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quinta-feira, 20 de maio de 2021

 



O Céu e o Inferno

 

Allan Kardec

 

Parte 8

 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, com base na 1ª edição da tradução de João Teixeira de Paula publicada pela Lake.

Este estudo será publicado sempre às quintas-feiras.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado dos estudos relativos à presente obra, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#ALLAN e, em seguida, no verbete "O Céu e o Inferno”.

Eis as questões de hoje:

 

57. Como é a morte do incrédulo? 

Os incrédulos experimentam nos últimos instantes as angústias desses pesadelos terríveis em que se veem em escarpas de abismos prestes a tragá-los. Querem fugir e não podem; procuram agarrar-se a qualquer coisa, mas não encontram apoio e sentem precipitar-se; querem clamar, gritar e nem sequer um som podem articular. Então – disse Sanson – vemo-los contorcerem-se, crispar as mãos, dar gritos sufocados, outros tantos sintomas do pesadelo de que são vítimas. (O Céu e o Inferno, Segunda Parte, cap. II, Sanson, item II, perguntas 5 e 6.)

58. O que mais impressionou Sanson ao despertar no mundo espiritual?

Sanson disse que ficou como que ofuscado, sem poder compreender as coisas, porquanto a lucidez não volta repentinamente. Deus, porém, permitiu-lhe recuperar as faculdades, e foi então que ele se viu cercado de numerosos, bons e fiéis amigos. Todos os Espíritos protetores rodeavam-no sorrindo; uma alegria sem par irradiava-lhes do semblante e também ele, forte e animado, podia sem esforço percorrer os espaços. O que viu não tem, disse Sanson, nome na linguagem dos homens. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Sanson, item II, perguntas 7 e 8.)

59. Sob que forma os Espíritos aparecem aos olhos dos que retornam ao mundo espiritual? 

Eles conservam a forma humana e assim se apresentam. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Sanson, item III, pergunta 9.)

60. Como os Espíritos se veem no mundo espiritual? Eles sentem em si as mãos, a cabeça, os braços? 

O Espírito, conservando sua forma humana idealizada, pode, sem contradição, possuir todos os membros mencionados. Sanson disse que sentia perfeitamente suas mãos com os dedos, pois podia, à vontade, aparecer e apertar as mãos dos outros, encarnados ou não. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Sanson, item III, perguntas 10 e 11.)

61. Logo que desencarna, o Espírito se lembra do passado?

Conforme seu grau evolutivo, sim, o Espírito pode lembrar-se com facilidade do passado. Foi o que revelou Jobard, que disse recordar-se das existências anteriores e sentia ter melhorado. Em sua precedente existência, Jobard disse ter sido um operário mecânico acossado pela miséria e pelo desejo de aperfeiçoar sua arte. Como Jobard, ele pôde então realizar os sonhos do pobre operário. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Jobard, perguntas 6 e 7.)

62. Como é que os Espíritos se manifestam sobre a resignação e a coragem diante das provações?

Samuel Filipe deu, a esse respeito, importante depoimento e revelou que tudo quanto sofrera se anularia caso desfalecesse, tendo de recomeçar novamente as provações. Eis suas palavras: “Oh! meus amigos, compenetrai-vos firmemente desta verdade, pois nela reside a felicidade do vosso futuro. Não é, por certo, comprar muito caro essa felicidade por alguns anos de sofrimento! Ah! Se soubésseis o que são alguns anos comparados ao infinito! Se de fato a minha última existência teve algum mérito aos vossos olhos, outro tanto não diríeis das que a precederam. E não foi senão à força de trabalho sobre mim mesmo que me tornei o que ora sou. Para apagar os últimos traços das faltas anteriores, era-me preciso sofrer as últimas provas que voluntariamente aceitei. Foi na firmeza das minhas resoluções que escudei a resignação, a fim de sofrer sem me queixar. Hoje abençoo essas provações, pois a elas devo o ter rompido com o passado – simples recordação agora que me permite contemplar com legítima alegria o caminho percorrido”. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Samuel Filipe, pergunta 2.)

63. A morte nos separa ou nos aproxima dos entes queridos que já partiram? E eles, os desencarnados, nos visitam?

A morte não nos separa dos entes queridos que desencarnaram, os quais continuam a visitar-nos sempre que podem. Tanto Samuel Filipe quanto a Sra. Foulon manifestaram-se nesse sentido. Eis o que Samuel Filipe afirmou, a propósito de seus entes queridos: “Se os tivesse esquecido seria indigno da felicidade de que gozo. Deus não recompensa o egoísmo, pune-o. O mundo em que me vejo pode fazer com que desdenhe a Terra, mas não os Espíritos nela encarnados. Somente entre os homens é que a prosperidade faz esquecer os companheiros de infortúnio. Muitas vezes venho visitar os que me são caros, exultando com a recordação que de mim guardaram; assisto às suas diversões, e, atraído por seus pensamentos, gozo se gozam ou sofro se sofrem”. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, Samuel Filipe, última pergunta; e a viúva Foulon, itens II e III.)

64. Os Espíritos continuam trabalhando na vida espiritual?

Sim. Dr. Demeure, Bernardino e condessa Paula falaram sobre o assunto, confirmando o que nos ensina o Espiritismo, ou seja, que as atividades dos Espíritos são constantes e que o trabalho é componente essencial na vida dos desencarnados. (Obra citada, Segunda Parte, cap. II, o doutor Demeure, Bernardino e a condessa Paula.)

 


Observação: Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_13.html

 

 

 

 

 

 

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