A maior contribuição que Chico Xavier nos
deixou
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
Avalia-se
a importância de Chico Xavier pelo julgamento que fazem dele os que não são
espíritas: “Um homem bom”. Mas bom, quando se refere a um homem, tem uma
magnitude especial e imensa. Jesus, por exemplo, dizia que só Deus é bom.
Muito
além de sua atuação na área da mediunidade, a maior contribuição trazida até
nós por Chico Xavier foi haver mostrado que é possível ser cristão nestes
tempos tão conturbados em que o materialismo tem ganhado força, sobretudo nos
países que a política mundana convencionou chamar de Primeiro Mundo.
A humildade de Chico Xavier, que os inúmeros episódios de sua vida - retratada no filme de Daniel Filho - tornaram conhecida de todos os brasileiros, era algo realmente cativante.
A
humildade é, como sabemos, a virtude mais importante para nós e para os
médiuns, porque é ela, na concepção espírita, a mãe de todas as virtudes.
Ocorre que em Chico Xavier a essa humildade se aliaram a disciplina e uma
disposição impressionante para o trabalho no bem.
Essas
três virtudes – humildade, disciplina e trabalho no bem – constituem os principais
requisitos a serem observados por quem queira dedicar-se à mediunidade e, por
meio dela, subir alguns degraus no caminho da evolução.
A
humildade permite que o médium se ofereça ao comunicante como instrumento
passivo e se apresente, para os que sofrem, como socorro e porta de esperança.
A
disciplina garante ao medianeiro o equilíbrio e a produtividade. Sem ela, Chico
Xavier jamais poderia ter produzido a obra que nos legou, constituída por mais
de 400 livros e milhares de mensagens que trouxeram paz e luz a muita
gente.
E,
por fim, o trabalho no bem observa um princípio espírita hoje consagrado, ao
qual Cairbar Schutel já se havia referido quando Chico era ainda criança, ou
seja, que as faculdades mediúnicas se desenvolvem no trabalho da caridade,
porque é agindo na caridade que se adquirem as qualidades que atraem a
assistência dos bons Espíritos.
Um
homem chamado amor, eis um título que tem sido usado com frequência em nosso
país na referência ao saudoso médium, título mais do que adequado porque Chico
Xavier era, efetivamente, a personificação do amor corporificado em um ser humano.
O
saudoso médium, como ninguém ignora, abrigava no coração as pessoas que o
buscavam, prodigalizava a elas toda a atenção que seus problemas exigiam e lhes
oferecia seu tempo, seu apoio e sua compreensão. Paciente, prestativo, justo,
desejava o bem e também o praticava. Se errou, o que provavelmente pode ter
ocorrido, soube superar, como verdadeiro espírita, seus erros, reparando-os com
muito amor e trabalho.
O
tutelado de Emmanuel foi crescendo, ascendendo, desde a orfandade dorida à fase
derradeira de sua existência, conquistando, ao cabo dela, a merecida honra de
ter um lugar especial em milhões de corações agradecidos.
Como
Francisco de Assis, amou tanto, que seu amor ultrapassou os limites estreitos
da religião e, como Francisco de Assis, mostrou que o Evangelho do Cristo é
fonte viva nos corações dos homens e que é possível seguir Jesus nos mínimos
atos de nossa vida.
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Lindo texto para começar um novo dia fortalecida pelos ensinamentos e principalmente pelo exemplo de homem de bem, que é Chico Xavier.
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