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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

 



Os mortos nos falam

 

Padre François Brune

 

Parte 2

 

Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Os mortos nos falam, de autoria do padre François Brune. O estudo baseia-se na primeira edição em português desta obra, publicada pela Edicel em 1991.

Embora este livro não seja, propriamente falando, um clássico espírita, trata-se de uma ótima contribuição de publicação recente que confirma a realidade das manifestações dos chamados mortos.

Cada parte do estudo compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. Que inovação tecnológica surgiu com o aparelho “generator”, concebido pelo professor Hans Otto König? 

B. É verdade que Konstantin Raudive, um dos pioneiros da gravação de vozes do Além, comunicou-se em Luxemburgo após a sua desencarnação?  

C. Nas experiências citadas nesta obra há referências a fotografias e imagens do Além? 

 

Texto para leitura

 

14. Diz padre François Brune que a hostilidade das pessoas da Igreja para com tais pesquisas é fato que não se compreende, sobretudo porque em 1970 o Vaticano criou uma cátedra de parapsicologia e a equipe que fez naquele ano – durante o 3º Congresso Internacional da Imago Mundi – uma exposição sobre as vozes do Além foi oficialmente encorajada pelo Vaticano a prosseguir em suas pesquisas. (P. 28)

15. Reportando-se à gravação de vozes transcendentais, padre Brune lembra que o sistema de fitas magnéticas funciona bem, mas não é fácil e é, sobretudo, muito irregular. Às vezes a voz é bastante límpida, bem timbrada e a pronúncia clara. Frequentemente, porém, não passa de débeis murmúrios. As técnicas têm sido, contudo, pouco a pouco, melhoradas, e a senhora Schäfer chegou a indicar dezenove métodos diferentes para captar as vozes dos Espíritos, sendo conveniente, às vezes, provocar certos barulhos no local onde se faz a gravação, barulhos esses que desaparecem, total ou parcialmente, no momento da reprodução. (P. 29)

16. Além das deficiências de gravação, padre Brune aponta uma outra razão para explicar a indiferença geral pelo assunto: o conteúdo das mensagens, que é muitas vezes decepcionante. (P. 29)

17. Em 1984 a Rádio Luxemburgo convidou o professor Hans Otto König a fazer, em público e ao vivo, uma demonstração do seu famoso aparelho “generator”, que trazia grande novidade para a época:  as vozes recebidas por ele eram muito mais claras na gravação e podiam ser ouvidas diretamente, através de alto-falante, enquanto eram gravadas. (P. 31)

18. Estava, desse modo, estabelecido um sistema que permitia verdadeiro diálogo com o Além, sem precisar retornar a fita. Cada um podia então fazer perguntas e as respostas vinham, após curta espera, muito claras, como se a voz ressoasse diretamente na sala. O sonho de George Meek (que, por sinal, estava presente à demonstração) enfim se realizava. O sucesso foi considerável, sendo a audiência calculada em dois milhões de ouvintes. (PP. 31 e 32)

19. Um único senão havia na experiência de Luxemburgo: as respostas eram muito curtas e não permitiam uma longa explicação, mas, desde então, as pesquisas têm progredido muito, como padre Brune pôde constatar com seus amigos H.-F., na mesma cidade da experiência ora relatada. (P. 32)

20. A essa altura Konstantin Raudive – um dos pioneiros da gravação de vozes do Além – já havia desencarnado, mas, embora no Além, ele não havia abandonado seu trabalho e persistia, com paciência, sua obra, acreditando que a comunicação com os mortos terminará por modificar os corações das criaturas humanas e, por conseguinte, o mundo inteiro. (P. 32)

21. Em 1987, evocado pelos amigos de Luxemburgo, Raudive falou através dos aparelhos, valendo-se do francês, em homenagem ao padre Brune, ali presente: “... um substrato imaterial, qualquer que seja o nome que lhe dê, princípio, alma, espírito, uma parcela da eternidade escapa da destruição... A infelicidade é que, hoje em dia, as pessoas têm medo da morte. Ora, a morte não é para ser temida, mas sim a enfermidade e o que precede a morte... A morte, caros amigos, resulta em uma eternidade radiosa, uma liberação que põe termo às vossas tragédias. A morte é uma outra vida”.  (P. 33)

22. François Brune diz que em Luxemburgo uma outra surpresa lhe estava reservada, pertinente a fotografias de defuntos. Nos Estados Unidos, quando de uma sessão de gravação de vozes, fotos foram tiradas aleatoriamente, sem que houvesse na sala qualquer pessoa. Feita a revelação, seis fotos continham imagens de pessoas falecidas. (P. 35)

23. O que Jürgenson fez pela gravação de vozes, Klaus Schreiber conseguiu fazer pelas imagens, em Aix-la Chapelle, no início dos anos 1980. Em Milão, em junho de 1986, perante 2.200 participantes, Hans Otto König apresentou uma série de diapositivos (o mesmo que slides), a partir dos trabalhos de Klaus Schreiber. Havia ali reproduções fotográficas de pessoas da família de Schreiber e de artistas conhecidos como Romy Schneider, Curd Jürgens, além de fotos de duas crianças cujas mães estavam presentes no recinto. (P. 35)

24. Eram as primeiras imagens do Além, as quais, conforme o método adotado por Ernest Senkowski, aparecem em uma tela de televisão e podem ser gravadas em vídeo por uma câmera. Padre Brune descreve no livro as imagens que ele viu, projetadas através desse método, e acrescenta diversos detalhes relacionados com essas experiências. (PP. 36 a 38)

25. Com a ajuda de uma dezena de cientistas de alto nível, vindos de várias partes do mundo, o padre Ernetti, titular de música arcaica na Universidade de Veneza, vem buscando captar, com um aparelho chamado “cronovisor”, imagens e vozes de defuntos, quando se encontravam encarnados na Terra. Assim é que, pela metade dos anos 1970, ter-se-ia captado o som, bem como as imagens de uma tragédia antiga, encenada em Roma em 169 a.C. O “cronovisor” recuperou o texto e seu acompanhamento musical. (PP. 38 e 39)

26. Padre Brune diz que em uma outra vez o aparelho transmitiu uma cena de mercado em Roma, mas o mesmo pode dar-se com relação a episódios mais recentes. Certo dia, o padre Ernetti recebeu em seu aparelho os planos que acabavam de ser elaborados para um assalto. Ele preveniu a polícia e conseguiu obstruir a operação. (P. 39)

 

Respostas às questões preliminares

 

A. Que inovação tecnológica surgiu com o aparelho “generator”, concebido pelo professor Hans Otto König? 

Conforme demonstrado em 1984, em programa apresentado pela Rádio Luxemburgo, com o uso do “generator” as vozes recebidas do Além eram muito mais claras e podiam ser ouvidas diretamente, através de alto-falante, enquanto eram gravadas. Estava, portanto, estabelecido um sistema que permitia verdadeiro diálogo com o Além, sem precisar retornar a fita. Cada um pôde então fazer perguntas e as respostas vinham, após curta espera, muito claras, como se a voz ressoasse diretamente na sala. O sucesso foi considerável. A audiência do programa foi estimada em dois milhões de ouvintes. (Os mortos nos falam, pp. 31 e 32.)

B. É verdade que Konstantin Raudive, um dos pioneiros da gravação de vozes do Além, comunicou-se em Luxemburgo após a sua desencarnação?  

Sim. Em 1987, evocado pelos amigos de Luxemburgo, Raudive falou-lhes através dos aparelhos, valendo-se do francês, em homenagem ao padre Brune, ali presente. Sobre a morte, Raudive disse: “A infelicidade é que, hoje em dia, as pessoas têm medo da morte. Ora, a morte não é para ser temida, mas sim a enfermidade e o que precede a morte... A morte, caros amigos, resulta em uma eternidade radiosa, uma liberação que põe termo às vossas tragédias. A morte é uma outra vida”. (Obra citada, pp. 32 e 33.)

C. Nas experiências citadas nesta obra há referências a fotografias e imagens do Além? 

Sim. Segundo François Brune, o que Jürgenson fez pela gravação de vozes, Klaus Schreiber conseguiu fazer pelas imagens, em Aix-la Chapelle, no início dos anos 1980. Em Milão, em junho de 1986, perante 2.200 participantes, Hans Otto König apresentou uma série de diapositivos (o mesmo que slides), a partir dos trabalhos de Klaus Schreiber. Havia ali reproduções fotográficas de pessoas da família de Schreiber e de artistas conhecidos como Romy Schneider, Curd Jürgens, além de fotos de duas crianças cujas mães estavam presentes no recinto. Eram as primeiras imagens do Além que, conforme o método adotado por Ernest Senkowski, aparecem em uma tela de televisão e podem ser gravadas em vídeo por uma câmera. No livro, padre Brune descreve as imagens que viu, projetadas através desse método, e acrescenta diversos detalhes relacionados com essas experiências. (Obra citada, pp. 35 a 38.)

 

 

Observação:

Para acessar a 1ª Parte deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/11/blog-post_05.html

 

 

 

 

 

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