O processo da felicidade

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

De Londrina-PR

 

A felicidade não é algo pronto, mas vem dos próprios pensamentos e ações. Ela é construída a cada passo, aprendizado, experiência, bondade feita e quem a conquista, pode-se dizer que, está mais espírito que matéria, pois viver apenas com os impulsos terrenos, deveras, não levará ninguém à verdadeira felicidade, já que utopia, quimera, efemeridade é que navegam nesta atmosfera.

Como tudo na vida deve ser aprendido, sentido e alcançado, para ser feliz também segue a mesma orientação. Valores não se compram, valores se conquistam por meio dos degraus subidos, desapegos, renúncias; a vida é escola para o aprimoramento do espírito. E quão maravilhoso é começar a sentir alegria, paz, a ouvir os pássaros e querer observá-los, a tomar um copo de água e sentir a vida matando a sede... mas também as sedes de amor, sorrisos largos e coração calmo. Dizem que quando rimos sozinhos é porque a felicidade está se alojando em nós. E que venham muitos risos ‒ mesmo que por segundos ‒ solitários.

Quando se planta uma pequenina semente de flor, de fato, no dia seguinte ainda não haverá a flor nascida no jardim. Aquela sementinha precisará de tempo para a sua transformação, pois há tantas etapas a serem concluídas para a pequenina tornar-se a flor do jardim. Mas ela é determinada e já sabe que será uma flor.

Todos podem sentir a felicidade, apenas necessitam criar os meios para este fim. E como é maravilhoso sentir o espírito em paz e feliz, pois se sente assim por ele ‒ amparado pelo bem ‒ começar a melhorar-se e a compreender os preciosos valores. Nunca se deve buscar apenas saciar o corpo, mas sempre alimentar o espírito, este, sim, é eterno.

Também se alguém disser que para ser feliz é muito simples há que se questionar, já que inúmeras lapidações necessitamos sofrer, no entanto estamos fadados à felicidade e isso é o que importa, depende de nós em adiantarmos ou protelarmos esse processo. E se os nossos próprios pensamentos e ações são responsáveis pelo nosso caminho, mil vezes o esforço para o bem em vez da grande porta que leva ao abismo disfarçado.

E deitada numa relva verdinha, à sombra de uma árvore fresca, numa tarde azul, observo o voo dos pássaros e a alegria das flores e penso que eles, sim, já entenderam o processo para ser feliz.

 

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