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quarta-feira, 19 de maio de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 2

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

9. A reencarnação é, às vezes, para um Espírito uma oportunidade de libertação dos círculos tenebrosos?

Sim. Há reencarnações que têm exatamente esse objetivo. Como tais renascimentos na carne não possuem senão característicos de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados ali mesmo, por benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor, e Druso gozava, nesse sentido, de relativa competência, como autoridade intermediária, nos processos reencarnatórios. (Ação e Reação, cap. 3, pp. 35 e 36.)

10. Ocorrem, então, reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais?

 Sim. Como dito na questão anterior, valem como oportunidades de libertação dos círculos tenebrosos. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinquentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escolas, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, na esfera espiritual os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração. (Obra citada, capítulo 3, pp. 35 e 36.)

11. Por que a Mansão Paz era, com certa frequência, atacada por entidades infelizes?

Semelhantes invasões tinham o objetivo de deslocar dali a Mansão e levar seus trabalhadores à inércia, a fim de senhorearem a região. Para isso, seus adversários valiam-se de equipagens estranhas. "Podemos defini-las como canhões de bombardeio eletrônico” – informou Druso. “As descargas sobre nós são cuidadosamente estudadas, a fim de que nos atinjam sem erro na velocidade de arremesso." (Obra citada, cap. 3, pp. 36 a 38.) 

12. Como a Mansão Paz se defendia desses ataques?

A cidadela era defendida por várias barreiras de exaustão, que funcionavam com eficiência. Cercava-a uma longa muralha, constituída por milhares de hastes metálicas, qual se larga série de para-raios estivessem ali habilmente dispostos. "Os conflitos aqui são incessantes – disse Druso –; no entanto, temos aprendido nesta Mansão que a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem." (Obra citada, cap. 3, pp. 38 e 39.)

13. Quem era o Espírito que fora trazido à Mansão em situação lastimável?

Era Antônio Olímpio. Depois de ser atendido por Druso, ele descerrou as pálpebras e, mostrando os olhos esgazeados, começou a bramir: "Socorro! socorro!... sou culpado, culpado!... Não posso mais... Perdão! perdão!" Dirigindo-se ao Instrutor, e pensando que ele fosse algum juiz, exclamou: "Senhor juiz, senhor juiz!... até que enfim, posso falar! Deixem-me falar!..." Druso afagou-lhe a cabeça atormentada e replicou em tom amigo: "Diga, diga o que deseja". O rosto do enfermo cobriu-se de lágrimas e ele começou a falar, compungidamente: "Sou Antônio Olímpio... o criminoso!... Contarei tudo". (Obra citada, cap. 3, pp. 41 e 42.)

14. As palavras de consolo e carinho ajudam o Espírito torturado pelo remorso?

Sim, mas não são capazes de apagar a lembrança dos atos praticados. O caso Antônio Olímpio é um exemplo expressivo do que realmente ocorre. Seus irmãos, que ele supunha mortos, se faziam visíveis à sua frente e, mesmo depois dos inúmeros flagelos a que foi submetido, ele ainda via o barco que usou para matá-los e ouvia seus brados. “Ai de mim!... estou preso à terrível embarcação... sem que me possa desvencilhar... Quem me fará dormir ou morrer?..." Estas palavras revelam o que efetivamente acontece em casos semelhantes. (Obra citada, cap. 3, pp. 44 e 45.)

15. Onde ficava a região cujas sombras não permitiam saber se era dia ou noite?

Segundo André Luiz, tratava-se de uma região encravada nos domínios do próprio globo terrestre, submetida, portanto, às mesmas leis que regulam o tempo. Um grande relógio no pátio em que se encontravam apontava as horas. Ali era aguardado um grupo de Espíritos recém-desencarnados em desequilíbrio mental que seriam assistidos por servidores da Mansão Paz. (Obra citada, cap. 4, pp. 47 a 49.)

16. Segundo o que André Luiz observou, os Espíritos recém-desligados do corpo traziam ainda os sinais das moléstias que lhes haviam imposto a desencarnação?

Sim. Esse fato é, aliás, bastante comum. Além disso, muitos deles, movidos pelo remorso dos erros cometidos na existência recém-finda, diziam que não queriam morrer, suplicando para isso a ajuda dos servidores que ali se encontravam. (Obra citada, cap. 4, pp. 49 e 50.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_12.html

 

  

  

 

 

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