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segunda-feira, 14 de junho de 2021

 



Nas Fronteiras da Loucura

 

Manoel Philomeno de Miranda

 

Parte 10 e final

 

Concluímos hoje o estudo – sob a forma dialogada – do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco. 

Caso o leitor queira ter em mãos o texto condensado da obra em foco, para complementar o estudo ora findo, basta clicar em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#MANOEL  e, em seguida, no verbete "Nas Fronteiras da Loucura”.

Eis as questões de hoje:

 

73. Em que sentido a prece é importante nas terapias antiobsessivas?

A prece é importante por causa da ação dissolvente que exerce sobre as correntes negativas que envolvem o paciente, gerando vibrações de alto teor e modificando a paisagem psicofísica em torno. É por isso que Tiago recomendou, em sua Epístola famosa (cap. 5:16): "Orai uns pelos outros, a fim de que sareis, porque a prece da alma justa muito pode em seus efeitos". (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 29, pp. 227 a 229.)

74. Por que a lamentação prejudica as pessoas, especialmente as que enfrentam doenças?

Segundo Dr. Alberto, o psiquiatra que atendia Julinda, a lamentação é portadora de miasmas que deprimem a pessoa e intoxicam o paciente, mantendo-o em área de pessimismo. Otimismo, alegria, esperança de dias melhores são psicoterapias oportunas em qualquer problema e muito especialmente na faixa do comportamento mental. É por isso que as religiões preconizam a confiança e a coragem, o perdão e a fé, a humildade e a paciência, logrando êxito com seus fiéis. Depois de dizer tais palavras, o psiquiatra acrescentou: "Sabe-se, hoje, cientificamente, que a boa palavra proferida com entusiasmo faz que o cérebro e o hipotálamo secretem uma substância denominada endorfina, que atua na medula e bloqueia a dor, tal como ocorre na Acupuntura... Assim, ouvir e falar de forma positiva, sorrir com natural e justa alegria, fazem muito bem a todas as pessoas". (Obra citada, cap. 30, pp. 230 e 231.)

75. É certo dizer que grande parte do êxito, no trabalho desobsessivo, depende do próprio enfermo?

Sim. No caso de Julinda, a ausência do Espírito que a obsidiava contribuiu para sua recuperação, mas ela modificara seu temperamento difícil e concorrera para a cura com o desejo de recuperar-se, o esforço para fugir ao remorso e a luta contra a depressão, por anelar o retorno ao seio da família. O livre-arbítrio assume um papel de alta relevância em todos os cometimentos humanos. É o que acontece, por exemplo, na terapia do passe, em que a disposição do paciente exerce papel relevante para os resultados. (Obra citada, cap. 30, pp. 234 e 235.)

76. De que decorrem as obsessões?

As obsessões decorrem, geralmente, de faltas cometidas pela vítima atual, em oportunidades outras, que não foram convenientemente reparadas. A presença da culpa instala uma tomada psíquica no devedor, que lhe permite receber o plugue do seu desafeto, consciente ou inconscientemente, dando surgimento ao intercâmbio psíquico dos envolvidos na mesma trama infeliz, aí nascendo o desconforto da criatura que, lentamente, vai sendo dominada pela força do agente agressor, que se lhe assenhoreia da casa mental. (Obra citada, cap. 30, pp. 238 e 239.)

77. As causas dos processos de loucura e alienação mental também se encontram em faltas ocorridas no passado?

Sim. Quando a falta perpetrada no passado é muito grave, a ação corrosiva do pensamento malévolo desgasta as estruturas moleculares do perispírito, dando origem a processos de loucura ou alienações, bem como a deformidades mentais, limitações psíquicas e distúrbios fisiológicos, que constituem, para o enfermo, abençoado escoadouro das imperfeições agasalhadas ou vividas. O homem é, portanto, o autor do seu destino, mas em qualquer processo de evolução, pelo trabalho e redenção na dor, há sempre interferência dos adversários desencarnados, que aumentam a prova do incurso no resgate. (Obra citada, cap. 30, pp. 238 e 239.)

78. Por que Deus permite que ocorram as obsessões?

A aquiescência do Pai, em sucessos de tal natureza, explica-se por facultar à vítima de ontem o perdão e, ao seu algoz, o arrependimento, por cujo meio podem recomeçar nova experiência carnal, apaziguando-se e trabalhando os dois pelo progresso pessoal e da comunidade em que vivem ou viverão. Normalmente, os chamados obsessores sofreram nas mãos daqueles a quem agora ferem: traições, homicídios vis, infidelidade conjugal, roubos, calúnias soezes, abortos delituosos etc., mas a vitória do amor é inevitável. (Obra citada, cap. 30, pp. 242 e 243.)

79. Quem eram os deuses infernais a quem se sacrificavam vítimas inocentes, com o objetivo de aplacá-los?

Como podemos ler no cap. XII d´O Evangelho segundo o Espiritismo, os deuses infernais eram tão somente maus Espíritos. A eles sucederam os demônios, que são a mesma coisa. Segundo o Espiritismo, os demônios mais não são do que as almas de homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais, e ninguém logrará aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade. (Obra citada, cap. 31, pp. 247 a 249.)

80. Segundo o Espiritismo, os Espíritos interferem em nossas vidas. Esse ensinamento é confirmado pelos textos evangélicos?

Sim. Tanto os bons Espíritos quanto os maus interferem na vida das pessoas, como várias passagens do Evangelho mostram. Jesus mesmo expulsou os maus Espíritos daqueles que lhes sofriam as perseguições e, no entanto, no monte Tabor, vemo-lo a conversar com dois outros Espíritos, estes, porém, bons: Moisés e Elias. (Obra citada, cap. 31, pp. 247 a 249.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 9 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_07.html

 

 

 

 

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