As dores morais bem aceitas facultam aspirações e anseios de
paz noutras dimensões, diluindo as forças constritoras que o atam ao mundo das
formas. O conhecimento dos objetivos da reencarnação e o comportamento correto
diante da vida contribuem, também, para a desimantação. O tempo no corpo tem
finalidade educativa, expurgadora de mazelas, para o aprimoramento de ideais,
ao invés de constituir uma viagem ao país do sonho, com o prazer e a
inutilidade de mãos dadas. (Obra citada, cap. 11, pp. 84 e 85.)
31. As drogas atingem também o corpo espiritual?
Sim. As drogas
liberam componentes tóxicos que impregnam as delicadas engrenagens do corpo
espiritual, ou perispírito, atingindo-o por largo tempo. Muitas vezes, esse
modelador de formas imprime nas futuras organizações biológicas lesões e
mutilações que são o resultado dos tóxicos de que se encharcou em existência
pregressa. Segundo o Dr. Bezerra de Menezes, a dependência gerada pelas drogas
desarticula o discernimento e interrompe os comandos do centro da vontade,
tornando seus usuários verdadeiros farrapos humanos, que abdicam de tudo por
uma dose, até à consumpção total, que prossegue, no entanto, depois da morte.
Além de facilitar obsessões cruéis, elas atingem os mecanismos da memória,
bloqueando os seus arquivos e se imiscuem nas sinapses cerebrais, respondendo
por danos irreparáveis. (Obra citada, cap. 11, pp. 88 e 89.)
32. Os Espíritos sentem alguma dor durante a necropsia a que
é submetido seu corpo?
Depende. Há necropsias
em que Espíritos que se deixaram dominar pelos apetites grosseiros enlouquecem
de dor, demorando-se sob os efeitos lentos do processo a que o cadáver é
submetido, quando não fazem jus a assistência especializada. No caso narrado
neste livro, cada um dos jovens, embora houvessem eles desencarnado juntos,
experimentava sensações de acordo com os títulos que conduziam, de beneficência
e amor, de extravagância e truculência. (Obra citada, cap. 12, pp. 94 e 95.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/04/blog-post_26.html
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