Como reconhecer, entre os espíritas, os que
estão no bom caminho
ASTOLFO
O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
De
Londrina-PR
Alguns
confrades criticam a preocupação de muitos Centros Espíritas em oferecer, às
pessoas que os procuram, o conforto e a assistência espiritual expressos no
serviço do passe, na água magnetizada, nas radiações, nas sessões de
doutrinação de Espíritos e nas reuniões de fluidoterapia voltadas para nossos
irmãos enfermos do corpo.
Ninguém
que conheça a doutrina espírita discordará de que as Casas Espíritas devem ter
como finalidade fundamental a educação das pessoas que as buscam e o
desenvolvimento do raciocínio crítico de seus frequentadores, mas tal objetivo
não impede que, ao lado dos estudos e da orientação, atenda também o Centro
Espírita às suas características de Templo, Lar, Hospital, Oficina e Escola,
que encontramos nas instituições espíritas mais respeitáveis.
Sabemos
que uma pessoa que esteja faminta não reúne, na maior parte dos casos,
condições para ouvir uma preleção. Procuremos, pois, alimentá-la e depois,
saciada sua fome, ela estará mais bem preparada para a lição que lhe será
ministrada.
Assim
se dá com as pessoas que chegam em desespero a uma Casa Espírita, sejam quais
forem seus motivos. Esteja o desespero ligado a problemas de ordem espiritual
ou a dificuldades de ordem material, não importa: é preciso primeiro
acolhê-las, ampará-las e é para isso que existem os recursos espíritas, alguns
dos quais utilizados largamente por Jesus, que deveria ser sempre para todos um
exemplo a ser seguido.
Essas
são as razões por que numa Casa Espírita bem orientada existem os serviços do
passe e da água magnetizada, as sessões de radiações e as reuniões voltadas
para a doutrinação ou esclarecimento de Espíritos. Seu propósito não é, como
alguns pensam, de natureza proselitista, mas sim um meio de tornar menos áspero
o caminho de irmãos nossos que, em muitos casos, desfalecem ante as provas mais
duras.
Em
uma mensagem incluída por Kardec no capítulo XX d´O Evangelho segundo o Espiritismo, o instrutor Erasto fez uma grave
advertência: “(...) atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se
transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade”.
O
Codificador do Espiritismo perguntou-lhe, então: “Se, entre os chamados para o
Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos
os que se acham no bom caminho?”
Erasto
assim respondeu:
“Reconhecê-los-eis
pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão.
Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis
pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal;
reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus
quer o triunfo de Sua lei; os que seguem Sua lei, esses são os escolhidos e Ele
lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa
lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição.”
A
advertência acima parece-nos suficiente para que os espíritas e os Centros
Espíritas não ignorem, em suas atividades, a função consoladora do Espiritismo
e, como tal, a respeitem e pratiquem.
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Excelente!
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