E a Vida Continua...
André Luiz
Parte 11 e final
Concluímos hoje o estudo da obra E a Vida Continua..., de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.
Esta é a décima primeira obra do mesmo autor integrante da Série
Nosso Lar, que temos estudado metodicamente às quartas-feiras neste blog, e será
também a última, visto que iniciaremos na próxima quarta-feira outro tipo de
estudo.
Eis as questões de hoje:
81. Aproveitando
um momento em que Caio Serpa estava só e meditava sobre a vida, Evelina se
aproximou e, mentalmente, conversou com ele. Que sugestões ela então lhe
transmitiu?
Foram várias as reflexões que Evelina suscitou aos ouvidos do
ex-esposo. Entre outras coisas, Evelina lembrou-lhe os compromissos que ele
assumira com Vera, a quem prometera casar-se. Lendo-lhe os pensamentos e as
restrições morais que ele fazia à namorada, Evelina perguntou-lhe: "Caio,
quem é você para julgar?" A indagação percutiu-lhe na alma em forma de
ideia fulgurante que o assustou. E qual se pensasse em voz alta, a falar
espiritualmente para si próprio, recebia novas exortações, semelhando impactos
da verdade a lhe atingirem o ádito do próprio ser: "Não és igualmente alguém
onerado com débitos escabrosos perante a Lei? a que título, condenar
sumariamente uma jovem, prejudicada pelos enganos da sua condição de menina
moralmente desamparada?!..." E as advertências prosseguiram: "Seria
justo abusar dela agora que se via praticamente só no mundo? se a desprezasse,
para onde ela iria?" (E a Vida
Continua, cap. 25, pp. 214 e 215.)
82.
Ernesto Fantini tinha vontade de conhecer seu passado, mas para isso
necessitava de aprovação. O instrutor Ribas aprovou a ideia?
Não. Segundo Ribas, a providência era desaconselhável, conquanto
fosse possível. Eis o que o instrutor lhe disse: “Você e Evelina estão
abraçando longa empresa de serviço em nosso plano. Terão muitos problemas a
resolver, muito trabalho a realizar... Desidério, Elisa, Amâncio, Brígida,
Caio, Vera, Túlio, Evelina e você formam uma equipe de corações comprometidos
uns com os outros, perante as Leis de Deus, há muitos séculos... Todos
reciprocamente enlaçados no clima da provação, lembrando elementos químicos em
cadinho fervente para o acrisolamento indispensável!” A tarefa exigia,
portanto, muito cuidado, para que não se frustrassem os projetos em curso. (Obra
citada, cap. 26, pp. 223 e 224.)
83. O
casamento com Evelina era outro desejo de Ernesto Fantini. Isso seria possível?
Sim. O fato era perfeitamente possível porque tanto Elisa quanto
Caio haviam dispensado ambos do compromisso afetivo. (Obra citada, cap. 26, pp.
223 e 224.)
84.
Durante a gravidez, é sempre igual o sono terapêutico do Espírito reencarnante?
Não. Segundo o instrutor Ribas, o sono terapêutico do Espírito,
conjugado ao desenvolvimento fetal, se caracteriza por graus diversos e, por
isso, nem sempre raia pela inconsciência total. (Obra citada, cap. 26, pp. 225
e 226.)
85. Foi
difícil convencer Desidério a aceitar a programação que lhe foi proposta pelos instrutores
espirituais?
Sim, porque Desidério não era fácil de contentar, razão pela
qual Evelina aprovava quanto ele pedia, de modo a obter-lhe a necessária
aceitação. Quando já havia decorrido um ano desde a desencarnação de Elisa,
estando Túlio, no novo corpo, com a idade aproximada de dois meses, Desidério
deu por terminadas suas exigências para o regresso pacífico ao mundo carnal,
com exceção de uma só: queria rever Elisa e conversar com ela, inteiramente a
sós, de modo a entretecerem projetos para o futuro. Ribas, instado por Evelina,
aprovou o pedido. (Obra citada, cap. 26, pp. 227 e 228)
86. Desidério
e Elisa se encontraram então antes da reencarnação?
Sim. O encontro deles durou dez horas consecutivas. Não se soube
o que conversaram, mas o resultado foi ótimo para ele, que voltou ao seu
aposento tocado de novo brilho no olhar. Seus ressentimentos e interrogações
haviam desaparecido e ele mostrou-se, desde então, paciente e respeitador.
Elisa, por sua vez, rogou o amparo de Evelina para internar-se em um
educandário, a fim de estudar os problemas da alma e reeducar-se, antes de
retomar o envoltório terrestre. Informada de que partiria para nova existência
no mundo daí a três anos, para reencontrar Desidério, ansiava aprender,
preparar-se e melhorar-se, ciente de que todos os valores conquistados na
Espiritualidade Maior se transformam em mais dilatados recursos de apoio e
colaboração, para aqueles que os evidenciem, seja onde seja. (Obra citada, cap.
26, pp. 227 e 228.)
87.
Quem era a mulher que aceitou ser mãe de Desidério?
Mariana era seu nome. Tratava-se de uma das colaboradoras e
obreiras do Instituto, reencarnada nas vizinhanças da casa de Brígida. Esposa
de um lavrador que a tuberculose devorava e mãe de quatro filhinhos, não
obstante a penúria que lhe marcava a existência ela aceitou a incumbência.
Tanto o esposo quanto ela estavam encerrando valioso ciclo de provas
regeneradoras no mundo e não conseguiriam sustentar-se na carne por muito
tempo. Desidério ser-lhes-ia, portanto, o filho derradeiro, antes da
desencarnação, e a Evelina e Ernesto caberia o dever de criar as circunstâncias
pelas quais o recém-nato entrasse no lar de Amâncio e Brígida, na posição de
filho adotivo. (Obra citada, cap. 26, pp. 228 a 230.)
88.
Como foi que Desidério acabou sendo adotado por Brígida e Amâncio?
Mariana, com a ajuda espiritual de Evelina, conseguira emprego
na residência de Brígida. Antes que o quinto filho viesse à luz, seu marido
(Joaquim) desencarnou. Mariana, que já estava enfraquecida, adoeceu gravemente.
Viúva agora, apelou para familiares humildes e entregou-lhes os quatro órfãos
na previsão da morte próxima. Brígida, atônita, ante a crise que se agravava,
transferiu-a para a própria casa, onde nasceu Desidério. Na íntima convicção de
que se houvera desencarregado de seu último e sagrado dever, Mariana colocou
nos braços dos protetores a criança ansiosamente esperada e desencarnou cinco
dias depois. Estava concluída a missão conferida a Evelina e Fantini. (Obra
citada, cap. 26, pp. 233 a 235.)
Observação:
Para
acessar a Parte 10 deste estudo, publicada na semana passada, clique
aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2022/01/blog-post_26.html
Como consultar as
matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique
neste link: https://goo.gl/ZCUsF8, e verá como
utilizá-lo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário