Temas da Vida e da Morte
Manoel Philomeno de Miranda
Parte 8
Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Temas da Vida e da Morte, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.
Eis as questões de hoje:
57. Que benefícios resultam do cultivo do estudo?
São vários os benefícios.
O estudo doutrinário estimula a criação de um estado íntimo otimista e
equaciona os problemas afligentes que cedem lugar à confiança na fatalidade do
bem, que a todos se destina. Origina-se daí a autoconfiança, com o consequente
libertar-se das preocupações exageradas e da valorização de insignificâncias
que se responsabilizam por muitas aflições. (Temas da Vida e da Morte - Educação íntima, pp. 131 e 132.)
58. A prática mediúnica leva à desarmonia mental?
Claro que não. É
destituído de realidade o conceito – que se vulgariza entre os desconhecedores
do Espiritismo e da mediunidade – de que o exercício mediúnico leva o médium à
desarmonia mental, ou lhe propicia má sorte, desconcertos sociais e econômicos.
O desenvolvimento ou educação da mediunidade oferece uma instrumentação a mais,
um sexto sentido de grande valor para complementar a precariedade de recursos e
funções de que dispõe o Espírito encarnado. (Obra citada - Psiquismo mediúnico,
pp. 134 e 135.)
59. O médium diligente e generoso recebe a proteção dos Bons
Espíritos?
Sim. O médium que se
dedica ao serviço do bem e da iluminação das consciências, além das simpatias
que granjeia entre as criaturas, atrai a amizade e o devotamento dos Bons
Espíritos, que passam a protegê-lo e guiá-lo com sabedoria, promovendo-o, moral
e espiritualmente, como efeito dos sentimentos de amor que os une na tarefa que
fomenta o progresso de todos. (Obra citada - Psiquismo mediúnico, pp. 135 e
136.)
60. É verdade que a ação benéfica desenvolvida pelo médium
atrai a inveja de Espíritos ociosos?
Sim, é verdade.
Atrai a inveja de Espíritos ociosos e açula a revolta daqueles que perseguem o
beneficiário da sua assistência fraternal, os quais se voltam contra o seu
trabalho, intentando prejudicá-lo, razão pela qual a vigilância, a oração e a
prática do bem devem ser para o médium um dever permanente. (Obra citada -
Calvário de Luz, pp. 137 e 138.)
61. Ante o assédio que o médium receba das forças malévolas,
qual é o procedimento do seu Espírito-guia?
A conduta e a
dedicação do médium atraem a assídua assistência do seu Espírito-guia, que o
encoraja e o fortalece, inspirando-o à perseverança e à continuidade no
trabalho nobre, informando-o a respeito do que lhe está reservado caso venha a
sair-se vitorioso do empreendimento abraçado. Ele lhe mostra que tais fatos
ocorrem em razão de sua necessidade de evolução, o que lhe constitui rara
oportunidade de progresso que não deve ser postergada. Por outro lado, os
Protetores daqueles a quem ele ajuda e assiste vêm em seu apoio, movidos pela
simpatia e gratidão ao seu empenho fraternal em favor dos seus pupilos. (Obra
citada - Calvário de Luz, pp. 139 e 140.)
62. O meio exerce influência sobre os fenômenos mediúnicos?
Sim. A influência do
meio moral e emocional é, de fato, decisiva nos fenômenos mediúnicos. Além da
influência do médium, em decorrência de seus componentes íntimos, o psiquismo
do Grupo responde por grande número de resultados nos cometimentos da mediunidade.
Do ponto de vista moral, os membros que constituem o Núcleo atraem, por
afinidade, os Espíritos que lhes são semelhantes, em razão da convivência
mental já existente entre eles. Daí não se ter o direito de transferir para o
médium a responsabilidade total pela ação exercida pelos Espíritos, nem pela
qualidade moral e cultural dos que por ele se comunicam. (Obra citada -
Influência do meio e do médium, pp. 143 e 144.)
63. As intenções doentias do médium podem afastar os Bons
Espíritos?
Sim. A ansiedade, a
agitação nervosa ou o estado depressivo e as intenções doentias do médium
produzem-lhe bloqueios compreensíveis, afastando de sua companhia os Espíritos
dignos, que deixam o lugar aos inescrupulosos e vadios, sempre interessados em
prejudicar e gerar desconforto, dando curso à conduta a que se acostumaram na
Terra. O hábito de interiorização deve, pois, constituir a forma eficaz para
que o médium anule as interferências estranhas e insistentes que buscam
penetrar na sua tela mental. As leituras salutares, o cultivo dos bons e nobres
sentimentos, as ações de benemerência e a vinculação com o pensamento divino,
graças à oração de recolhimento, inspiradora, abrem-lhe as portas da percepção,
facilitando o intercâmbio seguro, do qual resultam efeitos bonançosos e
edificantes para ele próprio como para os outros. (Obra citada - Influência do meio e do
médium, pp. 144 e 145.)
64. O despertar no além-túmulo varia de Espírito a Espírito?
Sim. A morte
biológica não é igual para todos, e o despertar na plano espiritual se dá
conforme o comportamento vivenciado durante a existência corporal. Tomando
consciência da realidade na qual ora se encontram, os Espíritos lúcidos passam
a experimentar verdadeira revolução conceptual, obrigando-se a reconsiderar
opiniões e objetivos aos quais se aferravam antes da libertação. A surpresa que
lhes assinala a consciência ante outros valores, alguns dos quais lhes eram
desconhecidos ou não considerados, faz com que reavaliem seu comportamento
cultural e emocional, direcionando-os a novas ações, algumas bem diversas
daquelas a que se habituaram no corpo físico. (Obra citada - Identificação dos
Espíritos, pp. 147 e 148.)
Observação:
Para acessar a Parte 7 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/10/blog-post_25.html
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