Sexo e Destino
André Luiz
Parte 7
Damos sequência ao estudo da obra Sexo e Destino, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1963 pela Federação Espírita Brasileira.
Esta é a décima obra do mesmo autor, integrante da Série
Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog.
Eis as questões de hoje:
49. Por que
Marita despertou de repente e começou a andar, cambaleante, pela via pública,
sob risco real de ser atropelada?
Ela ingeriu os comprimidos e dormiu. Além disso, recebeu
passes reconfortantes ministrados por Félix. Bem cedo, quando despontava o dia,
um gari asselvajado largou a rua e caminhou na direção dela, sacudindo-a e
dizendo: "acorda, vagabunda", "acorda, vagabunda", o que
fez com a jovem despertasse e saísse, sem rumo, a caminhar pela via pública. (Sexo e Destino, capítulo XIV, pp. 167 a
169.)
50. Ao ser
atropelada, Marita faleceu de imediato?
Não. O irmão Félix, que assistiu a toda a cena, sentou-se no
asfalto e, aplicando vigorosos estímulos magnéticos sobre a cabeça da jovem
acidentada, fê-la cobrar energias para ganhar, mecanicamente, o decúbito
dorsal, a fim de que respirasse indene de maiores dificuldades. Marita
aquietou-se, embora André tivesse a nítida impressão de que a base do crânio da
infeliz criatura tinha sido fraturada. O falecimento ocorreria dias depois.
(Obra citada, capítulo XIV, pp. 169 a 170.)
51. Como Márcia
ficou sabendo do acidente ocorrido com a filha adotiva?
Ela foi informada do acidente por meio de um telefonema.
Quem lhe telefonou, por inspiração direta do benfeitor Félix, foi um humilde
lixeiro de nome Zeca, que explicou não ter visto o atropelamento, mas
acrescentou que a ambulância já havia levado a moça. "O senhor tem certeza?",
perguntou Márcia. "Tenho toda a certeza... Ela estava sem bolsa, ninguém a
reconheceu... Mas eu conheço Dona Marita, foi sempre amiga de minha mulher
desde que veio para cá", esclareceu o amigo anônimo. (Obra citada, 2ª
parte, capítulo I, pp. 175 a 178.)
52. A diminuta
moratória concedida a Marita era realmente importante? Por quê?
Segundo o benfeitor Félix, quinze a vinte dias no corpo
seriam tempo propício à meditação e um preparo valioso da jovem ante a vida
espiritual. Era até possível que, diante dos trágicos acontecimentos, Cláudio,
Márcia e Marina reconsiderassem os próprios caminhos, o que ampliava a dimensão
dos benefícios que a moratória produz em casos como esse. (Obra citada, 2ª
parte, capítulo I, pp. 181 e 182.)
53. Ao ver
Marita naquelas condições, como Cláudio, responsável direto pela tragédia, se
comportou?
Logo que penetraram no recinto, Cláudio e a entidade que o
obsidiava cambalearam sensibilizados, aflitos. E, ao abeirar-se da filha,
Cláudio rompeu em soluços e, instintivamente, tornou à infância e à mocidade,
relembrando as primeiras leviandades e enfileirando na imaginação os desvarios
sexuais das trilhas percorridas. Cada jovem que iludira, cada mulher de que
abusara repontavam-lhe na tela mental, como que a lhe perguntarem pela filha
que a vida lhe trouxera. Perante a enfermeira impressionada, Cláudio
ajoelhou-se e, com ele, pôs-se também seu obsessor (Moreira), genuflexo. Em
choro convulso, o pai alisou aqueles cabelos despenteados e, mergulhando a
cabeça nos lençóis, gritou, vencido: "Ah! minha filha!... minha filha!..."
(Obra citada, 2ª parte, capítulo I, pp. 183 e 184.)
54. Márcia e
Marina foram ao hospital ver Marita?
Não. Nem uma, nem outra. Ambas alegaram motivos para não ir,
e Cláudio sentiu-se abandonado naqueles momentos para ele tão importantes.
Ninguém o apoiava, ninguém entendia-lhe o suplício moral. Mas, quando eram
cinco horas, chegou ao hospital o Sr. Salomão, o farmacêutico, que se declarou
amigo da jovem e seu vizinho de loja. Dizendo ter sido uma das últimas pessoas
com quem ela conversara antes do acidente, ele narrou ao pai aflito, pormenor a
pormenor, quanto sabia. Com certeza, a jovem ingerira os soporíferos que lhe
dera e, identificando-lhes o caráter inofensivo, projetara-se sob um automóvel
em disparada. (Obra citada, 2ª parte, capítulo II, pp. 189 a 191.)
55. Além do
apoio moral de sua presença, a ida de Salomão ao hospital acabou sendo
providencial. Por quê?
O motivo é que ele se ofereceu para trazer ao recinto um
amigo espírita, como ele o era, fato que se deu no mesmo dia, às oito da noite,
quando ele e o senhor Agostinho ali chegaram. Agostinho interessou-se
delicadamente pela moça e inteirou-se de todas as minudências do desastre. Em
seguida, orou, emocionado, suplicando a bênção do Cristo para a menina
atropelada e aplicou-lhe passes de longo curso. O atendimento infundiu grande
bem à moça, melhorando-lhe a condição geral. A respiração desoprimiu-se e
Marita conseguiu entrar, enfim, em sono calmo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo
II, pp. 191 e 192.)
56. Que efeito
produziu em Cláudio a presença ali do senhor Agostinho?
Um efeito muito grande. A participação de Agostinho entre os
espiritistas agitou-lhe o espírito, visto que, comerciante abastado e
instruído, ele evidentemente não se deixaria enrolar em tapeações. Cláudio
conhecia-lhe a agudeza de raciocínio, a honestidade. Que doutrina seria aquela,
capaz de induzir um homem respeitável a entrar em prece, num quarto de
hospital, chorando de compaixão por uma menina à beira da sepultura? Que
princípios impeliam, assim, um homem educado e rico a esquecer-se, no socorro
aos infelizes, imbuído daquele amor que somente os pais conhecem? Movido por esses
pensamentos e influenciado por André Luiz, Cláudio começou, então, a ler o
livro que Agostinho lhe havia ofertado: um exemplar d´O Evangelho segundo o Espiritismo. (Obra citada, 2ª parte, capítulo
III, pp. 193 e 194.)
Observação:
Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/09/blog-post_29.html
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