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domingo, 31 de outubro de 2021

 



Como reconhecer, entre os espíritas, os que estão no bom caminho

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

De Londrina-PR

 

Alguns confrades criticam a preocupação de muitos Centros Espíritas em oferecer, às pessoas que os procuram, o conforto e a assistência espiritual expressos no serviço do passe, na água magnetizada, nas radiações, nas sessões de doutrinação de Espíritos e nas reuniões de fluidoterapia voltadas para nossos irmãos enfermos do corpo.

Ninguém que conheça a doutrina espírita discordará de que as Casas Espíritas devem ter como finalidade fundamental a educação das pessoas que as buscam e o desenvolvimento do raciocínio crítico de seus frequentadores, mas tal objetivo não impede que, ao lado dos estudos e da orientação, atenda também o Centro Espírita às suas características de Templo, Lar, Hospital, Oficina e Escola, que encontramos nas instituições espíritas mais respeitáveis.

Sabemos que uma pessoa que esteja faminta não reúne, na maior parte dos casos, condições para ouvir uma preleção. Procuremos, pois, alimentá-la e depois, saciada sua fome, ela estará mais bem preparada para a lição que lhe será ministrada.

Assim se dá com as pessoas que chegam em desespero a uma Casa Espírita, sejam quais forem seus motivos. Esteja o desespero ligado a problemas de ordem espiritual ou a dificuldades de ordem material, não importa: é preciso primeiro acolhê-las, ampará-las e é para isso que existem os recursos espíritas, alguns dos quais utilizados largamente por Jesus, que deveria ser sempre para todos um exemplo a ser seguido.

Essas são as razões por que numa Casa Espírita bem orientada existem os serviços do passe e da água magnetizada, as sessões de radiações e as reuniões voltadas para a doutrinação ou esclarecimento de Espíritos. Seu propósito não é, como alguns pensam, de natureza proselitista, mas sim um meio de tornar menos áspero o caminho de irmãos nossos que, em muitos casos, desfalecem ante as provas mais duras.

Em uma mensagem incluída por Kardec no capítulo XX d´O Evangelho segundo o Espiritismo, o instrutor Erasto fez uma grave advertência: “(...) atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade”.

O Codificador do Espiritismo perguntou-lhe, então: “Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?”

Erasto assim respondeu:

 

“Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição.”

 

A advertência acima parece-nos suficiente para que os espíritas e os Centros Espíritas não ignorem, em suas atividades, a função consoladora do Espiritismo e, como tal, a respeitem e pratiquem.

 

 

   

 

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